Não Perca Tempo...
Tolo, lamentando.
E a vida aí, fulgurando.
Viver já é dádiva!
Deitado no Pátio...
No varal, lençol.
Serpenteia ao vento.
Sob ele, vejo sol...
Mas Que Luz...
Invasão solar...
E fenestra é festa.
Íris no quarto fechado...
Queimando...
Ontem, incendiava.
E hoje, jaz no leito, febril.
Hipertermia nem sempre é bom...
Help Me...
Ando meio vazio...
Um pouco oco, sem alma?
Necessito reviver...
Vagar Noturno...
Ao relento...
Sob doce sereno.
Viver, sereno, é lento...
Depende do Ambiente?
À noite, escuras.
Durante o dia, alvas.
Nuvens e almas?
Agora, Sei Que Não Sei...
A cada novo dia,
Vejo que pouco sabia.
Tanto a aprender...
Sou Alguém...
Perdido, vazio.
Fui esvaziar gavetas.
Lembranças me completaram.
Amém...
Eterno aprendiz.
Filho do carpinteiro.
Obra e obreiro...
Pai... Luz.
Constelações.
Ascendo meus olhos
E minhas orações...
Velhaco?
Ancião, por fora.
Menino por dentro.
Questão de tempo?
Insinuoso?
O teu olhar...
Deveras peculiar.
Pecado no ar.
Leve...
Tua mão macia,
Acaricia meu dorso.
Feliz, eu, sem remorso.
Invisível...
Sim, é assim...
Tudo que é visível
É perecível...
Feito Pra Sumir...
Castelos de areia.
Tão bom construi-los.
Cuidado! Uma ond...
Paixão...
Uma tormenta.
Que me atormenta.
E só aumenta...
É Mágico...
Bebo cometas.
Respiro estrelas.
Durmo com anjos...
Choro, Eu...
E estas minhas lágrimas...
Cascata de sonhos perdidos,
Cauda de estrela cadente...
Olhe Pra Dentro...
Ainda busco Deus,
Bem dentro de mim,
Que não seja eu...
Choro Eu...
O domingo chora.
Chove em minha face.
E desface a hora...
Que Idade...
E tudo quebra...
Que fragilidade...
Que frágil idade...
Serenata...
Em seu triste violão, o
Seresteiro toca as cordas
E, por instantes, nos acorda...
Perdão, Filho...
Sob o cobertor,
Chorando como anjo...
E eu, querendo ser um deus...
Espelho Pesado...
Os dentes, pardos.
Olhos, fundos, no fundo.
Fardos deste mundo...