Fernando Moreno, no livro Seele: O manual das almas.

Encontrados 4 pensamentos de Fernando Moreno, no livro Seele: O manual das almas.

⁠"A morte espreita a vida à todo o tempo, mas isso, acredito eu, não deve diminuir a vida - talvez possa ser justamente o contrário! Se soubesse, poucos dias antes, que morreria ontem, não teria Augusto feito coisas que talvez o medo o tenha impedido por tanto tempo? Será que a consciência da morte não deve ser usada como a maior ferramenta de impulsionamento das ações em vida? Ela não pode ser culpada por uma vida ruim! A morte não tem poder sobre os dias em que a vida se fez presente, já que ela é justamente a ausência da vida. A moeda não cai ao mesmo tempo com os dois lados para cima! Se a vida vale ou não a pena, sinceramente ainda não ouso determinar nem a mim mesmo, mas sinto que não é a certeza da morte que faz com que ela não valha. A morte pode, talvez e só talvez, ser culpada pelo fim da vida, e nada mais! Talvez a sentença mais importante que deva ser de conhecimento de todo ser vivo seja memento mori, e que tal conhecimento os leve ao memento vivere."

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⁠ "Se vim disposto a encarar a vida, preciso estar disposto a encarar a morte! Agora já sei que,independente do que se faça neste breve intervalo em que o coração pulsa, todos que nascerem estarão condenados ao apagar de luzes que se chama morrer. "

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⁠“Sou o que me tornei”, esta frase ficou em meus pensamentos, fiquei sentado na beira da mesa do escritório, olhando para ele enquanto dormia, refletindo acerca de tal sentença. Quantas questões por trás de tão poucas palavras! Se sou o que me tornei, então faço a mim mesmo. Se faço a mim mesmo,posso continuar fazendo. Se posso continuar fazendo, então para quê aprender a carregar a mim mesmo como se fosse um fardo pesado? Henrique, que ao mesmo tempo dizia fazer a si mesmo e estar insatisfeito, dizia não estar disposto a fazer algo diferente dele mesmo? Terá desistido de si próprio?Será que carrega um cansaço existencial que o faz aceitar ser o que é? Não será isso, também, uma espécie de morte? Fazer a si mesmo, tomar nas próprias mãos a tarefa de se tornar o que se quer ser –será, este também, meu lema"

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⁠"Cá estou eu, andando por dias que não parei para contar, vendo o Sol se deitar e se levantar, e a Lua surgir com a delicadeza e sutileza de todas as noites. Será que as pessoas já perceberam tal coisa?Eu mesmo, somente durante esses silenciosos e reflexivos passos, pude me dar conta disso. O Sol surge irrompendo a escuridão, parece não pedir licença, indica saber que você acabou de dormir e está pronto para encarar mais um dia de agressivo presente. A Lua age de forma diferente, compreensiva, aparece no céu tão acanhada que só se faz perceber quando, por acaso, olhamos para o céu e nos damos conta de seu branco incandescente, ela parece saber que você já se encontra cansado após enfrentar o calor do Sol, do dia, das pessoas e da vida. Talvez devêssemos ser gratos à cada um deles, ao Sol por nos convocar à vida e à lua por nos convidar ao repouso. Mas isso é mera poesia, devaneios de quem caminha por aí, esses belos astros não carecem de nossa gratidão.

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