Felipe Affonso
Perdão
Sou o teu perdão
A tua voz na imensidão
Sou a brisa leve
E o que atreve
A te agradar
Pra você que tem medo chuva
Esqueça que o pingo molha
Se atreva a vida, ao agora
Não se importe com o se molhar
A vida tem dessas é breve
Perde tempo
O que não se atreve
se perde só no que se deve
E vive tentando pagar
Por algo que dá vida é troco
Subindo e descendo o morro
Encantado com o desafogo
Só pra dor da vida enganar
Ilusão que te tira do agora
O amor que te cobra te adora
Põe teu pé no chão e firma a hora
Da a chance pra tu acordar
Sou o teu interperio
Ponho concreto
No teu pensar
Constrói a paz
O que te faz
espairecer
Sou o teu perdão
A tua paz
Na imensidão
Sou brisa leve
O que te atreve
A se animar
Ter o que sou
Na bagunça do meu eu
Tropiquei na montanha de apreços acumulada pela minha estima.
Caído
Do lado de la vi a verdade
Do alto da colina de roupas gastas porém lavadas avistei um ser novo tentando se ajustar
Me despi do preconceito e das crenças que foram enraizadas por pura inabilidade de não querer permanecer onde não cabe o que eu sonhar ou apenas sonhar
Meu olhar já não turvo
Maduro e seguro com muros
Que não só me limitam mas também protegem do mal pensar
Portas se abrem pra que você também me enxergue
Assim como estou
Tudo que sou
Ressoa no eco da vida
Estanco com sabores novos a ferida
Ela se intriga
Mas degusta novas experiências
Organiza o que gosta
E nem sempre posta
O que me a fez amar
Contudo arrumado
Na mala que chamo de pensamento
Não está mais ao relento
As mazelas que em Renascimento
Beleza e formosuras fizeram organizar
Amor
Esperança
Sincronizados pela fé
Que no momento resgataram
Para ter o que sou
E mais nada pesado nessa viagem
tranquila decidi comigo carregar.
Responsabilidade afetiva
Entende-se que nesse novo formato social a emoção que é gerado no outro deixou de ser interessante , as rede sociais estão tão presentes na vida dos jovens que pouco interessa o que anda longe da câmera frontal.
Críticas sem fundamentação, a cultura do ódio e a adoração de influencers sem real conteúdo regem uma geração desinteressada e caótica pelo fato de ter pouca saúde mental e real vínculo com seu próprio próprios sentimentos. Super lotadas por pensamentos já prontos e com baixos níveis de consciência , esses jovens estão se tornando replicadores de ideias, perdendo assim seus poderes de interpretação social que deveriam ser baseados em princípios éticos e de certa forma generosos, porém acabam por serem adoradores do ego e de maus costumes enaltecendo atitudes fúteis e irrelevantes como danças de tiktok e desafios sem conteúdo intelectual e de baixo aprendizado a nível cognitivo.
Todas essas distrações fazem com que o foco seja perdido os dando poucos níveis de sociabilidade e de interação com os meios sociais que convivem, perdendo tempo com a objetificação do ser.
Para ser alguém é preciso “ser” obtendo seguidores , likes e ser um “influencer” porém os conteúdos estão cada vez mais rasos e em grande maioria sem embasamentos científicos, replicam-se ideias e atos por atração sem ter responsabilidade emocional e social por aquilo que está sendo replicado.
Essa objetificação está ligada a máxima “amam objetos e usam pessoas” evidenciando que você vale o que você tem ou pode fazer e não por quem você é (quando falamos de princípios , valores éticos e até mesmo morais).
“A preocupação com a administração da vida parece distanciar o ser humano da reflexão moral.”
Em uma vida onde precisamos estudar, trabalhar , pagar aluguel , criar os filhos , se exercitar e ter uma vida social pouco tempo sobra para que se olhe para dentro para reavaliar nossos valores morais e o peso de nossas emoções.