Egberto J. Freitas
Se os filhos de Deus são guiados pelo Espírito de Deus (Rm 8:14), os que não são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de quem?
Quando Davi entregou uma situação difícil nas mãos de Deus (Sl 31:5-15), foi uma declaração de devoção e uma expressão deguerra espiritual que invocou a intervenção de Deus. Ele não estava sendo passivo ao colocar a situação nas mãosde Deus. Ele estava ativamente trazendo Deus para a situação em uma medida maior.
Quando nos entregamos nas mãos de Deus em momentos de dificuldade, estamos chamando Deus para confiar Nele, para intervir e estabelecer Sua vontade em nossas vidas, à Sua maneira e em Seu tempo.
Não nos alegramos com as tribulações em si, mas com seus efeitos, "porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. (Rm 5:3-5)".
Alegramo-nos com o que eles produzem em nós ao respondermos ao Espírito.
A luta de uma borboleta em um casulo é necessária para desenvolver suas asas. Ajudar a borboleta cortando seu casulo resultaria em suas asas permanecerem não desenvolvidas.
Depois que Abraão ofereceu Isaque, Deus disse: "Agora sei que temes a mim" (Gn 22:12).
Paciência não é apenas a capacidade de esperar, mas é como você age enquanto está esperando.
Podemos confiar na liderança de Jesus em vez de ficarmos zangados com Deus, com as pessoas ou com nós mesmos em nossas provações. Nossa resposta de raiva não ajuda em nada nem realiza o propósito de Deus.
Podemos evitar muita angústia e ansiedade desnecessárias decidindo deixar de lado o improdutivo excesso de pensamento sobre nossos problemas.
Alguns estão tão preocupados perguntando "Por que, Deus?" e "Quando Deus?" que nunca desenvolvem sua fé.
Nossas emoções seguem onde quer que nossa mente vá.
Nossos pensamentos, palavras e emoções estão profundamente interligados. O que pensamos e o que sai da nossa boca afeta muito a nossa condição emocional.
Sabemos meditar porque, quando nos preocupamos, meditamos em nossos problemas, deixando-os rolar em nossa mente, conversando com nós mesmos.
A vida é um processo, não um evento. Se falharmos hoje ou se as coisas desmoronarem, podemos começar de novo.
Não importa o que aconteça, nunca é tarde para começar a fazer e acreditar nas coisas certas. Nunca é tarde para um novo começo em sua vida. Devemos deixar de lado coisas dolorosas, erros, fracassos e decisões erradas. Não ganhamos novos começos, mas saímos com fé e cremos na Palavra de Deus.
A solitude, quando vivida com fé e reverência, não nos separa das pessoas, nos prepara para amá-las mais.
É no lugar secreto que a alma encontra ordem. É no deserto da oração que o coração se realinha com o céu.
A comunhão com os irmãos, por mais preciosa que seja, nunca poderá substituir a comunhão pessoal com Deus.
Quem não aprende a estar a sós com Deus, viverá um cristianismo dependente da opinião dos outros, vulnerável à pressão, frágil diante da crítica e superficial no serviço.
É importante lembrar que até a comunhão mais amorosa pode ser prejudicada por uma língua apressada e um ouvido preguiçoso.
A solitude não é um fim em si mesma, mas um exercício necessário para que a comunhão com os irmãos seja sadia, humilde e centrada em Cristo.
Quando sentir vontade de se afastar de tudo e de todos, pergunte: “Estou fugindo de quê? Estou me escondendo de quem?”
Se for para estar a sós com Deus, vá em paz. Mas se for para alimentar ressentimento ou esconder fraquezas, volte.
Volte, porque a comunhão é lugar de cura, não de condenação.
A opinião de quem realmente se importa pode não ser a que desejamos ouvir; mas, escuta-la, antes de tomar uma decisão baseado em nossas próprias convicções, pode poupar tempo, força e recursos.
Há um lugar onde o disfarce cai, onde o som da própria consciência fala mais alto do que os cânticos, onde o que está escondido se torna impossível de ignorar. Esse lugar não é um tribunal. É uma mesa.
A comunhão verdadeira não acontece quando nos reunimos apenas com o corpo, mas quando nos aproximamos com a alma despida, com a consciência desperta, com a vida aberta diante d’Aquele que tudo vê, e tudo perdoa.
Há um engano perigoso que se repete ao longo do tempo: participar da comunhão dos santos sem desejar a santidade do Santo.
Tomar o pão sem largar o orgulho. Beber o cálice sem confessar a culpa. Sentar à mesa com os irmãos, mas carregando pecados que ainda não foram entregues.