Diogo lima Carvalho

Encontrados 4 pensamentos de Diogo lima Carvalho

⁠Ah, essas ruas! Passo dia após dia entre elas, em alguns dias esperançosa, em outros, escura. É impressionante como elas mudam, mesmo sendo as mesmas ruas, deprimentes. Mas às vezes eu sei que elas brilham com o brilho da vida, como também sei que elas me destroem com as desventuras da mesma.

A questão é será que um dia essas ruas vão deixar de ser tão escuras e cultivar tão intrinsecamente com a própria escuridão de dentro da alma? Será que se eu preencher o espaço, elas deixarão de ser tão escuras? Mas preencher com o quê? Comauto-realização? Não, pois sei que faço isso todo dia e elas continuam escuras. Com amizades? Não, porque todo dia eu conheço gente nova e elas continuam escuras. Com amor? Não sei, pois sou ludicamente perdida nessa história, e não sei...

Mas um dia eu irei achar a resposta dessa pergunta. Então, esperemos.

Inserida por diogo_lima_carvalho

⁠Será que gosta de mim como eu gosto de ti? Será que você consegue entender o que eu digo com essa sentença?

Pois tenho dúvidas dia após dia se realmente gosta, se realmente posso lhe confiar o meu coração, que é tão desconfiado.

Tenho medo de entregar a única coisa que eu tenho de bom.

Tenho medo da incerteza, da insegurança, das nuvens escuras que aparecem no horizonte no fim da tarde.

Tenho medo, pois não sei se conseguirei viver com o que sobrou.

Te mostro o meu melhor sem me esforçar nem um pouco sequer. Pois é assim que eu serei o resto da minha vida.

Prometo viver contigo, sorrir, chorar, aprender, dançar, cantar, escrever e aprender milhares de outras coisas que não dariam para ser escritas em tão pouco espaço. Então, por favor, se tem pena de mim,

então te peço só uma coisa: se tem realmente pena de mim, conseguiria responder se gosta de mim como eu gosto de ti?

Inserida por diogo_lima_carvalho

⁠Olá, de novo você que me lê toda vez.

Sim, deleite-se com mais um pouco deangústia. Mas fala de angústia nada tão grave do que na minha mente. Pois dia após dia percebo os problemas que nunca enxerguei. Não porque ignorei, mas porque nunca houve a necessidade de vê-los.

Agora que meus desejos foram finalmente atendidos, vejo eles claramente como o ouro embaixo da água cristalina. Agora eu percebo o peso da escolha certa, e a frase nunca fez tanto sentido: "Cuidado com seus desejos".

Agora me veja nesse desalinhamento confuso, com a sensação de ser um mero brinquedo sendo usado por um propósito de outra pessoa. Mas agora eu que me resolva na angústia.

Você se identifica com essa angústia? O que te deixa angustiado?

Inserida por diogo_lima_carvalho

⁠Olá, você que está lendo isso. Lamento muito, de verdade. Lamento por você continuar lendo esse texto — ele não é mais do que aquilo que você já leu um dia. Não tem mais do que os que já fizeram antes. Isso é apenas mais um relato de alguém que já se perdeu, só mais um resquício de quem já se feriu.

Pois bem, já que está aqui, me ajude, que tal? Olhe pelos meus olhos e veja onde estou. Vou dar uma breve descrição de onde estou — e talvez onde todo mundo, no fundo, também esteja — mas poucos percebem que já chegaram.

É um lugar perigosamente belo, onde a felicidade pode florescer, mas onde o ódio também pode criar raízes. Durante minha vida, esse lugar mudou tantas vezes... E nem sempre era um lugar físico. Nesse espaço, já sofri de diversas formas e inúmeras vezes, nem todas bom, nem todas ruins. Nem todas as raízes que nascem aqui são ruins ou boas.

Cometi muitos erros, meus pecados que falei mim mesmo. Já sonhei com o que poderia ser possível e, com isso, coloquei todo o meu mundo — e mais, tudo o que poderia vir a ser. No fim, só me tornei aquilo que deveria transformar. E me perdi tão profundamente que nem consigo mais me enxergar.

Como um jardim tão fechado que nem você que é o dono consegue ver através dele. Depois de tanto tempo, esse lugar se tornou um espaço onde só há angústia e armaduras. E, de novo, me tornei aquilo que deveria transformar.

A última coisa de que me lembro é de ter confiado esse mundo todo quebrado a alguém. Não sei bem quem — não reconheço essa pessoa direito. Acho que foi alguém que criei em minha mente. Mas, mesmo assim, foi alguém muito importante.

E a última coisa em que pensei antes de você me encontrar foi: "Por que entregar esse mundo a alguém?" Quem daria um fardo desses a alguém?

Agora só pondero, dia após dia, sobre a fraqueza, a insegurança, a certeza, o amor, o ódio, a vida, a morte e a felicidade. Não sei o que preciso fazer. Acho que foi por isso que entreguei esse mundo a alguém mesmo sem ela saber — porque eu não sabia o que fazer, e esperava, magicamente, que essa pessoa soubesse lidar com toda essa bagunça.

Mas, apesar de tudo, acho que encontrei uma solução. Uma solução frágil, mas ainda assim uma solução. Porque o que importa é a esperança — que, nesse lugar, tem outro nome: fé.

O estranho é que essa palavra me parece familiar, mas não sei se algum dia reconheci seu verdadeiro significado.

Enfim... acho que já deu. Já deu dessa solidão insuportável. Sim, há várias questões abertas, talvez um grande descaso. Mas está na hora de seguir em frente.

Você pode me ajudar?

Inserida por diogo_lima_carvalho