D, 13 de janeiro de 2015.

Encontrados 2 pensamentos de D, 13 de janeiro de 2015.

⁠Antes eu conseguia falar sobre os meus sentimentos, eu desabafava com meus amigos e escrevia com facilidade, era como se as palavras saíssem naturalmente do meu corpo e já soubessem o caminho para o papel. Hoje, pego a caneta, o papel e passo horas e horas pensando no que escrever e no final, a folha continua sem nenhuma palavra ou risco sequer. Antes eu conseguia falar tudo o que estava se passando comigo e eu falava mais que a mulher sem pontos, chegava a perturbar meus amigos de tanto que eu falava. Mas agora responder “sim” e “não” virou uma rotina, são respostas automáticas. Quando me perguntam se eu estou bem, eu respondo automaticamente sim, mesmo sabendo que não, mesmo sabendo que eu estou desmontando por dentro. Quando me perguntam se aconteceu alguma coisa, eu respondo automaticamente não, mesmo sabendo que sim, mesmo sabendo que aconteceu tudo. Acho que não consigo mais confiar nas pessoas, porque de certa forma, as pessoas julgam. Ou talvez eu não seja mais um poço de sentimentos, talvez eu até seja o poço, mas vazio, apenas o pó.

Inserida por arcaismos

⁠Meu coração dói, minha alma geme, meu corpo definha e pede por você. Meus olhos inundam, minha boca seca e palavras de ajuda não são mais suficientes para que eu me mantenha nesse mundo e nessa realidade. O único jeito de fugir da realidade era dormir que hoje, para mim, não significa mais tranquilidade e descanso, mas sim um poço de lembranças e milhões de pesadelos. Meu corpo despido entregue aos lençóis, te imagina ao meu lado, me aquecendo nas noites frias e nas madrugadas sombrias. Meu corpo pede você, minha alma grita por você e meu coração quase parando te espera, mesmo sabendo que talvez você nunca chegue, mesmo sabendo que é impossível te esperar por tanto tempo, se o mesmo já está parando de bater.

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