Carl Jung

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⁠A menor das coisas com um significado vale mais na vida do que a maior das coisas sem ele.

"⁠A solidão é para mim uma fonte de cura que faz minha vida valer a pena. Falar costuma ser um tormento para mim e preciso de muitos dias de silêncio para me recuperar da futilidade das palavras."

"⁠⁠O que você fazia quando criança que as horas passavam como se fossem minutos?
É aí que está a chave para a sua vida."

Se, apesar disso, ela casar-se por acaso, seu casamento serve apenas para livrar-se da mãe ou então o destino lhe impinge um marido com traços de caráter semelhantes ao da mãe. Todos os processos e necessidades instintivos encontram dificuldades inesperadas; a sexualidade não funciona ou os filhos não são bem-vindos, ou os deveres maternos lhe parecem insuportáveis, ou ainda as exigências da vida conjugal são recebidas com irritação e impaciência. De certa forma, tudo isso não pertence às realidades essenciais da vida, uma vez que seu fim último é constituído unicamente pela defesa persistente contra o poder materno. A resistência contra a mãe, enquanto uterus, manifesta-se muitas vezes através de distúrbios da menstruação, dificuldade de engravidar, horror da gravidez, hemorragias e vômitos durante a gravidez, partos prematuros, etc.

Carl Jung
Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2016.

⁠Minhas mandalas eram criptogramas relativos ao estado de si mesmo que me eram apresentados de novo a cada dia... Eu os guardava como pérolas preciosas... Tornava-se cada vez mais claro para mim que a mandala é o centro. É o expoente de todos os caminhos. É o caminho para o centro, para a individuação.

Carl Jung
Memórias, Sonhos, Reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

⁠O grande perigo real que existe é o próprio homem (...) pois somos a origem de todo mal vindouro.

⁠Ο COMPLEXO MATERNO DA FILHA

-A hipertrofia do aspecto maternal

Há pouco observamos que o complexo materno na filha gera uma hipertrofia do feminino ou então uma atrofia do mesmo. A exacerbação do feminino significa uma intensificação de todos os instintos femininos, e em primeiro lugar do instinto materno. O aspecto negativo desta é representado por uma mulher cuja única meta é parir. O homem, para ela, é manifestamente algo secundário; é essencialmente o instrumento de procriação, classificado como um objeto a ser cuidado entre as crianças, parentes pobres, gatos, galinhas e móveis. A sua própria personalidade também é de importância secundária; freqüentemente ela é mais ou menos inconsciente, pois a vida é vivida nos outros e através dos outros, na medida em que, devido à inconsciência da própria personalidade, ela se identifica com eles. Primeiro, ela leva os filhos no ventre, depois se apega a eles, pois sem os mesmos não possui nenhuma razão de ser. Tal como Demeter extorque dos deuses um direito de propriedade sobre a filha.
Seu eros desenvolve-se exclusivamente como relação materna, permanecendo no entanto inconsciente enquanto relação pessoal. Um eros inconsciente sempre se manifesta sob a forma de poder, razão pela qual este tipo de mulher, embora sempre parecendo sacrificar-se pelos outros, na realidade é incapaz de um verdadeiro sacrifício. Seu instinto materno impõe-se brutalmente até conseguir o aniquilamento da própria personalidade e da de seus filhos. Quanto mais inconsciente de sua personalidade for uma mãe deste tipo, tanto maior e mais violenta será sua vontade de poder inconsciente. No caso deste arquétipo não são poucas as vezes em que o símbolo adequado não é Demeter, mas Baubo. O intelecto não é cultivado, mas permanece em geral sob a forma de sua disposição originária, isto é, em sua forma natural primitiva, incapaz de relacionar-se, violento, mas também tão verdadeiro e às vezes tão profundo como a própria natureza. Ela própria não o sabe, sendo por isso incapaz de apreciar a graça de seu intelecto ou de admirar filosoficamente sua profundidade; pode até mesmo esquecer o que acabou de dizer.

C.G. Jung em Os arquétipos e o inconsciente.

A alma não pode existir sem o seu outro lado, que é sempre encontrado em um "você".

Carl Jung
Obras Completas de Carl Gustav Jung. Petrópolis: Vozes, 1978. v. XVI.

⁠A admiração que sentimos diante das grandes organizações vacila quando nos inteiramos do outro lado de tais maravilhas: o tremendo acúmulo e intensificação de tudo o que é primitivo no homem, além da inconfessável destruição de sua individualidade, em proveito do monstro disfarçado que é toda grande organização.
O homem de hoje, que se volta para o ideal coletivo, faz de seu coração um antro de criminosos.
Isto pode ser facilmente verificado pela análise de seu inconsciente, ainda que este não o perturbe. Se a “adaptação” ao seu ambiente é normal, nem mesmo a maior infâmia de seu grupo o perturbará, contanto que a maioria dos companheiros esteja convencida da alta moralidade de sua organização social.
Pois bem, tudo o que eu disse acerca da influência da sociedade sobre o indivíduo é igualmente válido no que concerne à influência do inconsciente coletivo sobre a psique individual. Entretanto, ficou bem claro, através dos exemplos mencionados, que esta última influência é tão invisível quanto a primeira é visível.
Disto resulta que os efeitos internos (do inconsciente coletivo sobre a psique individual) parecem incompreensíveis e as pessoas que sofrem tal influência são catalogadas como casos patológicos e tratadas como se fossem loucas. E se houver entre elas um verdadeiro gênio, tal fato só será reconhecido na geração seguinte, ou mesmo mais tarde.
Parece-nos muito natural que alguém se afogue na própria dignidade; mas que busque algo diverso das coisas desejadas pela multidão, e mesmo desapareça nesse anseio, é um fato difícil de aceitar.
Deveríamos desejar a ambos o “humor” que – segundo Schopenhauer –, sendo um atributo verdadeiramente divino do homem, é a única coisa que lhe permite manter a alma em liberdade.

Carl Jung
O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes, 2011.

O homem de hoje, que se volta para o ideal coletivo, faz de seu coração um antro de criminosos.
Isto pode ser facilmente verificado pela análise de seu inconsciente, ainda que este não o perturbe. Se a “adaptação” ao seu ambiente é normal, nem mesmo a maior infâmia de seu grupo o perturbará, contanto que a maioria dos companheiros esteja convencida da alta moralidade de sua organização social.

Carl Jung
O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes, 2011.

⁠Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo e que solicita cuidado, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa.

Carl Jung
O desenvolvimento da personalidade. Rio de Janeiro: Vozes, 1981.

Quando alguém sabe mais do que os outros, torna-se solitário.

Carl Jung
Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2016.

Deus nos livre da Psicologia, pois tais digressões poder-nos-iam levar ao autodescobrimento! Preferimos as guerras a isso, pois elas são sempre culpa do outro.

Carl Jung
Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2000.

⁠Sem liberdade não podemos ter moralidade.

Carl Jung
Psychological Types (1921).

A formulação correta da questão já é meio caminho andado na solução de qualquer problema.

Carl Jung
Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2000.

⁠Nos caminhos da vida, nos encontramos incessantemente conosco mesmos, sob mil disfarces diferentes.

Carl Jung
A prática da psicoterapia. Petrópolis: Vozes, 1988.
Inserida por Ketteiteki

⁠O conhecimento ou a intuição do fim de todas as coisas deram-me a coragem de procurar novas formas de expressão. Não tentei mais impor o meu próprio ponto de vista, mas submetia-me ao fluir dos pensamentos.

Carl Jung
Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

⁠Em geral, um ou dois indivíduos dotados de uma intuição particularmente poderosa tomam consciência de mudanças ocorridas no inconsciente coletivo e traduzem em ideias comunicáveis.

Carl Jung
A Natureza da psique. Petrópolis: Vozes, 2011.

⁠Se você é uma pessoa talentosa, isso não significa que você ganhou algo. Significa que você tem algo a oferecer.

Carl Jung

Nota: Autoria não confirmada.

⁠Ser "normal" é o ideal dos que não têm êxito, de todos os que se encontram abaixo do nível geral de adaptação.

Carl Jung
A prática da psicoterapia. Petrópolis: Vozes, 1981.

⁠O mundo vai perguntar quem é você, e se não souber, o mundo lhe dirá.

O sentido de minha existência residir no fato da vida coloca-me uma questão. Ou, inversamente, sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der.

Carl Jung
Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

⁠Intuição é percepção através do inconsciente.

Carl Jung
Tipos psicológicos. Petrópolis: Vozes, 2011.

⁠A forma do mundo em que nasceu já é inata no homem, como imagem virtual.

Carl Jung
O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes, 1978.
Inserida por Ketteiteki

Na realidade, não hesitamos em fazer as coisas mais absurdas a fim de escapar à própria alma.

Carl Jung
Psicologia e alquimia. Petrópolis: Vozes, 1990.