Bruno Fernandes Barcellos

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Sobre dar o que não se tem.
Como é complexo ofertar ao outro aquilo de que somos para sempre deficitários e carentes.
E quão doloroso aguardar por isto com esforço e não receber o esperado.
Ser humano é um sobrevivente destas faltas, e de penhasco em penhasco vai costurando suas lutas.
Com dor, com medo e mesmo com raiva o desafio é prosseguir.
Algumas mágoas não tem reparo, e algumas dores não passarão, mas elas se aninham em nosso peito e caminhando conosco elas seguirão.
Entenda, não se trata de resultados ou retorno, de troca ou devolução, do amor que ressente hoje, amanhã e depois de amanhã ainda persistirá em seu coração.
Cada espaço que um dia foi ocupado, permanecerá guardado com emoção e novos espaços serão criados, com um amor renovado em outra razão.

Aprender ou inventar?
Crescemos com a repetição de que precisamos aprender, e assim vamos à escola, cursos, consultas médicas ou esotéricas na busca pelo conhecimento.
Precisamos reconhecer que não nascemos sabendo, e que algo precisa ser apreendido. Fato.
Porém, quase ninguém ensina que algo também precisa ser inventado.
Não, não falo de ser um novo gênio da engenharia ou revolucionar a medicina... Falo em relação às coisas ordinárias, e me refiro ao significado de cotidiano, porquê em relação ao ordinário da sacanagem somos bem criativos...
Seja inventivo em relação ao ordinário, sem a meta de fazer algo extraordinário com a sua existência ou com a humanidade.
Portanto, aprender e inventar são ótimas opções, e funcionam melhor quando articuladas.
Mas entenda, inventar significa reconhecer que algo não se aprende e também não se ensina.
Não se queixe da sua faculdade, dos seus pais ou do cursinho que "não ensina" o que vivemos na prática, porquê a prática é em sua maior parte inventada.
Cada pessoa executa a mesma técnica ao seu modo, e isto é invenção.
Cada professor transmite uma aula ao seu estilo, e isso é invenção.
Cada pai e cada mãe educa seus filhos de forma singular e isso também é invenção.
Já temos muitas versões, e repetições do mesmo, o desafio é fazer "o mesmo" de maneira original.
Então, quando pensar no que vai fazer pessoalmente ou profissionalmente nos próximos dias da sua existência neste ano ou no ano novo, lembre-se de buscar conhecimentos, articular as informações e imprimir sua marca na execução, seja inventivo e reconheça sua singularidade como oportunidade de fazer algo de uma maneira que apenas você pode fazer.

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Férias e memória.
Produzimos memórias o tempo todo, algumas são registradas com maior intensidade que outras devido ao afeto despertado por estas vivências.
Nas férias, em geral, nos disponibilizamos para viver momentos mais surpreendentes, menos defendidos e mais agradáveis por serem da nossa escolha e não um dever de trabalho.
Então minhas propostas para as férias são:
1. Vá a um lugar diferente ou novo;
2. Reencontre amigos;
3. Tenha metas simples;
4. Lembre-se que trânsito, mudanças no clima ou nos planos podem acontecer e isso não é em si um problema, depende da sua criatividade e do seu bom humor;
5. Não deixe seus hábitos ou vícios determinar seu dia, beber uma cervejinha não é um problema, mas não precisa ir para um lugar diferente e passar o dia no bar, se permita conhecer outros espaços e ideias;
6. Seja responsável e não estrague as férias dos outros, então se beber não dirija, taxi sai mais barato que uma nova habilitação ou a vida das pessoas;
7. Antes de ficar exaltado, pense se no carro da frente possui crianças ou idosos, e se for gentil talvez resolva ao menos 50% do transtorno;
8. Se ficar pensando no trabalho ou nos problemas, você nunca sairá de férias!
9. Registre, esse momento é uma oportunidade de fazer histórias;
10. Divirta-se!

Inserida por brunobarcellos

Bang Bang de final de ano.

Vem com a sidra e a rabanada
Chega e traz pra mim
O Chester do Natal requentado
Que eu to sem dindin
Aham, aham, aham...
Aham, aham, aham...

(Bang) O ano tá acabando para você
Sem dinheiro pra sobreviver
O arroz do Natal terá que multiplicar
Vai misturar
Então tem, a farofa e um salpicão
E o Tender não acabou não
Mas se quiser, tem que requentar
E desinfetar

E pra situação piorar
Tem a tia pra jantar
Que vem feliz perguntar, se você tá
namorando.

E não pode faltar
O tio que adora a sidra
Fazendo piadinha com o pavê
De morango

Vem com a sidra e a rabanada
Chega e traz pra mim
O Chester do Natal requentado
Que eu to sem dindin
Aham, aham, aham...
Aham, aham, aham...
Bruno Fernandes Barcellos

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Sobre a importância de falhar para não falir.
Veja bem, a falência ocorre onde uma empresa ou sociedade comercial se omite em cumprir com determinada obrigação patrimonial e então tem seus bens alienados para satisfazer todos seus credores.
Trazendo para o campo mais subjetivo, falimos quando perdemos a capacidade de atuação no casamento, na relação profissional e também com os filhos, falimos quando perdemos a capacidade de atuação em relação ao outro.
Quando pensamos no campo comercial a falência se relaciona em especial com as finanças, mas a falência nas relações humanas se relaciona aos valores.
Quando um homem entra em falência para sua mulher, ele perdeu seu valor ou sua capacidade de representar algo para ela, e assim o contrário.
Quando um filho não considera mais o pai ou a mãe é porque eles perderam o valor para este filho.
Assim sendo, é preciso falhar, é fundamental atuar com o reconhecimento das vezes em que se erra, da impossibilidade tanto da perfeição como da satisfação plena.
Isto está campo do reconhecimento dos limites e acima de tudo, da possibilidade de dizer "não" para o outro.
De colocar um limite, tanto do que é possível, como do que é desejado.
Mesmo que isto traga desentendimentos e discussões, o outro não é obrigado a nos compreender e também nem sempre será capaz, assim como nós também não iremos compreendê-lo sempre.
Estas falhas, quando trabalhadas e reconhecidas na relação, e com o auto-respeito sobre suas vontades e limites possibilitam superar as crises e vivenciar uma relação mais feliz.
Senão, estará frequentemente colocando seus bens alienados ao outro, falindo relação após relação, em uma falência sem fim.

Poderia falar com o responsável?
É sobre a sua vida mesmo, mas gostaria de falar com o responsável.
Lembra quando te ofereci um trabalho, não ganharia muito no começo mas tinha potencial de melhorar, você me disse que não dava pra trocar o certo pelo duvidoso.
Aquele amigo que te apresentei, gente boa... Você disse que não dava pra se relacionar com um cara divorciado e com filhos.
Aquela vez que fomos à praia e te chamamos, você disse que tinha que limpar a casa.
E aquele dia lá no trabalho que surgiu uma vaga pra ganhar mais e você não se candidatou porque não acreditava que iriam te escolher.
Várias vezes te chamei pra tentar algo diferente e você fez as mesmas escolhas e sempre colocando a responsabilidade nos outros, ou não iriam te aceitar, ou a situação era muito arriscada, ou iria ser muito difícil.
Você sempre deu desculpas para não tentar.
Bom, vim aqui mais uma vez falar com você, será que está valendo a pena estas suas escolhas? Fazendo as mesmas escolhas já colheu algum resultado diferente? Será que não está na hora de tentar algo novo?
Pense nisso e quando puder me procure.
Ass: Sra. Oportunidade.

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Cuidado com a inveja.
Quem inveja faz das próprias bênçãos fardos.
E da alegria do outro, ofensa.
Invejar não é querer alcançar por méritos próprios o que o outro tem...
Invejar é querer que o outro não tenha, quem inveja se nivela pelo fracasso.

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Se conseguirmos aceitar que desejamos aquilo que desejamos, por mais estranho que seja, conseguiremos suportar melhor as estranhas preferências dos outros.

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Comece, recomece.
Se esforce, vai lá e se mexe.
Quem adia, perde um dia.
Quem faz, um dia cresce.

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Sobre expectativas.
Não é raro nos percebermos esperando...
Um gesto, uma palavra, uma defesa ou um reconhecimento.
Criamos lindas fantasias sobre como o outro deveria ser, sobre os valores que deveria ter, ou sobre as belezas que deveria apreciar. Quanto mais ao outro amamos, mais dele esperamos.
Pois amar, é ansiar pelo amor do outro, e por isso tantas vezes ao outro endereçamos as carências embrulhadas em mimos e presentes.
Nesta doce ciranda, sempre haverá um pedaço amargo, um espaço não preenchido, não correspondido, que assim pode ser lido como não-amado.
O desafio é construir amores, consciente do espaço amargo, com falhas na correspondência, mas que por respeito às diferenças, sabedoria dos limites, amaremos o outro com o reconhecimento de um espaço que não pode ser amado.

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Não existe modo fácil.
Uma vida que valha a pena custa cada segundo do seu tempo.
Pode gastar se lamentando, ou aprimorando o seu talento.
Aguardar um boa chance ou criar o seu momento.
Procurar por uns culpados.
Ou ser protagonista do seu intento.
Dos círculos sociais colherá sua semente.
Vicioso ou virtuoso, dependerá da sua mente.

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Se não pude sorrir hoje, tudo bem.

A tristeza também é um direito.

E algumas coisas são ditas em palágrimas.

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Pais confiáveis e a não-omissão.
Frequentemente ouço de pais e mães que às vezes omitem algumas coisas dos seus filhos, pois eles não estão prontos para lidar com a verdade.
Omitem raiva, tristeza, decepções e às vezes até alegrias, sejam no âmbito profissional, no relacionamento do casal, ou com o próprio filho ou filha.
Como se "fingir" que está tudo bem não fosse uma mentira.
Existem também os pais mágicos que desaparecem quando um desconhecido liga ou aparece de surpresa e pede para os filhos dizerem que não estão, mas são os que mais exigem a "verdade" dos filhos.
Ou os que exigem que os filhos sejam responsáveis, mas eles mesmos não chegam no horário marcado, não cumprem com os acordos pré-estabelecidos...
Ser confiável envolve coerência, envolve ter atitudes compatíveis com seu discurso.
E quando não for possível, quando algumas situações sociais nos pedem "diplomacia", que se assuma esta necessidade diplomática, mas não force seus filhos a acreditarem que está sendo espontâneo, pois não os enganarão.
Ser confiável não significa falar tudo, mas sim, assumir que nem tudo pode ser dito.
Ser confiável não é ser um pai ou mãe exemplar, pois todos erram, mas a confiança está em assumir que errou pedir desculpa com o compromisso de evitar errar de novo pelo mesmo motivo.
Se deseja construir uma relação de confiança, nada de ameaças sobre homens do saco, sobre largar a criança sozinha, ou que vai embora de casa se seu filho não fizer o que ordenou...
A não ser que possa cumprir cada uma dessas ameaças, você terá ensinado a seu filho que você é um grande mentiroso.
E acima de tudo, a confiança, assim como a honestidade, só funciona em mão dupla.
Se não confiar nos seus filhos, em suas ideias, capacidades e possibilidades, não espere dele nada diferente do que lhe tem oferecido.

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Namore sem pressa para casar.
O namoro é o período de germinação de uma relação, em que cada um se desenvolve com erros e acertos e pode assim construir uma relação responsável e afetiva.
É no namoro que algumas regras são estabelecidas, acordos são concebidos.
Por isso namorar também é um desafio, afinal ninguém vem pronto para um namoro, mesmo que já tenha namorado antes.
Pois cada casal, cada relação, possui uma dinâmica única, e sempre precisará de ajustes. Nada estará pronto, nunca...
Será um processo contínuo de aprimoramento, de conhecimento e reconhecimento, das qualidades, dos encantamentos, mas também dos defeitos, das desilusões.
E sim, as desilusões são fundamentais para uma relação responsável.
Quando deixamos de fantasiar o outro e o enxergamos de forma mais realista é que podemos descobrir se o amor aguenta.
E acima de tudo, mesmo que o amor aguente, é preciso um pouco mais que amor para sustentar uma relação.
É preciso respeito, admiração e parceria.
Por isso costumo dizer que me casei com alguém que suporta os meus defeitos. (Risos)
Já que gostar das qualidades é fácil, difícil é encontrar alguém que os defeitos valham a pena.

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Uma palavra pode ser grande como "sol" ou pequena como "formiguinhas".

As palavras possuem lógica própria.

Peso, tamanho, profundidade, tempo e intensão.
Por isso as pessoas se formam em palavras em toda sua necessária imprecisão.

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Sorrir, após algum sofrimento, já é um sinal de que o amor está retornando ao coração.

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Quem faz "tudo" pelo outro, corre o risco de o outro acreditar que não precisa fazer "nada".

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Não se faça de argila.
Em muitos relacionamentos observamos que um dos parceiros vai se transmutando lentamente.
Começa se afastando dos amigos, mudando alguns gostos e, de repente, vira uma cópia mal-feita do seu parceiro.
Assim são em geral as relações de dependência, em que, sem perceber, um dos parceiros vai acreditando que tudo que gosta, pensa e sente tem "total" afinidade com seu parceiro.
É importante em qualquer relação fazer renúncias, mas também é importante fazer acordos e impor limites, e ter reflexões críticas sobre a relação, sobre si e sobre seu parceiro.
Quando não percebemos que estamos colocando o outro como significante mestre, como o "tudão" da nossa vida, corremos um grande risco de viramos um lindo vaso moldado ao gosto do outro.
Assim, precisamos rever nossas referências de afeto, nossos ideias de relacionamento e acima de tudo, nossa autoestima.
Só assim podemos conhecer e reconhecer nossa história e nos livrar das repetições trágicas.
Como cantou Gilberto Gil, é preciso aprender a ser só, é preciso aprender a só ser.

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O amor resiste melhor em relações que
suportam verdades distintas

Inserida por brunobarcellos

Os sonhos podem sim se tornar reais.
Para isso é necessário empenho, sacrifícios e algumas adaptacões.
O ideal não é possível, mas o possível pode ser sensacional.

Nota sobre elas.
São enigmas, uma fonte de vida, um olhar que seduz, um perfume que inspira, um colo que cuida.
São cruéis quando se vingam, são adoráveis quando sorriem, admiráveis em sua independência e múltiplas capacidades.
São mistérios, que nos provocam ao se deixar desvendar, são sutis em dominar.
Elas são várias, de tamanhos e formas diversas, em cada uma um sonho, uma história e uma forma singular de ser mulher.
E com elas a vida ganha sentido, em sua forma inesperada de ser bem mais do que sabemos decifrar.

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Quem barganha amor faz sempre um mal negócio.

Inserida por brunobarcellos

Quem exige amor
recebe apenas o necessário.

Quem doa amor
recebe o inesperado.

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Tente,

apenas por hoje,

não culpar os outros

por suas más escolhas.

Estar presente é se importar.
Vemos que existem relações que crescem, relações que se estabilizam e relações que se corroem.
As causas são várias, do amor ao medo, da ambição à inveja.
Essas coisas humanas, entre ser admirável e detestável, e com a percepção de que cabe de tudo um pouco em cada um.
Somos o que ecoa de nós no outro e do que ecoa do outro em nós.
Neste aspecto, um ponto fundamental para uma dinâmica crescente, em que a parceira e a profundidade da relação seja maior que antes, é se importar.
Dar importância ao seu parceiro, as suas vontades, aos seus sonhos, às duas ideias.
Isso não significa concordar, aceitar passivamente ou se anular.
Mas sim, significa participar desta ideia com a sua contribuição, com seu olhar, com as suas ideias do que pode ser feito, da maneira que pode funcionar e em algumas vezes puxando o outro para a realidade questionando se é possível neste momento realizar estes planos.
Em geral, as pessoas se sentem mais acolhidas quando percebem que suas ideias foram ouvidas, e quando recebem respostas concordando ou discordando com algum argumento que a toque, que entre em sintonia com sua causa.
Mesmo em uma discussão, em um desentendimento, quando se importa com o outro, você se faz presente e aí é possível buscar uma saída em conjunto.
Pois até para discutir e repensar a relação é preciso estar presente.

Inserida por brunobarcellos