Breno Botti

Era difícil e muito bruta, não por escolha, mas por imposição da vida.

É impossível materializar algum sentimento sem que fique um pouco, que seja, piegas.

Deve haver, à medida que vivem, vivemos, amam, amamos, um ponto de ajuste, pra tudo entrar nos eixos.

Eu sou homem, mas isso não significa que eu não queira ter uma mulher ao meu lado para chamar de minha, isso não significa que eu não queira ter uma mulher que me faça feliz, que me faça sentir saudades no exato momento em que eu falar: ‘Se cuida, te amo.’ Eu quero uma mulher que eu possa segurar a mão, protegê-la em meus braços. Que eu possa abraçar, beijar e amar. Eu quero ser dela e ela minha. Eu quero, eu desejo e espero. Não quero ter várias, quero amar apenas uma. Quero um amor que desarrume a minha vida, que me deixe atordoado, mas sorridente. Que me deixe ao vento, como um pássaro. Quero um amor de tomar café-da-manhã, um amor bobo e imaturo. Eu quero. E quero um amor de verdade.

Desprezível é o ser que, amando, consegue se imaginar só.

Eu quero ter um nós a sós.

Cá entre nós, fomos feitos um pro outro.

Desacreditou, de tudo e de todos, por um dia ter amado errado.

Ela queria romance de fim de semana, filme a dois e uma companhia pra desabafar. Ele tinha tudo isso e só queria ser livre outra vez.

Fosse há algum tempo, eu saberia que lutar era a melhor opção. Todavia, hoje, sei que é mais sábio desistir.

Não que a amasse pouco, mas desejou amá-la um pouquinho mais, todos os dias.

Estou à procura de bons ventos, de uma ventania que derrube tudo e faça transparecer um sorriso de canto de boca.

Conhecendo as palavras, ele conheceu o amor. Conhecendo o amor, não parou mais de escrever.

Que tudo aquilo que me for concedido seja verdadeiro, que todos os que habitem o meu coração me queiram o bem, que todas as promessas sejam realizadas segundo o coração e nunca pela razão ou imposição da vida. Que a paz, a esperança, o amor e a fé por tudo o que há de bom me sirva.

E te sou, e me sou. E somos, um do outro.

De repente bateu aquela vontade de ficar junto, colado, mão-a-mão, corpo-a-corpo, eu e você. Sem assunto, em silêncio, e permanecer ali pelo resto dos dias.

O parâmetro de felicidade muda. Um dia pode ser uma coisa, no'utro pode ser algo totalmente diferente. Isso acontece quando você muda as prioridades da sua vida.

Um dia tudo passa e você volta a viver e a sorrir como antes. Se permita. Seja mais para você, seja pra você exatamente o que você foi para os outros.

Às vezes, penso que o amor é conveniência, afinal ninguém ama de uma hora pra outra. É tudo convivência, você se permite fazer parte dela com o outro alguém. E ama.

Se for pra roubar alguma coisa, que não seja o coração. Seja sorrisos verdadeiros, sentimentos intensos e abraços aconchegantes.

A vida é um pouco disso, um pouco de tudo, é devaneio pelo mundo imaginário, que vez tem sabor agridoce, outra amargo com picos de doçura. Mãos trêmulas e borboletas no estômago são sensações deliciosas quando se está buscando o indescritível e o incomensurável. Um amor de verdade não faz mal a ninguém, um sorriso torna tudo mais frugal e divertido. Um café, um bom filme e boas histórias.

Levam anos e anos para aprendermos a desapegar, entretanto, num piscar de olhos, estamos, somos, um do outro, outra vez.

Meu erro foi ter colocado muito amor na receita, o bolo passou do ponto e queimou.

Fique tranquila! Volta, e volta mais bonito, mais vistoso, mais maduro, mais real, volta porque, de certa forma, tinha que ser seu.

Eu quero colo. Amor. Carinho. Mesmo quando tudo estiver por um fio.