Blaise Pascal

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Numa grande alma, tudo é grande.

Esta covardia mole e tímida que não deixa nem ver, nem seguir a verdade.

É falso que sejamos dignos de que os outros nos amem. E é injusto que o queiramos.

É indispensável conhecermo-nos a nós próprios; mesmo se isso não bastasse para encontrarmos a verdade, seria útil, ao menos para regularmos a vida, e nada há de mais justo.

Quando descobrimos um estilo natural, ficamos espantados e satisfeitos, pois esperávamos um autor e encontramos um ser humano.

Posso nunca ter sido (...), por conseguinte não sou um ser necessário.

Não sendo possível fazer-se com que aquilo que é justo seja forte, faz-se com que o que é forte seja justo.

Condição do homem: inconstância, tédio, inquietação.

Quando a paixão nos domina esquecemos o dever.

O coração tem razões que a própria razão desconhece.

Uma indiferença pacífica é a mais sábia das virtudes.

Quando estamos de boa saúde, admiramo-nos de como seria possível estarmos doentes; quando isso acontece, medicamo-nos alegremente.

O hábito é uma segunda natureza que anula a primeira.

Apenas acredito nas histórias cujas testemunhas estivessem dispostas a deixar-se degolar.

Somos tão presunçosos que desejaríamos ser conhecidos em todo o mundo... E tão vaidosos que a estima de cinco ou seis pessoas que nos rodeiam nos alegra e nos satisfaz.

A coisa mais importante para toda a vida é a escolha da profissão: quanto a isso, só o acaso dispõe.

Todas as boas máximas se encontram no mundo: só falhamos ao aplicá-las.

O amor é cego, a amizade fecha os olhos.

Duas coisas instruem o homem, qualquer que seja a sua natureza: o instinto e a experiência.

Todas as ocupações dos homens tendem à posse de alguma coisa; e eles não têm nem título para a possuir justamente nem força para a possuir com segurança.

A natureza detesta o vazio.

Eloquência positiva é aquele que persuade com doçura, não com violência, ou seja, como um rei, não como um tirano.

Pensar faz a grandeza do homem.

O homem nasceu para o prazer: ele sente-o e não precisa de mais provas. Ele segue assim a razão, entregando-se ao prazer.

A razão, por mais que grite, não pode negar que a imaginação estabeleceu no homem uma segunda natureza.