Bellafronte. J

Encontrados 4 pensamentos de Bellafronte. J

Eu tenho um futuro ideológico falacioso e maroto, transposto em emoções explicitadas a beira do nada, que claro, sendo o nada, não convence. Converter esse futuro ideológico ao seu oposto me traria de volta um passado falacioso concreto. Com representações falsas de uma imagem simbólica incoerente, audaciosa. Não que não a seja agora, é. É com todo esmero, audaciosa. Verdadeira imagem efetiva coerente, vibrante. Explicitamente cercada de caráteres migrantes e destoantes aos seus discursos fantasiosos, por vezes, concretos, destoantes. Semblantes de seres reais, mutáveis indefinidos, que na constituição dessas ideologias técnicas migram, navegam, buscam diversas maneiras de se encontrar. E se encontram. Encontram-se nas falácias contraditas de sonhos não sonhados, nas penumbras dos olhares cansados ao horizonte, nos discursos ditos, mas sentidos e efetivados de forma contrária, nos surtos de solidão em meio a multidão, nos olhares que transbordam sentimentos, na vontade de agregar pra si o sentido de pleno, próspero e completo desses seres reais, nos contextos fora de contextos que causam um anseio que perambula sem ser percebido, apenas sentido. Sem ser visto, mas exercendo seu total poder travestido de vontades próprias ou alheias adquiridas por influencias definidas como sendo boas, a si próprio, aos outros.


06/06/2013 22:44

Inserida por JulianaBellafronte

Domingo 19/11/2012

A TV e o computador coloriram aquele dia que não passava de:
Olhos inchados refletidos no café preto
Olhar pra cima, querer chorar
Ações imaginadas na frente do espelho
Sonhos sonhados deitados na cama
Cafés tomados na caneca com desenho de flores
Risadas cansadas em frente a TV
Raiva em frente ao computador
Agua tomada na garrafinha de plástico
Sementes de melancia espalhadas pela pia
Ações não concretizadas
Sonhos não realizados
Cafés não tomados
Risadas não ridas
Raivas não posta pra fora
Sementes não plantadas
Palavras não ditas
Situações não narradas
Desejos não partilhados

Inserida por JulianaBellafronte

Eu não preciso do menos
do escuro
do pobre e podre
Eu não preciso do afago obrigado
abraço implorado
de uma conversa forçada
Eu não preciso de nada que venha de mal grado
de forma a não respeitar por não concordar
não preciso de um ombro por obrigação
e sim, por disposição, altruísmo, compreensão.


16:49 08/09/2013

Inserida por JulianaBellafronte

porque você foi a construção da minha destruição
a paralisação da minha atuação
o teor da minha difamação
o calor que fez suar as minha mãos
você foi a porta pro meu alçapão
o medo da minha ambição
o verme da minha decomposição
o meu ouro de aluvião
a situação da minha condição
os transtornos da minha ilusão
o leão do meu brasão
a minha mina de carvão
a maior parte da minha decepção
o motivo da minha indisposição
as dores nos ombros da minha tensão
o guarda da minha prisão
as correntes da minha escravidão
a arvore da minha colisão
o padre da minha inquisição
você foi a vontade da minha introspecção
as ervas daninhas do meu pedaço de torrão
o mormaço do meu verão
a causa da minha reflexão
o escuro da minha solidão


25/10/2013 ás 00:15

Inserida por JulianaBellafronte