Antonio Cássio Vieira de Santana

Ano após ano, fatos inéditos acontecem: Milhares de foliões de enfileiram para pegar seus abadás, ladrões aproveitam o descuido de alguns, roubam e revendem a turistas por preços acima do mercado e estes são roubados e nas delegacias dos turistas as queixas são muitas. Passa agora no circuito Barra-Ondina a banda nhem nhem nhem e o povo sai do chão são 3 dias já de folia, morreram 100 pessoas, outras foram agredidas e ainda faltam 3 dias para acabar a folia momesma. No Rio de Janeiro as escolas de samba estão saindo pro desfile alegórico e vem a quarta-feira de cinzas e começa a contagem de quem "venceu" o desfile. Nas estradas muitos morreram por consumo de alcool e excesso de velocidade, as casas que foram deixadas para trás por pessoas na busca pela PAZ em cidades fora do circuito carnavalesco, foram saqueadas, arrombadas e já para o ano que vem a banda nhem, nhem, nhem vendeu todos seus abadás. Que diferença faz o circo de ROMA, seus gladiadores, opulência de seus imperadores, senadores e ricos senhores para a festança de hoje? O número, pois hoje se mata muito mais e por muito menos que ha cerca de 2.000 anos atrás. Isto acabou? Que coisa alguma. A natureza humana de povos imaturos castrados da educação, reprime suas possibilidades e como bois vão carregando o fardo sob a batuta do timbau e com o discurso da alegria do beijo na boca, da cachaça da permissividade. Afinal é carnaval lá, lá.....

FORA DA ORDEM
O mundo todo passa por uma situação de total descontrole, desordem. As pessoas cada vez mais são excluídas por força do sistema capitalista, voraz, onde tudo funciona em torno do lucro. O ser humano passa a ser apenas composição da paisagem, pois o indivíduo foi esquecido, a coletividade existe, porém não ha coesão, a valorização humana é relativa. Tornam mártires pessoas como a pagodeira baiana Kelly Cyclone (assassinada recentemente), assim como acontece no Rio de Janeiro em meio aos morros ao som do funk. Por aqui, não existe mais ordem, respeito, critério pra coisa alguma. Deparei-me esta semana às 08:30 da manhã no sufocante e sempre engarrafado trafego da capital baiana, com um sujeito em seu carro, vidros baixos, escutando seu pagodão cujas letras propagam a violência e desvalorizam a família, em especial a mulher. Com aspecto ameaçador, guiava seu carro imitando a voz do cantor, dando socos no ar, tatuagens nos braços, olhos avermelhados e rosto inchado, num comportamento anormal, ziguezagueando entre os demais veículos e parecia ter pressa por algo. O que se esperar de tudo isto? Aqui tudo pode, afinal é a diversidade cultural! Em benefício de quem? Isto é democracia? Vivemos em liberdade sem paz. Isto é possível? Claro que não! Vivemos como bois na toada e quem não se enquadra sofre por omissão dos poderes. Precisamos de um choque de ordem moral, de ética, de rumo e prumo, de verdadeiros lideres que nos possa conduzir a valorização humana e desenvolvimento social. Na minha opinião está tudo fora de ordem. Vale citar a nível mundial o atentado na capital Norueguesa, OSLO, onde sempre esteve em paz com o mundo, lembrada sempre como refúgio. Na Africa, as pessoas morrem de fome, em Bangladesh as comunidades sobrevivem com apenas U$ 1,00 / dia para cada indivíduo, e se formos explorar as desigualdades no mundo afora, não terminaremos de citar exemplos. A gente estuda, procura seguir os princípios básicos para uma sociedade sadia e contemplamos descalabros nas instituições, onde bons profissionais são descartados e nem sempre os escroques são punidos, pior ainda, permanecem nestas mesmas instituições de forma inexplicável, privilegiados, dando a todos a sensação de que o crime compensa. Como otimista, honesto, seguirei sempre na busca por um lugar ao sol, contribuindo da melhor forma possível e não desistirei jamais de lutar por todos, pelo respeito a vida, a pessoa, pelas crianças e pelos idosos. A coragem não precisa ser violenta, apenas firme e resoluta.