Anton Tchekhov

26 - 49 do total de 49 pensamentos de Anton Tchekhov

Não permitais à língua ultrapassar o pensamento.

O vinho e a música sempre foram para mim um magnífico saca-rolhas.

A universidade desenvolve todas as capacidades, inclusive a estupidez.

As mulheres nunca perdoam os fracos.

Quando as pessoas são felizes, não reparam se é inverno ou verão.

A medicina é minha fiel esposa e a literatura é minha amante; quando me canso de uma, passo a noite com a outra.

A solução para um problema, e a maneira correta de fazer uma pergunta, são duas coisas completamente distintas. E apenas a segunda é uma responsabilidade do artista.

O homem é aquilo em que acredita.

É hora de os escritores admitirem que nada neste mundo faz sentido. Só tolos e charlatães pensam que sabem e compreendem tudo. Quanto mais estúpidos são, mais amplos supõem ser seus horizontes. E se um artista decide declarar que não entende nada do que vê — isto por si só constitui uma considerável clareza na esfera do pensamento e um grande passo adiante.

Se você teme a solidão... não se case.

Tem razão, - concorda Ivane Alexèiévitch, - mas quem é o culpado? Se não é feliz, só você tem a culpa! Não acha que estou com a razão? O homem cria a sua própria felicidade. Se quisesse poderia ser feliz; mas não o quer. Sempre foge da felicidade!

Assim deve ser, ao que parece, a lei da convivência: quanto mais incompreensível o mal, tanto mais encarniçada e grosseira é a luta contra ele.

É preciso ter um espírito indignado, aberto à comiseração. Eu escrevi aqui na prisão tudo o que aprendi, senão lembraria mais alguma coisa. E Cristo? Cristo respondia à realidade chorando, sorrindo, entristecendo-se ficando furioso e até angustiando-se; não foi com um sorriso que Ele caminhou ao encontro dos sofrimentos e não desprezou a morte, mas rezou no Jardim de Getsemani, pedindo para evitar o cálice: 'Meu Pai, se é possível, afasta de mim esse cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como Tu queres.' (Matheus, XXVI, 39)

Anton Tchekhov

Nota: Tchekhov, in Enfermaria n° 06

Inserida por DavidFrancisco

Uma mentira é o mesmo que insultar quem está escutando e colocar em uma perspectiva mais baixa quem está falando.

Inserida por MANOELBARBOSA

É fácil ser forte neste mundo!

Inserida por Gabriel87

Para um homem de bem, a indiferença pode ser uma religião.

Não se deve colocar um rifle carregado no palco se ninguém estiver pensando em atirar com ele.

⁠“Verdade e honestidade constituem a base da boa escrita, porque antes de mais nada constituem a base do comportamento individual e da ação política”.

Inserida por LEandRO_ALissON

⁠Acontece vermos de relance as cegonhas no horizonte, a brisa traz seus gritos triunfais e lamentosos, mas um minuto depois, por mais que você esquadrinhe ansiosamente o azul distante, não verá nem sinal delas, e não ouvirá um som sequer – exatamente assim as pessoas, com seus rostos e falas, passam de relance por nossa vida e se afundam em nosso passado, sem deixar mais do que ínfimos vestígios de lembranças.

Anton Tchekhov
A dama do cachorrinho e outras histórias. Porto Alegre: L&PM, 2009.

Nota: Trecho do conto Vérotchka.

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⁠Ao exigir de um artista uma atitude consciente para com o seu trabalho, você está certo, mas está misturando dois conceitos: a solução do problema e a colocação correta do problema. Só o segundo é obrigação do artista.

Anton Tchekhov
Sem trama e sem final: 99 conselhos de escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

⁠A literatura artística tem esse nome justamente porque retrata a vida tal como ela é na realidade. Seu objetivo é a verdade incondicional e honesta.

Anton Tchekhov
Sem trama e sem final: 99 conselhos de escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Inserida por Vitor12

⁠Nunca se deve mentir. A grandeza da arte reside no fato de que ela não admite a mentira. E possível mentir no amor, na política, na medicina; é possível enganar as pessoas e até mesmo Deus, mas na arte é impossível mentir.

Anton Tchekhov
Sem trama e sem final: 99 conselhos de escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Inserida por Vitor12

⁠Não me permita Deus julgar ou falar aquilo que não sei e não entendo.

Anton Tchekhov
Sem trama e sem final: 99 conselhos de escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Inserida por pensador

⁠O livre pensamento é necessário e só é livre-pensador quem não teme escrever bobagens.

Anton Tchekhov
Sem trama e sem final: 99 conselhos de escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2007.