Anderson Delfino

Encontrados 6 pensamentos de Anderson Delfino

⁠Um poema sobre o seu coração

Um bilhete a quem encontrar esse coração:
Cuide bem dele. Ele sentiu, desejou, sofreu, amou, sorriu e chorou intensamente por toda uma vida. Se lhe parecer bem, permita que tenha um pouco de paz até que, enfim, pare de bater.

Com amor, do sempre seu, "Coração Negro" (sim "negro", adjetivo que só lhe parecerá "ruim" se você for "preconceituoso", rs [aspas representam conexão]).
Ass: uma criança que teve a sorte de viver e morrer, uma vida completa, também, efêmera, se no tempo dos tempos do templo desse universo.

Não sinta pena, sinta medo, pois todos morreremos um dia. Não sabemos como é o outro lado, sabemos que lá não há nada. Tudo o que fomos deixará de ser para todo o sempre, e não haverá nada a ser feito. Você simplesmente acordou em uma montanha russa que desce furiosamente em direção ao chão.

Chão [Chão representa fim]

Aproveite a descida.

Inserida por Anderson_Delfino

⁠No fim, não adiantou a coroa, não adiantou a riqueza, não adiantou a fé. Todos os homens morrem.
Anos depois, do alto, do seu novo trono, o monarca decapitado entendeu: "eu nunca fui rei, os outros quem sempre foram servos".

Anderson Delfino

Inserida por Anderson_Delfino

⁠Nas paredes do templo do tempo dos tempos dos versos escritos no verso deste universo, eu lhe escrevi um verso.
E ele é lindo. @d

Inserida por Anderson_Delfino

⁠O Jardim das Flores Não Vistas

Em um lugar distante, na floresta mais escura do mundo, fica a clareira mais clara. Um paraíso intocado que evoca paz e isolamento: ali, os raios de sol descem e iluminam o jardim das flores não vistas. Orquídeas raras adornam as árvores; centenas de espécies de pássaros coloridos e aves migratórias mantêm seus ninhos. As sinfonias e perfumes nunca se repetem. É onde todas as borboletas voam. Um refúgio perfeito, onde o equilíbrio da vida se mantém em sua forma mais pura. Um lugar onde o tempo parece parar, santuário tanto para as criaturas únicas que ali vivem quanto para qualquer alma afortunada que o encontre.
@d

Inserida por Anderson_Delfino

Entre papos e beijos que nunca batemos,
todos os beijos e papos que nunca demos.
Eu entendo.
Mas o tempo… o tempo ainda respira entre nós.
E, pelas regras silenciosas do universo,
das probabilidades e dos amores intensos,
a gravidade há de nos unir,
a entropia há de nos poupar,
e o tempo — esse mesmo tempo —
ele contará.
Anderson Delfino @d

Inserida por Anderson_Delfino

Amor Atrópico

Por todos os papos e beijos que nunca trocamos,
abraços e sorrisos que nunca demos,
e pelas regras silenciosas do universo —
dos amores ousados e das probabilidades que nos negaram:

a gravidade há de nos unir,
a entropia — por milagre ou acaso — há de nos poupar,
e o tempo,
esse mesmo tempo,
contará.

Mas não como se espera.

Contará em ventos que sopram,
em olhares que se repetem em outros rostos,
em sonhos que parecem lembranças,
e lembranças que não sei se vivi.

Contará nas horas sem relógios,
nas pausas entre as palavras,
no instante antes do sono,
quando o corpo cede
e o pensamento te procura.

Eu sei.

Mas, indiferente ao que suspire o tempo,
o fato não muda:

há um fio invisível e inquebrável entre nós,
uma força silenciosa que não mede,
não cansa,
e sempre —
sempre —
nos atravessará.

Anderson Delfino @d