Alessandro Lo-Bianco
As emoções, mesmo ruins, transformam a vida pra melhor. Sentir culpa pra pedir desculpa. Medo pra pra buscar mais força. Orgulho pra conquistar. E raiva pra gerar impulso. Essas emoções ruins servem pra nos transformarmos. Mas muito tempo nelas você adoece. Sentir culpa e não pedir desculpa vira remorso, o medo não enfrentado vira ansiedade, o orgulho fora da segurança vira arrogância, e quando a raiva não é jogada pra impulsionar mudança vira mágoa. Fique de olho, porque as emoções são boas pra pensar e transformar. Só não deixe elas virarem estados de alma.
Se você quer receber leveza da vida, retire o excesso de ódio que mora dentro de ti e descubra o essencial para sua alma. Jogue fora toda sobrecarga de rancor e mágoa que se tornaram revolta e carregue em seu coração somente o amor que ele precisa. 💚
Ser independente não significa ter dinheiro. Isso pode ser fruto do acaso, da sorte, do destino.Ter autonomia significa ser o único dono das suas culpas, seus medos, suas perdas e derrotas. Significa ser o único responsável declarado pelas suas escolhas.
Você tem duas opções na vida em relação aos seus sonhos: acreditar neles, ou não acreditar. Se vai dar certo ou não, isso vai de encontro ao que você toma como possível e impossível em sua existência. E isso está diretamente ligado ao que você sabe sobre a vida, e também ao que você ainda não sabe sobre ela.
Pode haver um imenso abismo entre o que você deseja mostrar para o próximo, e o que o outro deseja que você também entenda. A ponte que une os dois territórios se chama compreensão ✨
Podem até serem culpados por te fazerem triste. Mas a responsabilidade de voltar a ser feliz será sempre inteiramente sua.
Jamais permita-se sentir desamparado por você mesmo. Esse é o pior dos abandonos. É quando você perde a capacidade de reagir ao que te faz mal.
Perceber sua toxina etérica é fundamental para não oscilar e não ficar infantil. Culpa, medo, orgulho e tristeza você consegue controlar. Mas quando a raiva vira revolta, ansiedade, inveja, arrogância e mágoa, você acaba abrindo um caminho viciante que fará declinar a sua vida. ✨
As vezes você precisa fingir que está tudo bem. Mas em determinadas situações é preciso ser honesto com você mesmo sobre o que você não vai mais aceitar. Limites devem ser explícitos.
Não responder as ofensas que recebemos de desconhecidos, ou de pessoas que não fazem parte da nossa vida, também é um ato de caridade. Não alimentar o ódio de quem não suporta a sua vida - e já é infeliz por isso - é um ato de caridade moral.
A independência tem uma coisa que deixa a gente aflito: o medo da solidão. Mas, ao mesmo tempo, ela tem uma coisa que motiva nosso coração: a liberdade.
A nós cabe sempre a opção de priorizar as melhores escolhas, sabendo que tudo na vida tem um preço a ser pago.
Muitas coisas na vida podem ser ajustadas. Mas a desonestidade não, dificilmente se ajusta. Quando a desonestidade é aflorada para que alguém pise no outro, o caminho é sem volta. A natureza da alma nesse campo prevalece junto a consciência de espírito. A mentira bem aplicada torna irreversível qualquer tentativa de remodelagem temporal. Ela assusta e deixa marcas que nem o tempo será capaz de apagar. Erros cicatrizam. Já a desonestidade que se pauta pela maldade sempre permanecerá fazendo dos arranhões diários feridas expostas e abertas. Até o extremo carece de limites. E qual é o limite que levamos para nossa vida? Diariamente somos testados. Somos testados pela vida numa prova sacrificante, mas necessária. É o senso de avaliação evolutiva que nos aplica provas diariamente. Isso vai definindo o estágio da nossa alma, e nos fazendo receber da vida aquilo que somos capazes de segurar. Benções ou lições. Bônus ou ônus. Castigo ou recompensas. E a avaliação que a vida faz sobre quem somos sempre nos acompanhará, porque dar está diretamente ligado com receber, seja pra qual lugar a gente for. Independe, inclusive, do tamanho da distância que iremos percorrer. Ela nos acompanha e não há mudança que tire de nós o que a alma carrega. Não há esquecimento para erros imperdoáveis. Quando fazemos da inocência do outro a impressão de uma culpa que não existe, rompemos o limite da corda. E esse rompimento faz da nossa corda algo eternamente frágil. Nunca mais conseguiremos amarrar nossa corda em nenhum lugar. É impossível dar nó em cordas pautadas em nossa consciência frágil. Não conseguimos amarrar nossa corda em nenhum lugar para nos segurarmos de uma ventania, fingindo que ela está forte quando na verdade não está. O primeiro vento vai mostrar que será infrutífera qualquer tentativa. Consciência carregada de culpa não se amarra, não se esconde, não carece nem é passível de remendos, não se esquece. A honestidade deve ser construída como os fiapos da nossa corda da vida. Ela deve ser o limite do que temos de mais forte e sustentável em nossa consciência. Porque ela será sentida apenas dentro de nós. Nada passa batido pela nossa consciência. Ela está sempre ali. Sentida e não falada. Individual e não coletiva. Dentro de nós e não exteriorizada como gostaríamos de ver. A desonestidade faz adoecer até a consciência mais forte, porque a consequência rasga a alma e não as aparências. E mais difícil do que pedir perdão para aqueles que outrora foram vítimas das nossas desonestidades, será perdoarmos a nós mesmos pelo mal e injustiças que fizemos ao próximo. Não é a culpa que vai carregar a gente para diferentes lugares. Somos nós que carregamos a culpa para onde a gente for. É um movimento implacável carregado de consequências amargas, porque só existimos na lembrança do próximo. Não existimos pelo que pensamos. Existimos pelo que pensam de nós. Penso, logo existo. Mas quando o outro pensa de forma sincera sobre quem somos, é quando existimos ainda mais. Por isso não estamos sozinhos no universo. Porque precisamos ser lembrados para que possamos existir. E de tudo que deixaremos quando partirmos, estarão apenas as lembranças dos outros sobre a forma como existimos aqui. Daí a importância da honestidade. Ela será o termômetro, será a forma como seremos lembrados. Será o pensamento vivo do que fomos em vida, ou na vida das pessoas em determinado espaço e tempo. E é impossível fugir da nossa existência. Nunca esqueça que a sua existência está diretamente ligada a lembrança que o próximo tem de você. Não se vive para nós mesmos. Vivemos em comunhão com o outro. Seremos sempre aquilo que fazemos para o outro. Por isso Jesus nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos, e também a não fazer com o próximo o que não gostaríamos que fizessem conosco. A honestidade é construída na infância. Ela define a nossa existência no futuro. Daí a necessidade de uma reflexão sincera sobre a honestidade que habita dentro de nós. A nossa honestidade com os outros e para a gente mesmo, sabendo que é impossível desassociar uma da outra.
Não tenha medo de chegar ao limite da sua dor emocional. Quando isso acontece, uma chave vira e tudo que você sentia antes toma outra forma.
Não desanime da vida pela sua dor. Não só é impossível fugir da experiência da dor, como ador em si é a própria experiência da vida.