Adriana Vargas

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Tenho meus medos e dramas, tento sempre me dopar de sensatez, mas nos cantos, longe dos olhos dos jurados, sento-me, esparramando-me pelo chão, como a menina que acaba de estragar sua única boneca, e choro sentida, sem holofotes, sem brilho, sem pudor, sem requinte, sem amor.

Em meus momentos tão íntimos de mim, tão sem nome, sei quem sou e por onde ando com passos largos ou curtos, pouco me importa agora os nomes que me deram, os adjetivos tão diminutivos e baratos... Eu sei onde acertei e errei, não estou cega, não preciso de um ponteiro crítico que nada sabe de mim, e o que passa por dentro de veias que deveriam escoar somente responsabilidade, mas de vez em quando, também se vê por lá, algo com o nome de sangue.

Inserida por AdrianAguiar

Nada melhor do que uma dor tão profunda a conceder um desabafo, retirando do ser o que você realmente é com os sentimentos que tem e sabe sentir. Às vezes é necessário sentir para que se tenha a certeza de que sua alma não é feita de letras e papel.

O mundo se aperta numa caixa de fósforo. A vingança continua sendo vil e insensata. Os espinhos ferem, mas o tempo passa todos os minutos. A verdade faz um BUM bem forte em nossa frente. Não há como lutar contra a verdade. Nem mesmo quando tentamos negá-la ou escondê-la. Um dia ela sempre nos mostrará quem somos.

É enfadonho discutir erros. Ninguém é correto politicamente para se sentir no direito deste papel. Mas na verdade... Quando é necessário assumir seus próprios enganos, é bem mais difícil querer tomar a rédea e controle da discussão para dizer, sim, eu estou errado. Porque... Tem pessoas que já nascem erradas e continuam erradas mesmo quando estão de boca fechada, pois... É o preço e condição. Os erros cometidos não são os que me condenam, e sim, os que me fazem acreditar que não posso ser feliz com o que sou e tenho. É pouco, é nada, é meu.

Se pudesse crer em algo neste momento, talvez não acreditasse em verdades perfeitas, mentiras corretas e coisas como - ah, você nasceu dodói, e se você manca da alma, não andará direito nunca, mas você pode se melhorar, ok? Apenas não há garantias de que, quem você quer mostrar que hoje é diferente, que ele realmente verá o que quer mostrar. Porque a coisa tem de ser de dentro para dentro - de você para você mesmo. E se é pouco ainda, é muito para você e seu momento de solidão enquanto se trabalha para ser melhor. A máscara da perfeição custa muito. Talvez um preço que não consigo suportar.

Através da vibração de sua voz, e a pronuncia de suas palavras, capto sílaba por sílaba para criar seu jeito de olhar. Sua respiração gravei na mente, e com o som dela, imagino a forma como mexe os lábios e dou-lhes a forma. O contorno do rosto, eu criei me baseando em todo este conjunto de coisas que fizeram com que me apaixonasse por você. Imagino a maneira como dorme; a forma como abre os olhos quando se levanta; o jeito doce ao se sentar à mesa para tomar o chá, olhando a fumaça saindo da xícara, com o olhar perdido, de olhos contornados por traços escuros.

Lilith, meu amor da escuridão

Acordei cedo, meio tonta, ao olhar no espelho, não me reconheci...

Lembrei-me dos sonhos e de tantos dias passados, quantos sonhos já havia conquistado? Por que demora tanto, e por que a felicidade se faz apenas em tão curtos momentos? Dá uma saudade tão grande de ser feliz!

A todo o momento alguém fala comigo através de algum escrito ou fotografia, porém, a mensagem que mais consegui ler foi quando as olhei nos olhos e pude notá-las longe dos rótulos; vi tantas histórias e compreendi - se me atentar em um dia posso aprender tantas coisas que jamais imaginária, se não me manter segura meio as almofadas de meu umbigo, perceberei que o outro tem sentimento, e que seus olhos traduzem o que eu estava necessitando para continuar a escrever meus livros. Ah! Esses pequenos detalhes tão santos que me trazem a inspiração... Objetos e coisas, pessoas e sentimentos tão cheio de detalhes... Distraio-me de mim mesma ao observar o mundo, esquecendo-me dos anseios que em muitas vezes me tornam algoz.

Passei os olhos nas páginas de minha vida, tive medo... Poderia escrever minha biografia, daria um livro, no mínimo útil aos julgadores existentes entre o bem e o mal. Desisti. Não seria capaz de ver meus pedaços contados entre os becos e palácios; prefiro dizê-los nas entrelinhas de meus sonhos poéticos ou na brincadeira do inverso ao criar as personagens que realizam o meu sonho de ser o que eu nunca fui.

Penso em minha extensão... Como estou os criando - se já não estão criados, e mesmo assim, olho e vejo-os ainda tão pequeninos, fazendo ninho em meu ventre como se ainda estivessem no útero. Não pude fazer de meus filhos a realização dos meus sonhos perdidos. Dei a eles a escolha em ser aquilo que os fazem felizes. Compreendo isso por amor, pois sei que amar a um filho é não obrigá-lo a viver com as minhas mentiras.

Enfim... Foi uma manhã tremenda... Apenas vinte minutos de reflexão. Voltei ao ofício amado realizado pelo Microsoft Office Word, receptor de minhas barbáries secretas... Renasci... Refiz-me daquilo que meus olhos incrédulos não poderiam acreditar... Amar também deve ser assim - o acalento de uma fagulha capaz de salvar a vida inteira... A isto chamo escrever.

Inserida por AdrianAguiar

Feridas secas

Folhas de outono

Não há razão para me embriagar

Fugir... Sair da realidade

Se acabou a realidade.

Joguei as palavras no lixo

Não há seu vulto pálido, cálido, angustiado

Eu plantei o chão para pisar

Na ausência de voz, de nós, a sós

Na sua ausência - palavras no lixo.

Inserida por AdrianAguiar

Meus medos... Meus defeitos tolos, enxertados com falsa ou muita modéstia a ponto de me iludir, brincar que ainda sou criança e consigo sorrir para a vida mesmo quando cai um pedaço do céu em cima dos meus sonhos.

Escrevo palavras cabisbaixas, pequenas, curtas, abstratas, sem entendimento – POR QUE NÃO QUERO ME ENTENDER, ENTENDE? Porque estou cansada de ter que me entender, tendo a todo instante um mapa geográfico de meus pontos fracos e altos. Chega! Cansei de saber quem sou. Nem ao menos pedi para que me entendam ou me aceitam como sou com a cegueira que tenho - obstinada e subjetiva - o ócio de meu bom senso.

Acordei cedo, meio tonta, ao olhar no espelho, não me reconheci...

Lembrei-me dos sonhos e de tantos dias passados, quantos sonhos já havia conquistado? Por que demora tanto, e por que a felicidade se faz apenas em tão curtos momentos? Dá uma saudade tão grande de ser feliz!

A todo o momento alguém fala comigo através de algum escrito ou fotografia, porém, a mensagem que mais consegui ler foi quando as olhei nos olhos e pude notá-las longe dos rótulos; vi tantas histórias e compreendi - se me atentar em um dia posso aprender tantas coisas que jamais imaginária, se não me manter segura meio as almofadas de meu umbigo, perceberei que o outro tem sentimento, e que seus olhos traduzem o que eu estava necessitando para continuar a escrever meus livros. Ah! Esses pequenos detalhes tão santos que me trazem a inspiração... Objetos e coisas, pessoas e sentimentos tão cheio de detalhes... Distraio-me de mim mesma ao observar o mundo, esquecendo-me dos anseios que em muitas vezes me tornam algoz.

Passei os olhos nas páginas de minha vida, tive medo... Poderia escrever minha biografia, daria um livro, no mínimo útil aos julgadores existentes entre o bem e o mal. Desisti. Não seria capaz de ver meus pedaços contados entre os becos e palácios; prefiro dizê-los nas entrelinhas de meus sonhos poéticos ou na brincadeira do inverso ao criar as personagens que realizam o meu sonho de ser o que eu nunca fui.

Penso em minha extensão... Como estou os criando - se já não estão criados, e mesmo assim, olho e vejo-os ainda tão pequeninos, fazendo ninho em meu ventre como se ainda estivessem no útero. Não pude fazer de meus filhos a realização dos meus sonhos perdidos. Dei a eles a escolha em ser aquilo que os fazem felizes. Compreendo isso por amor, pois sei que amar a um filho é não obrigá-lo a viver com as minhas mentiras.

Enfim... Foi uma manhã tremenda... Apenas vinte minutos de reflexão. Voltei ao ofício amado realizado pelo Microsoft Office Word, receptor de minhas barbáries secretas... Renasci... Refiz-me daquilo que meus olhos incrédulos não poderiam acreditar... Amar também deve ser assim - o acalento de uma fagulha capaz de salvar a vida inteira... A isto chamo escrever.

Inserida por AdrianaVargas

Em meus momentos tão íntimos de mim, tão sem nome, sei quem sou e por onde ando com passos largos ou curtos, pouco me importa agora os nomes que me deram, os adjetivos tão diminutivos e baratos... Eu sei onde acertei e errei, não estou cega, não preciso de um ponteiro crítico que nada sabe de mim, e o que passa por dentro de veias que deveriam escoar somente responsabilidade, mas de vez em quando, também se vê por lá, algo com o nome de sangue.

Inserida por AdrianaVargas

A morte não existe.

Inserida por AdrianaVargas

Quando pensei que estava salvando sua vida, senti em minhas mãos, as suas, claras, grandes, protetoras... Veio ao meu socorro de forma silenciosa, sem que eu precisasse solicitar. Apenas sabia que a vida doía imensamente, um protozoário corroendo por dentro, enquanto todos se ocupavam com seus afazeres. Não sei como, seu coração escutou o lamento tímido, desprovido de fé. Seus fluídos cobriram minha vida, protegendo-me de um mal influente. Deixei de ser anjo, e permiti que me cuidasse mediante sua sinceridade e lealdade; diante de seu caráter e boa-vontade... Tudo lindo, tudo simples, e tão... estranhamente propício a encaixe, mesmo que não seja da forma como o mundo espera, mas é da forma como deve ser.
Não há respostas e nem perguntas. A naturalidade faz com que me sinta bem e à vontade, diante dos muitos "nãos" que haverão de contar esta história, que de bela, dispensou palavras e passou a contar os segundos... Mesmo sabendo que moramos em mundos diferentes, um encontro seria salutar, porém, sem programação, sem cogitação, sem sonhos, sem promessas, sem metas... Um encontro livre, que nem de conhecimento necessita para acontecer.
Você está na outra ponta do sol, enquanto aí quase escurece, o sol ainda brilha nas veredas de cá, e fico imaginando o que deve estar fazendo neste momento... Ainda não sabe de sua missão protetora, eu descobri por acaso. Descobri sem querer, mas já desconfiava pelo intenso brilho de seus olhos, naquele corpo quase humano, existia um anjo anônimo. Um anjo que brinca de ser gente, e caminha entre as pessoas como se pudesse macular sua alma... Um anjo que sonha e deseja alcançar o que brilha já em sua testa, e ainda não sabe, não pode ver... Apenas se beneficia da energia benigna que a ele pertence, mesmo sem querer...

Inserida por AdrianaVargas

Eu ainda penso em você como se pudesse estar aqui. Ainda sonho contigo e com seus olhos expressivos, buscando-me meio a sua solidão e desejo de fugir para algum lugar que o faça esquecer de quem é...
Ainda sinto vontade de te chamar de amor, porque para mim, você é e sempre terá este significado. Escrevo palavras que ninguém entende... Tranquei-me num mundo que não cabe outra pessoa além de mim e as lembranças - você está em toda parte.
Leio seus textos tão bem construídos e vejo seus alíbis, dedicando-os, "sem alma" a alguém que não toca seus instintos, no entanto, é aquilo que você consegue suportar. É o morno da causa; o gosto insonso da sopa de um doente, a certeza da cama para dormir depois de um longo dia de trabalho. O comodismo da alma; o sapato folgado que não faz calo, o sentimento sem paixão, que não atrapalha seu sono... e não te faz... não te faz sentir borbulhas no estômago - como asas de borboletas se debatendo. voando dentro do âmago.
Eu sou o inferno que ferve sua alma e o os olhos insanos que te faz companhia na loucura. Sou as mãos que te incomodam e o quente, que de quente, queima, e o frio, que de frio, congela. Sou o desespero que suam suas mãos, a insonia que não te traz a paz... A força que te impulsiona a mudar (tomar decisões perigosas), a boca que te afoga em águas que não sabe nadar. Sim! Eu sou o que não pode ser...Eu sou o viço da vida naquele coração que já estava quase parando de bater.

Eu sou quem te espera.
Quem passará a vida te esperando.
Por quê?

Porque esta é a única forma de não esquecer os pingos de chuva daquele final de tarde frio e quente por dentro. Das juras secretas que não se importavam mais com os olhos; e das palavras ditas numa despedida que prometeu - leve meu coração e eu te deixo o meu.

Obs: Essas letras não são poesias. São reais e dedicadas a você, meu único e secreto amor.

Inserida por AdrianaVargas

Esta força estranha, de uma busca desesperada por algo que tenha cheiro de...vida...de você.
Não podem entender, nem peço permissão para que se misturam ao meu domínio interior, onde tudo se perde, se inunda em partículas que ainda não se desfizeram... Sim, ainda existe por lá, as formas de seus lábios e a sensação de sua voz que trovoa em mim, como se fosse um relâmpago a qualquer momento de meu dia. Percebo os movimentos de sua língua na lembrança viva de um dia que não se acabará. Assim se resume os amores mal resolvidos - a eterna memória da única lembrança que tem - linda, forte, verdadeira. O coração pede por algo que não voltará, bem o sei. Nas corrotelas de uma vontade sem dono, sem leis, sem dogmas - você está. Está, mesmo sem poder, e eu tento explicar para mim, que não é possível, que não pode, que... faltam as palavras...
A espera é como a de quem morreu na estação, sem dar-se conta de sua morte.
A paixão é viva-carmim, como algo que pulsa feito sangue num espaço abrangente de meu ser.
Eu não posso esquecer!
As tentativas de substituir os gostos são desastrosas. Outra mão não se encaixa; não dilui. Prendo o ar por dentro para se tornar despercebida minha verdade. Que não é apenas uma palavra, mas algo que cresce e brota mesmo às escondidas.
Estou condenada a morrer te amando.
Estou prestes a pedir a Deus que este trem chegue em outra estação. Noutro lugar, com as mesmas mãos, mesmos toques, mesma voz, mesmo gosto do beijo na chuva, mesmo coração que deixei para você, e o seu, deixado para mim.

Inserida por AdrianaVargas

Acordei tão cedo, procurando por seu abrigo, mas tão logo me lembrei de meu telhado quebrado, por uma pedra que veio de suas mãos.
E mesmo assim... acordo triste, desamparada, agarrando-me aos cobertores, parede fria, travesseiro vazio, palavras... é tudo que me restou.
Estou tentando arrancar minha alma da sua.
Estou reinventando novos momentos para substituírem os que insisti em passar ao seu lado, mesmo quando você estava presente, apenas em minha imaginação.
Te amei verdadeiramente, porque acreditei no que sentia.
Não duvidei, nenhuma linha, nenhum segundo, nem mesmo agora, que você não está, que você não quer estar, que você não sente e não quer sentir, que você não pensa... não se importa com nada do que eu diga... com você que não voltará, nem para se despedir de mim.
Estou tentando entender, mas não há explicações.

Inserida por AdrianaVargas