Assusta Amor
Quando se ouve um homem falar de seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isto.
A liberdade absoluta conquista-se pelo amor: só o amor liberta o homem da sua natureza e expulsa o animal e o demônio.
Há tipos diferentes de escuridão. Há a escuridão que assusta, a escuridão que acalma. Há a escuridão do descanso. Há a escuridão dos amantes e a escuridão dos assassinos. Ela se torna o que o portador deseja que seja, precisa que seja. Não é completamente ruim ou boa...
Sinto muito se minha sinceridade assusta, se as pessoas preferem essa hipocrisia de só falar o que for conveniente. Esse é meu verbo, sentir. Há quem ache besteira, há quem não saiba nem conjugá-lo. Um desperdício, desses eu sinto pena.
A dor e a delícia de ser intensa
O problema em ser intensa é que intensidade assusta, afugenta, oprime. E quem é intenso corre o risco de ficar sozinho. As pessoas preferem comer pelas beiradas, ficar apenas no superficial. Conhecer dá medo, ou você passa a odiar a pessoa, ou ela te cativa de tal modo que você se torna totalmente dependente. Mas nesse mundo de fast-food, ninguém tem tempo para se deixar cativar. Quando você está começando a conhecer uma pessoa, ela perde a graça, passa do tempo de validade, e você parte pra outra, pra "outras". Ser intenso não é uma escolha, ou você é, ou não é. 8 ou 80, não tem meio-termo, não tem mais ou menos, não tem talvez. Ou é quente, ou é frio. Ou mergulha de cabeça, ou pisa em ovos. Ou vive, ou apenas existe.
Eu prefiro sempre correr o risco, sofrimento não mata, não. E no final eu posso dizer 'eu tentei', 'não foi minha culpa'. O amor não é um jogo, o amor acontece, é só você deixar que ele aconteça. Sem cartas marcadas, sem trapaças, sem blefes. Não se esconda, não fuja, não minta, não omita, não esqueça, não deixe de lado, não seja indiferente. Viva, assuma, acredite, tenha coragem, queira, sonhe, deseje, se emocione, se entregue, se jogue, e o principal: ame!
De repente tudo vai ficando tão simples que assusta. A gente vai perdendo algumas necessidades, antes fundamentais e que hoje chegam a ser insignificantes. Vai reduzindo a bagagem e deixando na mala apenas as cenas e pessoas que valem a pena. As opiniões dos outros são unicamente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós, não têm a mínima importância.
Vamos abrindo mão das certezas, pois com o tempo já não temos mais certeza de nada. E de repente isso não faz a menor falta. Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado, mas sim a vida que cada um escolheu experimentar.
Por fim entendemos que tudo que importa é ter paz e sossego. É viver sem medo, e simplesmente fazer algo que alegra o coração naquele momento. É ter fé. E só.
Nota: Trechos do artigo "De repente" de Elaine Matos, publicado em Dezembro de 2013, em cbanoticias. Partes do texto têm vindo a ser incorretamente atribuídas a Mario Quintana.
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