Assim sou eu Menina Mulher Deusa Menia
Se eu mudei?
É claro, hoje eu me valorizo mais. Não deixo qualquer palavra de qualquer pessoa me atingir, não choro pelo que não vale a pena, não imploro amor de ninguém, descarto falsidade e não corro mais atrás de quem eu sei que não me quer por perto.
Eu olho em volta, não há ninguém mais importante que você. Eu acho que você sabe que sempre o amarei...
ANIVERSÁRIO
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Me desculpa os heróis.
Eu, particularmente, prefiro os vilões.
Eu acreditava em contos de fadas...
Agora eu acredito na moral da história...
Não me digas ''Eu Te Amo'' se você não me ama, não tente me iludir com suas palavras frias e interesseiras.
Poesia - Monólogo da Solidão ..
E eu, ainda aqui.
Deixando a tolice, não sei de que lado, bobo infeliz, pobre desgraçado, sonhando ou pensando virado acordado.
Percebo meu ócio, o grande culpado, me engana, me joga, algo disfarçado, pois sabe não vejo. Estou enganado ?
Olha pra mim, o bem que se faz, meu riso irônico, de raiva fugaz. Não sei se criança ou ainda rapaz, se engana com a vida, esse traste incapaz.
Espera desculpa, procura a culpa. Deixe de tolice que nada se faz. Só peço que fale, mas não que se cale, pois falo demais.
Continuo eu, ainda aqui.
"Tô tentando montar o quebra cabeça da minha vida, espero que agora Eu consiga.. pois a peça que me faltava eu já encontrei" você".
Você não ama ninguém
Nem me deixa ir além
Eu tenho medo de te perguntar
O que a gente é
Você abala minha fé
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo. Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Assim você irá florescer. Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural. Pedras atraem pedras; flores atraem flores.
Que eu me torne em todos os momentos, agora e para sempre,
Um protetor para os sem proteção,
Um guia para aqueles que perderam o seu caminho,
Um navio para os que têm oceanos a cruzar,
Uma ponte para aqueles com rios para atravessar,
Um santuário para aqueles em perigo,
Uma lâmpada para aqueles sem luz,
Um lugar de refúgio para aqueles que não têm abrigo,
E um servo para todos que precisam.
PEÇO SILÊNCIO
Agora me deixem tranquilo.
Agora se acostumem sem mim.
Eu vou cerrar os meus olhos.
Somente quero cinco coisas,
cinco raízes preferidas.
Uma é o amor sem fim.
A segunda é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas
voem e voltem à terra.
A terceira é o grave inverno,
a chuva que amei, a carícia
do fogo no frio silvestre.
Em quarto lugar o verão
redondo como uma melancia.
A quinta coisa são os teus olhos,
Matilde minha, bem-amada,
não quero dormir sem os teus olhos,
não quero ser sem que me olhes:
eu mudo a primavera
para que me sigas olhando.
Amigos, isso é quanto quero.
É quase nada e quase tudo.
Agora se querem, podem ir.
Vivi tanto que um dia
terão de por força me esquecer,
apagando-me do quadro-negro:
meu coração foi interminável.
Porém porque peço silêncio
não creiam que vou morrer:
passa comigo o contrário:
sucede que vou viver.
Sucede que sou e que sigo.
Não será, pois lá bem dentro
de mim crescerão cereais,
primeiro os grãos que rompem
a terra para ver a luz,
porém a mãe terra é escura:
e dentro de mim sou escuro:
sou como um poço em cujas águas
a noite deixa suas estrelas
e segue sozinha pelo campo.
Sucede que tanto vivi
que quero viver outro tanto.
Nunca me senti tão sonoro,
nunca tive tantos beijos.
Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas.
Me deixem só com o dia.
Peço licença para nascer.
Com os olhos inundados de lágrimas eu disse: Se eu fiz tudo por você e você não me ama, então quem me amará?
Ele me olhou com piedade e falou: Alguém. Alguém um dia vai te amar.
Tanto eu quanto os outros – somos apenas espelhos refletindo a sua própria sede de sangue. (...) Você deve ter enfrentado muitas pessoas pela sua vida... Mas você deve entender... Eles não eram inimigos, até você forçá-los a se tornarem.
Eu não tenho medo, pois junto com a morte e a destruição sempre existirá a esperança do renascimento.
E agora eu estou olhando para você, e você está me perguntando se eu ainda te quero, como se eu pudesse parar de te amar. Como se eu quisesse desistir da coisa que me fez mais forte do que qualquer outra coisa. Eu nunca me atrevi a dar muito de mim a ninguém antes... desde a primeira vez que te vi, eu tenho pertencido a você completamente. Eu ainda pertenço. Se você me quiser.
