As vezes Tinha que ser assim

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Ela só queria ser ela mesma. Nem precisava necessariamente ser aceita. Já tinha passado dessa fase. Todo ser excluído sonha em um dia fazer parte de um grupo.

Com frequência, tinha a sensação de que vivia num filme em que pessoas do outro lado do mundo o acompanhavam através de câmeras ligadas vinte e quatro horas por dia.

Ainda não tivemos tempo a perceber que no Éden o homem só tinha todas as árvores a escolha, e uma só árvore proibida.

Mas após o Éden temos todas as "árvores" proibidas, e só uma a escolher a Árvore da Vida!

Quando tinha tempo eu não quis...E quando quis já não tinha mais tempo.

Tinha dias em que não havia cores suficientes para expressar o que eu sentia. Em outros, eu não sabia o que estava criando, e as folhas iam parar na lata do lixo. Duvidava de tudo, especialmente de mim mesma. Me sentia uma farsa, como se até os desenhos que eu tanto amava fossem uma mentira.

Acho que, assim como você, como eu, como todo mundo, ela tinha arrependimentos. Acho que às vezes acordava no meio da noite se perguntando se o caminho que seguiu foi o certo. Com medo de que não tivesse sido. Perguntando a si mesma como teria sido sua vida se tivesse ficado ao meu lado.

Tô pronta pra trair
Joguei fora a vergonha que eu tinha na cara
Vou sair por aí
E na primeira boca vou fazer parada
Não vai ser na sua frente, cê não vai saber com quem
Aprenda como eu aprendi a dividir alguém
E me divide também

MEU PRIMEIRO AMOR

Quando eu ti conheci, Embora, ainda criança
Meu coração de menino tinha sonho e esperança
Hoje ainda me lembro como se fosse agora
Foi um dia muito triste, quando você foi embora.

Foi pra sempre foi, o meu amor, pra sempre foi!

Sem a sua despedida, fiquei nesta ilusão
De um dia te encontrar e conquistar seu coração
Tão distante você foi nunca mais pude ti vê
Só eu sei quanto sofri de saudade de você.

E eu nunca mais te vi e posso hoje dizer:
Que o primeiro amor é difícil de esquecer.
Quando o amor é verdadeiro, passa o tempo que passar
Não há nada neste mundo que consegue apagar.

Tinha tanta escuridão em mim, eu não conseguia enxergar nada, mas você me trouxe luz, iluminou dentro de mim me tornando uma pessoa melhor, a vida é luz e você é minha luz!

Mundo que te carrego
Te ti não me esqueço
Tanto mal o homem te fez
Alguma tinha de ser a primeira vez
A ti te levo
A ti te protejo
Porquê sem ti não respiro
Consciência que vou mudar
Pois alguma vez é o começo
Nu te carrego
Água e árvores vou proteger
Sem roupa eu fiquei
Para um dia resolver
Todos nós ajudamos
A te levar
Para um dia
Não nos preocupar
(Adonis Silva)09-2018)®

Não tinha que ser, não era para ser como você pensou. Se aconteceu como Deus quis, não poderia ser melhor! O que é de Deus é perfeito, o que é do homem é frágil, é simples... O profundo, o intenso, o esplêndido, o admirável, o radiante, o deslumbrante, o magnífico, o fantástico, o fabuloso, o extraordinário vem unicamente e exclusivamente de Deus. Então não busque para o seu coração, mas entregue o seu coração a quem pode realmente te surpreender: DEUS.

A Arte de ter Razão

Tens razão numa coisa:
Era na arte que tinha razão.
És a arte uma razão?
A arte de Bonaparte não partiu de uma ilusão.
Tens na arte uma visão?
"Penso, logo existo", e Descartes tem a sua opinião.
És na arte que está a salvação daqui?
Do Surrealismo talvez, com seu Salvador Dalí.
Não concordo com seus argumentos!
Mas ainda não desenvolvi nenhum pensamento.
Certamente não me convenci!
De fato, não tentei persuadir, mas no que então podemos concordar?
Certamente no fato de sempre discordar.
De fato, há uma contradicão, pois, agora que você concorda, você me deu a razão.

E naquele oceano inseguro, ele pegou em sua mão e a ensinou a nadar, quando pensou que ela tinha aprendido soltou-a, mas estavam dependentes um do outro.

Quem é ele?

Diziam que Víctor tinha hábitos estranhos, que colecionava livros de ocultismo, artefatos antigos e totens indígenas. Uns falavam que ele era um bruxo; outros, um sádico terrorista. Havia até quem afirmasse ser ele um alienígena. Tinha noites em que se podia ouvi-lo murmurar palavras indecifráveis que mais pareciam grunhidos a evocar entidades. Um amigo meu me disse certa vez que um terceiro lhe havia dito que alguém teria visto Víctor conversar com estatuetas de cobre enquanto fazia gestos esquisitos com um punhal de prata. Segundo ele, esse alguém teria sido vizinho de Victor. Relatou-me que esse tal vizinho teria visto a cena por meio de um binóculo, espionando através da janela da casa onde Victor morava. Nunca acreditei integralmente em tudo isso. Mas a presença dele realmente incomodava. Talvez por conta das histórias, não sei. De fato, ele era muito obscuro. Victor parecia não ter sentimentos, falava só o necessário, apenas respondia pausadamente, com voz baixa e grave, a quem ousava dirigir-lhe a palavra. Não sei por que nem para que tinha vindo a nossa cidade. Ele pouco saia. Na verdade, Víctor só podia ser visto em público depois que o sol se punha; ou melhor, quando o sol não se fazia presente. Aliás, isso o tornava ainda mais misterioso. Seria ele um vampiro? Se eu acreditasse que vampiros existissem, ele seria a pessoa mais suspeita do mundo. Confesso que o vi pouquíssimas vezes. Talvez umas quatro ou cinco. Ainda assim, não o vi direito... quero dizer: não vi detalhes de sua aparência, por causa do capuz. Só dava para perceber que ele tinha uma pele muito branca, rosto alongado, nariz comprido e fino. Mesmo seus olhos sempre pareciam fechados, na penumbra do capuz, voltados para baixo. Figura sinistra, sem dúvidas. Era bem alto, um tanto quanto corcunda, não se misturava. Dentre outras coisas bizarras, criou-se uma espécie de lenda em que se dizia que Victor não olhava para as pessoas porque, ao olhar, poderia capturar os pensamentos e até mesmo a alma delas. E isso seria um fardo para ele. Por conta dessas histórias, todos desviavam os olhares de Víctor, embora se sentissem misteriosamente atraídos por aquela pobre criatura. Quando o vi pela primeira vez, senti como que se ele pudesse me observar mesmo sem olhar para mim. Sentia também que ele podia ver a tudo e a todos mesmo sem usar os seus olhos. Sempre que um fato inusitado ocorria na cidade, desconfiava-se dele, como que se ele pudesse interferir inclusive na natureza do mundo. Sinceramente, eu tinha muita pena daquele homem, tanto que por não poucas vezes expulsei meninos que atiravam pedras na casa dele para depois darem no pé sem olhar para trás, com medo de se transformar em estatuetas de cobre.

Pra quem pensava que a escravidão tinha acabado, vc se enganou, ela começa toda segunda-feira.

Carinho, cuidado, atenção. Era tudo que eu tinha para te dar.
Assumo que era pouco, nem chegava aos pés de tudo que
eu sabia que você merecia.
Mas era o que eu podia ,era o máximo que eu conseguia.
Eu não tinha muito, mas esse pouco que eu tinha,
era teu.

Tudo o que eu queria era esquecer. Mas mesmo quando eu pensei que tinha, as recordações continuavam emergindo, como pedaços de madeira que bóiam até a superfície depois de um naufrágio.

Antes eu tinha medo de viver sozinha...
Hoje tenho medo de viver com gente chata!

IX de OS DOENTES

O inventário do que eu já tinha sido
Espantava. Restavam só de Augusto
A forma de um mamífero vetusto
E a cerebralidade de um vencido!

O gênio procriador da espécie eterna
Que me fizera, em vez de hiena ou lagarta,
Uma sobrevivência de Sidarta,
Dentro da filogênese moderna;

E arrancara milhares de existências
Do ovário ignóbil de uma fauna imunda,
Ia arrastando agora a alma infecunda
Na mais triste de todas as falências.

No céu calamitoso de vingança
Desagregava, déspota e sem normas,
O adesionismo biôntico das formas
Multiplicadas pela lei da herança!

A ruína vinha horrenda e deletéria
Do subsolo infeliz, vinha de dentro
Da matéria em fusão que ainda há no centro,
Para alcançar depois a periféria!

Contra a Arte, oh! Morte, em vão teu ódio exerces!
Mas, a meu ver, os sáxeos prédios tortos
Tinham aspectos de edifícios mortos
Decompondo-se desde os alicerces!

A doença era geral, tudo a extenuar-se
Estava. O Espaço abstrato que não morre
Cansara... O ar que, em colônias fluidas, corre,
Parecia também desagregar-se!

Os pródromos de um tétano medonho
Repuxavam-me o rosto... Hirto de espanto,
Eu sentia nascer-me n’alma, entanto,
O começo magnífico de um sonho!

Entre as formas decrépitas do povo,
Já batiam por cima dos estragos
A sensação e os movimentos vagos
Da célula inicial de um Cosmos novo!

O letargo larvário da cidade
Crescia. Igual a um parto, numa furna,
Vinha da original treva noturna,
O vagido de uma outra Humanidade!

E eu, com os pés atolados no Nirvana,
Acompanhava, com um prazer secreto,
A gestação daquele grande feto,
Que vinha substituir a Espécie Humana!

"Tinha traços delicados, que se perdiam no vão de sua aparência agressiva, invasiva, desagradável, mas agradável aos olhos que viam com emoção olhos afáveis, amáveis, enrustido na rusticidade, na seriedade, na sua forte personalidade que transparecia a sua antipatia, se mostrando em alma fria, solidão em multidão, se escondia dos seus sentimentos, em que em dados momentos pareciam ser uma explosão, ele era a resistência, com paciência, adquiriu sem falha, uma muralha, tinha em si uma fortaleza, uma defesa para ver tudo com clareza e com razão, escondendo até de si mesmo um segredo, que era o seu grande medo de sentir com o coração, sempre com gesto indigesto e palavra rude pra quem quer que se ilude já desistir de sua atenção, atitude indelicada desprezível e desleixada, que já deixava morada para sua despretensão, assim, para quem tivesse coragem de o conhecer por dentro, deveria estar atento a sua confusão, ele era pura misteriosidade, sua complexidade e ambiguidade estavam em igualdade na sua vastidão, arriscar em conhecê-lo era se despir de zelo, ter uma grande dose de loucura, tirar as ataduras, encontrar alguma abertura, achar a luz em meio a escuridão, e eu, com toda minha bravura, eterno gosto de ventura, assumo a minha postura de conhecer e me envolver em sua imensidão”.