Às Vezes
O Caminho
O caminho nunca foi fácil. Às vezes, pensamos em desistir, mas somos fortes.
Busque essa força dentro de si, reflita, persevere e tenha fé.
Este é o verdadeiro caminho para o sucesso.
Muitas vezes, a gente é que corre atrás de problemas e cada um sabe muito bem o porquê de agir assim...
O silêncio que quase virou amor.
É estranho como, às vezes, a história mais intensa que vivemos é justamente aquela que nunca
aconteceu. Sete meses podem parecer pouco para o mundo, mas quando o coração decide criar raízes
em alguém, o tempo ganha um peso diferente. Foram dias, semanas, quase uma vida inteira de
olhares que diziam tudo o que a boca nunca teve coragem de admitir.
Havia algo ali. Não sei se era destino, ilusão ou só a necessidade de acreditar que alguém
finalmente enxergava aquilo que eu tentava esconder. Toda vez que nossos olhares se cruzavam, algo
dentro de mim se ajeitava, como se o universo desse uma pausa só para que eu pudesse sentir aquele
segundo. E como era profundo… Era quase um diálogo silencioso, uma troca de almas que,
ironicamente, nunca chegou a virar palavra. Mas o silêncio, por mais poético que pareça, também
machuca. Porque ele cresce. Ele ocupa espaço. Ele pesa. E com o tempo, percebi que estava sozinha
numa história que escrevi inteira sem nem que você segurasse a caneta. Meu coração te escolheu, e
você… Você nem percebeu que havia sido escolhido.
Sete meses sustentando um sentimento que nunca se permitiu existir fora do meu peito. Sete
meses de esperança tímida, de idealizações bobas, de perguntas que nunca nem saíram da minha
boca. E no fim, o que restou foi a certeza madura, e dolorosa, de que olhares não são promessas. E
que às vezes a gente se apaixona não pela pessoa em si, mas pela versão que nasce dentro da nossa
imaginação. Ainda assim, não me arrependo. Porque aqueles olhares, por mais breves ou ilusórios
que tenham sido, me deram uma coragem que eu não sabia ter: a de sentir profundamente. A de
desejar intensamente. A de ser vulnerável sem testemunhas.
E isso, por si só, já foi amor o suficiente. Mesmo que só meu.
Muitas vezes inventamos necessidades que se tornam prioritárias e tiram o foco daquilo que é realmente mais importante.
Felizmente, na época em que vivemos, possuir o verdadeiro caráter muitas vezes significa tornar-se um fora da lei. Essa ideia é instigante, porque nos leva a refletir sobre o real sentido de ter caráter. O caráter autêntico não está limitado às regras escritas ou às normas impostas, mas à coerência interior de cada ser humano. Obedecer pode ser fácil, mas sustentar princípios inegociáveis diante da injustiça é o que revela a essência do caráter verdadeiro.
Nos tempos de hoje, o homem de verdadeiro caráter é muitas vezes confundido com um tirano, porque sustentar princípios inegociáveis parece, aos olhos frágeis, uma ameaça maior do que a própria decadência moral.
Às vezes é a pessoa que menos se espera que fará toda diferença e trará a resposta que ninguém imagina.
Me dói ter esquecido do rosto de quem eu tanto amei e admirei. Às vezes tento encontrá-lo em minhas lembranças da infância, mas é inútil, não se pode voltar no tempo e reviver as lembranças.
Não existem muitas pessoas 100% honestas no mundo, e as poucas que existem, são muitas vezes infelizes, pois passam a vida inteira brigando com a sua consciência. Elas entendem perfeitamente que o mundo é constituído de um lugar extremamente desonesto.
O ser humano é muito hilário às vezes!
Tem a capacidade de desejar o que o outro tem apenas vendo o que é publicado nas redes sociais ou visto nas ruas aleatoriamente, mal sabe que o segredo está na convivência dentro de casa.
A cura não é igual para todos… às vezes é uma palavra, às vezes um silêncio, mas sempre é um ato de amor.“Temos o poder de tocar feridas alheias com nossa presença; às vezes, apenas ouvir já é magia suficiente.
—Purificação
Às vezes, queria mais
Só um pouco mais
Me bastaria enxergar
Mas parece que tudo o que tenho
É o que não posso ver
E sigo me agarrando
Ao que não posso tocar
Porque a verdade é que isto
Nunca foi suficiente pra mim
O que jamais quis
Jamais pôde me bastar.
- Marcela Lobato
Às vezes, o erro é só um atalho disfarçado. No fim, tudo o que parte de verdade volta em forma de força, até as escolhas que doeram.
O Amor que nunca foi
Às vezes, eu acho que você jogou alguma macumba em mim.
Cada dia que passa só fica mais difícil.
Eu converso, finjo, conheço pessoas novas, e todas elas eu acabo comparando com você.
Venho gostando de alguém, mas tudo o que ele faz você já fez. Tudo o que pedi para fazermos juntos, eu já fiz com você.
Eu tento não dizer nada, mas a mágoa me consome todo santo dia.
Quando minha mãe me contou o que ela e o Tarcísio viram primeiro, eu senti ódio de você.
Senti tanta raiva, porque lembrei dos meus dias estudando no quarto e depois indo dar um beijo em você, sorrindo porque você entendia eu não poder te dar atenção.
Senti tristeza depois e raiva de novo, mas dessa vez da minha mãe, por ter sido uma pessoa horrível em não me contar assim que viu, com a desculpa de que eu nunca acreditaria.
Ninguém me conhece de verdade. Às vezes, acho que nem eu me conheço.
Eu me odeio todos os dias, pensando em tudo em como isso foi o melhor, em como foi bom e ruim ao mesmo tempo, ou em como eu não via mais futuro em nós.
Não sinto ciúmes ao pensar em você com outra pessoa.
Sinto mais dor em pensar que nunca mais irei sorrir como sorria com você, e que, mesmo tentando, nenhum outro consegue me fazer sentir o mesmo.
Odeio pensar nos finais de semana eles, sim, são os mais doídos para mim.
Odeio lembrar das suas danças malucas ou da sua cantoria desafinada.
Da sua papada quando se deitava ou dos olhos brilhantes quando falava do que gostava.
Odiava quando não prestava atenção no que eu dizia, mas amava te ouvir falar até do que não me importava.
Amava seus memes exagerados, o jeito como me fazia carinho e até sua mania de enrolar o cabelo com tanta frequência.
Odeio como você ainda me faz chorar até hoje.
Gostaria de poder gostar mais dessa pessoa.
Sinto raiva de mim por deixar esperanças nele. Mesmo dizendo que amo outra pessoa, que não quero nada, ele ainda insiste.
Eu tento comer na padaria sozinha, ouvir música sem pensar no que você gostaria e assistir a séries que eu sei que você amaria.
Me odeio por te amar nessa proporção devastadora e te odeio pelo que fez comigo e pelo que me tornou.
Será que um dia você amou alguém de verdade? Ou é só o vazio dentro do seu peito que você tenta preencher?
O pior é que eu não sei se essa pergunta é pra você ou pra mim.
Mas sabe... eu sempre amei o seu cheiro.
Só que, nos últimos meses, eu não consegui mais reconhecê-lo.
Nos últimos meses, tudo mudou.
Eu consigo ser melhor com minha família, consigo ter amigos de novo.
Sinto uma paz e um vazio que, às vezes, me sufocam.
Deve ser a paz que eu não tinha com você e o vazio que é estar sem você.
Às vezes, parece que você não sente nada.
Eu sou impulsiva, besta, idiota, louca e muitas outras coisas das quais acho que nunca vou me orgulhar.
Mas eu sinto muito dentro de mim e era louca por você a um ponto que nunca vou ser por mais ninguém.
Tenho dó desse alguém que gosta tanto de mim, porque eu nunca vou amá-lo.
Nunca vou namorá-lo, nunca vou ser quem um dia eu poderia ter sido se não tivesse te conhecido.
Porque ele ama tudo em mim que você nunca gostou, e eu odeio tudo nele.
Odeio as tatuagens, odeio o jeito como me olha com aquele olhar apaixonado.
Odeio o fato de ele ser gentil até quando eu não sou.
Odeio o fato de ele ser quase do meu tamanho, ou a forma como fala que não quer ter filhos.
Não gosto do estilo, do rosto muito quadrado, das mãos que suam com facilidade.
Agora eu poderia estar dormindo.
Mas me sinto tão cansada ultimamente.
Me odeio.
Apenas Seguir em Frente
Às vezes, a vida acende faróis dentro do peito.
Não são estrelas são lembranças que aprenderam a brilhar
mesmo depois de terem sido apagadas pelo tempo.
Caminho lento, passo fundo, silêncio entre respirações,
e descubro que a coragem não é grito
é o sussurro que diz continue
quando tudo dentro de nós quer desistir.
O tempo não volta, mas ensina.
A dor não some, mas molda.
E o coração, teimoso, insiste em florescer
mesmo depois de enfrentar o mais rígido inverno.
Há dias em que parece impossível permanecer de pé,
e mesmo assim, algo nos empurra para frente.
Um sonho, uma fé esquecida,
ou simplesmente o desejo de não deixar o mundo nos quebrar.
Caminho por dentro de mim,
como quem caminha por uma cidade antiga,
onde cada rua é uma memória
e cada porta fechada revela um aprendizado.
Eu me reencontro nas pequenas coisas:
um raio de luz entrando pela janela,
a brisa que toca o rosto e diz que tudo passa,
ou o abraço de alguém que não tenta consertar nada,
apenas fica.
A vida não exige pressa.
Exige presença.
Exige que, por um instante,
eu permita sentir sem pressões,
sem máscaras, sem medos.
E quando o mundo pesa,
e os ombros doem,
eu me lembro:
até o oceano tem dias de calmaria.
Hoje, escolho seguir.
Mesmo sem mapas, sigo.
Mesmo sem certezas, sigo.
Porque existir já é uma forma de vitória,
e continuar, apesar de tudo,
é um ato silencioso de coragem.
