Às Vezes
Mudar a rota muitas vezes é necessário.
Ajustar as velas do barco para não ser náufrago...
A água congelante de mar pode...
... ser pior do que a alteração do percurso.
Às vezes, é necessário se perder um pouco para verdadeiramente reconhecer o valor; é uma troca íntima com os suspiros da alma.
Lembro-me das vezes que fostes meu porto seguro, alguém que estava ali pra me ouvir mesmo sabendo que a decisão seria minha pra resolver tal situação. Você me ouvia de forma diferente, por isso está gravado em mim como uma tatuagem que não pode ser removida.
Para viver, é preciso morrer
Muitas vezes, nos deixamos seduzir pela ilusão da satisfação imediata, entregando-nos aos desejos da carne e nos agarrando àquilo que, por um instante, parece nos fazer felizes. Mas Romanos 8:12-13 nos revela uma verdade profunda e transformadora:
"Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para com a carne, para vivermos segundo a carne. Pois, se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão."
Para viver plenamente, é preciso morrer para tudo o que nos afasta de Deus. É necessário despir-se dos velhos hábitos, abandonar as correntes que nos prendem à ilusão da vida terrena e permitir que o Espírito Santo nos guie por um novo caminho, um caminho de luz e renascimento.
O desapego é a chave da gaiola que prende o espírito à terra. Somente ao soltarmos essas amarras podemos voar rumo à verdadeira vida, uma existência pautada na paz, no propósito e na eternidade.
O mundo nos cerca com promessas vãs, oferecendo felicidades passageiras que se dissipam como a brisa ao entardecer. No entanto, apenas ao renunciar às ilusões da carne e entregar-se, de alma e coração, à vontade divina, experimentamos a verdadeira vida, uma jornada de plenitude, repleta de significado e conexão com o eterno.
Que cada amanhecer seja uma nova oportunidade para morrer para o que é efêmero e viver pelo que é eterno.
A vida não é passageira; nós é que somos passageiros nesta breve passagem, e, muitas vezes, sequer sabemos quando será o momento de desembarcar.
Grandezas
Somos feitos de grandezas,
por vezes das que
nos preenchem,
por vezes das que
nos criam espaços.
Mas ambas são virtudes,
que buscam o que
nosso eu lírico procura.
E em toda nossa grandeza,
ora visitamos nossas masmorras,
ora visitamos nosso mirante.
Talvez, não é que as pessoas
não queiram interagir com você,
as vezes, elas estão imersas demais
tentando sobreviver
para não afogarem
em seu próprio oceano.
Dor de cabeça, estômago travado, cansaço constante… às vezes o que você chama de sintoma é só um grito emocional.
Muitas vezes você pede a Deus que abençoe aquilo que já decidiu em seu próprio coração. Mas, na verdade, sua oração deveria ser: 'Senhor, o que o Senhor deseja que eu faça? Que não seja a minha vontade, mas a Tua.
Sorriso no rosto e coração dilacerado. Quantas vezes o rosto não mostra como está o coração.
(lembranças do facebook de 2020)
Às vezes, tudo o que precisamos é isso: um passo. Um sopro. Umanovapágina.
(trecho do livro: Quando a Morte Sentou ao Meu Lado)
Apreciar e compreender nem sempre é dizer; por vezes, é silenciar e respeitar, é amar e esperar. Esperançar que tudo pode ser melhor como nunca foi. Tudo.
Não se trata de mudança de humor constante, trata-se de, às vezes, eu não conseguir fingir que estou bem. Sem perceber, às vezes sou verdadeiramente eu, e isso incomoda.
Ao não conseguir mascarar a verdade interior, sinto-me exposto à própria fragilidade, como se deixar que meu “eu” verdadeiro apareça fosse admitir que tenho falhas e medos que fogem ao controle. Essa transparência, ainda que
dolorosa, revela que a força que me sustenta vem de aceitar minhas quebras em vez de fingir perfeição.
Às vezes, o destino, a vida, vão te ensinando a ser mais duro. Isso é um ato de sobrevivência. Com o tempo,
descobrimos que não é todo mundo que merecem sua risada, seu abraço, sua atenção. Essa é apenas uma evolução que faz você sobreviver mais um dia. À medida que enfrento olhares de pena e sussurros disfarçados de “preocupação”, tornei-me endurecido, proteger o coração tornou-se instinto de defesa. Essa casca emocional me impede de receber
afeto genuíno, mas me mantém vivo quando tudo ao redor parece conspirar para me derrubar.
