Às Vezes
" INFINDA "
Às vezes loiro, liso ou ondulado,
moreno, crespo, ruivo, sem pintura,
puxando pelo branco, já na alvura,
tingido por estar agrisalhado…
Ou ralo pela idade, com fissura,
com pouco trato ou mesmo caprichado,
cabelo deixa o rosto emoldurado
e, assim, destaca o belo da gravura.
Mas, não é dele a graça e formosura!...
O belo é da mulher que lhe depura
e, até careca, a vejo sempre linda…
Quer seja loira, ruiva ou se morena,
sem ter cabelo algum, alta, pequena,
mulher vem sempre c'uma graça infinda!
Monólogo ao Mar
Às vezes, assim penso, vivo
um monólogo diário,
ecoando pensamentos soltos
pelas vielas da alma
onde não há atalhos,
apenas passos
que ressoam no asfalto molhado
de manhãs silenciosas.
Em frente ao mar,
dedico-lhe meus devaneios,
como cartas lançadas ao vento
sem, ao menos, um pingo de receio.
Discorro sobre você,
como se as ondas fossem
páginas brancas
esperando minhas confissões.
O mar, atento,
ouve com paciência de quem
já engoliu mil naufrágios
e ainda assim permanece,
se comunicando
através de suas ondas,
mergulhante, deslizante, ascendente,
um discurso contínuo
que cabe àqueles
que mantêm os olhos bem abertos
decifrar.
E eu, narrador solitário,
me vejo parte da maré,
flutuando entre a certeza
e o esquecimento,
tentando entender
se o que entrego ao mar
é o peso dos dias
ou a ânsia de ser ouvido.
O vento salgado
me corta os lábios
enquanto o mar responde
numa marola discreta,
como se dissesse
que palavras se dissolvem
como espuma,
mas sentimentos permanecem
ancorados no fundo.
Talvez ele saiba
que não há resposta certa,
pois enquanto me desfaço
em palavras e sonhos,
ele se refaz
em ciclos e ondas,
e assim seguimos,
dois monólogos paralelos
que jamais se tocam,
mas se compreendem
no silêncio que resta
após o último sopro de vento.
E então, na maré baixa,
percebo que talvez
o mar também sussurre
suas incertezas para a areia,
e que nós,
vagando por nossas marés interiores,
somos tão mutáveis quanto ele,
sempre buscando a margem
onde a alma repousa.
E enquanto observo
o encontro da água com a terra,
sinto que viver é isso:
um eterno diálogo
com o imenso e o indomável,
uma troca de segredos
entre solidão e grandeza.
O mar nada exige,
apenas acolhe,
como se dissesse
que a liberdade reside
em aceitar a fluidez
e não temer os ciclos.
Por fim, sorrio,
pois entendo que o mar
não é apenas ouvinte,
mas também mestre
de uma sabedoria inquieta,
que ensina a ser vasto
sem perder a essência,
e a permitir-se tempestade
sem deixar de ser calmaria.
" DESIGUAL "
O desigual, às vezes, favorece
e, o que fora de prumo, dá sentido
ao belo, ali contido e adormecido,
que, sob o nosso olhar, então, floresce!
A estética diria haver despido
o que a beleza, aos olhos, enaltece
e não se sabe como isso acontece,
mas fato é que há o perfeito no descrido.
As diferenças não são mais notadas
e, as formas desiguais, lá, desprezadas
porque o conjunto todo, ao fim, agrada…
E, o que era pra ser feio, fica lindo
enquanto essa beleza vai remindo
ao que tocado foi por mãos de fada!
Repudiei tantas vezes a esses sentimentos que já não os sinto... como já não sinto a mim mesmo.
Vivo cada dia mais receoso para tê-los de volta, mas já não sou o que era antes, como o meu eu do passado já não é igual a mim.
Às vezes, precisamos nos perder para realmente nos encontrar. O caminho errado não é fracasso, é o que nos transforma na nossa melhor versão. E cada amanhecer é uma chance de reconstruir quem somos, de nos reerguer mais fortes, mais autênticos, mais vivos.
Mãe: A roseira que doa as pétalas, o caule e as raízes, muitas vezes sem retorno, O Jardineiro a transporta para um solo eterno, deixando-nos apenas sua indelével fragrância.
Muitas vezes, buscamos o amor nas aparências, no brilho momentâneo. Mas o verdadeiro amor é aquele que resiste ao tempo, à rotina, ao silêncio. É aquele que escolhe ficar, mesmo quando tudo desacelera. Quando o brilho apaga, é o amor verdadeiro que ainda ilumina.
A dor psicológica é mil vezes pior que a dor física…
Porque para dor física, existe remédio.
Mas para a dor psicológica, você tem que aprender a se curar.
A vida todos os dias me ensina. Que às vezes tenho que aceitar as circunstâncias ou lutar contra elas. E Quanto a minha tristeza, eu já aprendi conviver com ela e fingir que está tudo bem.
A tristeza, a dor, a alegria, todas elas parem a poesia… Por vezes, o poeta abre armários empoeirados, e de lá brota um Velho novo, algo cheio de melancolia, quem sabe até um preto e branco colorido, quiçá poderá até abrir as gavetas da dor… No entanto, quando a angústia entra em contato com o ar, já não é mais só agonia, Funde- se aos átomos de oxigênio e às moléculas de sabedoria… Transmuta-se em uma dor alegre, uma alegria triste, uma esperança que emerge do nada… O nada que agora pode ser tudo… E o vazio agora não nos amedronta… Encaramos toda a ausência, todo o prosaico da vida e mergulhamos no infinito, na eterna presença do Altíssimo. Pertencemos agora ao Verbo, a palavra, a vida…
Cuidado com aquilo que se julga como verdade, muitas vezes sentimos o cheiro do torresmo ao longe, mas nós nos sentamos à mesa com os porcos
Acho estranho como a vida funciona. Por muitas vezes, me peguei pensando em como as coisas acontecem e por que acontecem, tentando encontrar uma lógica ou um responsável. A resposta é frustrante, pois não existem culpados. Tudo é mais fácil quando há quem culpar, mas a vida é assim mesmo. Alguns eventos acontecem sem um motivo aparente, sem um malfeitor por trás, apenas acontecem... Eu chamo isso de acaso. O acaso não tem intenção, ele é uma força natural e ninguém tem o controle sobre ele. Quer dizer, em momentos assim, eu sempre me pego pensando em qual é minha responsabilidade, se eu poderia evitar alguns sofrimentos; porém, a minha queixa já reponde essa pergunta: é INEVITÁVEL. Então, a única coisa que posso fazer é um pedido silencioso: que o acaso me proteja, diante de toda a minha fragilidade e de todas as circunstâncias incontroláveis.
A solitude não é um castigo, é um reencontro com quem realmente importa: nós mesmos. Às vezes, a maior prova de amor-próprio é aprender a ficar bem na própria companhia. E quando a alma encontra paz, o mundo lá fora perde o poder de te desequilibrar.
A Armadilha Emocional Disfarçada de Conexão
Nem toda presença que aquece é abrigo. Às vezes, o calor vem de uma fogueira que arde lentamente, consumindo-nos por dentro enquanto sorrimos por fora. Em tempos em que ansiamos por conexões autênticas, nos tornamos vulneráveis a laços que parecem verdadeiros, mas que, na essência, nos sugam em silêncio.
A armadilha emocional não se apresenta com correntes ou grilhões. Ela chega com palavras doces, mensagens constantes e o disfarce do "cuidado". Mas, pouco a pouco, revela-se como uma prisão disfarçada de companhia.
Somos ensinados a valorizar quem "se importa", mas nem sempre questionamos de que forma esse cuidado nos é oferecido — e a que custo.
A conexão verdadeira liberta. A armadilha emocional prende. E, entre esses dois extremos, há uma linha tênue que, muitas vezes, só enxergamos tarde demais. Ela começa com a sensação de ser visto — realmente visto. Como se, enfim, alguém conseguisse atravessar todas as camadas e tocar o que há de mais íntimo em nós. E é exatamente aí que mora o perigo: na ilusão de ser compreendido por completo.
Por vezes, o que pesa não é nunca ter sido reconhecido, mas a injustiça de ser criticado no primeiro erro cometido.
Às vezes na vida, imprevistos acontecem, a semana não é igual planejamos, aquela rotina gostosa é alterada, mas acredite em tudo. Deus está cuidando de vc, só confie!
Cicatriz: O Amor Que o Tempo Não Apagou.
Às vezes, a vida nos afasta daquilo que realmente importa, mas o amor não se apaga assim tão facilmente. Pode ser que o tempo passe, que a distância se crie, mas quem foi profundo o suficiente para tocar a alma jamais será esquecido. E mesmo que a realidade tente nos convencer de que a página virou, o universo insiste em sussurrar o nome de quem marcou o nosso destino de forma irreversível. Não se trata de uma lembrança distante, mas de uma cicatriz, uma marca indelével que ainda lateja, que ainda arde, que ainda é um pedaço de nós. Não é sobre o que perdemos, mas sobre o que ficou. Porque algumas conexões são tão intensas, tão profundas, que até o tempo se curva diante delas. Algumas ausências deixam marcas que o tempo não apaga, e mesmo distantes, ainda somos lembrados pelo impacto que causamos nas almas que tocamos. Às vezes, o que parece perdido é, na verdade, o que mais nos define. A dor da ausência não é um fardo, mas uma memória viva, um lembrete de que fomos capazes de sentir algo tão forte que até o tempo se curva diante disso. E, no fim, é essa intensidade que nos transforma, que nos molda e que jamais será esquecida, por mais que tentemos.
"Alguns vão entender tarde demais o valor de quem não hesita por amor. A vida afastou, mas o universo ainda cochicha teu nome no meu ouvido. Você não é lembrança. Você é cicatriz."
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