Às Vezes
Atrevo-me a adivinhar que Anon, que escreveu tantos poemas sem assiná-los, muitas vezes era uma mulher.
Às vezes o silêncio pode dizer muitas coisas, mas são poucos os que conseguem ouvir um grito de silêncio. Quando as palavras falham, o silêncio é quem fala.
Histeria não tem nada a ver com ter chiliques e dar gritinhos, embora essas coisas às vezes aconteçam. Histeria basicamente é mentir para si mesmo, é autopersuasão forçada, é criar um falso personagem e acreditar nele.
A minha vida é como a noite, fria sombria, coberta por um nevoeiro. Onde as vezes posso ver a luz do luar no ceu por alguns instantes. É uma lua cheia, uma lua tão grande que as vezes acho que posso toca-la. Mais quando meus olhos brilham com o reflexo do seu brilho e minhas mão parece alcança-la, vem o nevoeiro e a esconde.
Voltando tornar a noite ainda mais fria e escura, e no meio dessa escuridão me bate um vazio, que me faz a notar que sou apenas um LOBO SOLITARIO, admirando a beleza de um luar, sem ao menos poder toca-la.
Esse vazio não me deixa triste ou alegre, pois meu destino talvez seja como a noite. Onde sempre haverá a luz de um luar e um nevoeiro para encobri-la.
Mais qual dos dois devo contemplar?
A luz de um luar que me faz sair da minha realidade?
ou o nevoeiro que me esconde a lua, para que possa manter meus olhares atento sobre a escuridão da noite?
A lua me paralisa, me fazendo sonhar e querer realizar coisa que talvez não seja capaz.
O nevoeiro me faz ficar atento, para que não me torne a caça de outras criaturas, e tambem para que eu possa atacar minhas presas com precisão sem que ela notem minha presença.
Assim sou eu, um lobo solitario,vagando pela escuridão de uma noite fria, procurando as vezes alcançar a lua, que me faz sonhar coisas talvez impossiveis para um simples LOBO, e tentando manter-se vivo em um lugar que apenas os mais fortes conseguem sobreviver.
Pois a vida é assim como uma noite fria e sombria, onde temos sonhos, mais temos que manter-se atento para tentar se manter vivo.
Sou mais um LOBO SOLITARIO, que as vezes precisa de sua alcateia, mais a maioria do tempo prefere vagar dela noite sozinho.
Sombras mal projetadas de pessoas e valores desta sociedade podre, hipócrita, às vezes quase me convencem de que meus valores são velhos, inadequados, românticos demais pra hoje em dia. Só que depois vejo que o problema não são meus valores ou eu em si, mas são tais pessoas que não merecem meus valores.
Ás vezes da vontade de fugir, encher nossa mochila de mudas de vontade e partir. Partir para um lugar onde sonhos possam se tornar realidade, aquele lugar ao longe onde o céu da esperança é sempre tão azul e a maré do costume não pode nos molhar. Lá mesmo onde as chances que foram jogadas no lixo são recicladas e o Sr.Medo não passa de um anão que sempre apanha para um tal negão chamado coragem...
A vida nem sempre é uma questão de manter boas cartas, mas às vezes, de jogar bem uma mão fraca.
Recomeçar é ser forte. Isso é inevitável, às vezes doloroso, mas sempre necessário. Difícil acreditar e aceitar que certas coisas mudam e acabam.
Dizem que na vida quem perde o telhado ganha as estrelas. É assim mesmo. Às vezes, você perde o que não queria, mas conquista o que nunca imaginou. Nem tudo depende de um tempo, mas sim de uma atitude. O tempo é como um rio, você jamais tocará na mesma água duas vezes. Aproveite cada minuto de sua vida, não procure pessoas perfeitas, mas sim aquelas que saibam o seu verdadeiro valor. Tenham 4 amores: Deus, a vida, a família e os amigos. Deus porque é o dono da vida, a vida porque é curta, a família porque é única e os amigos porque são raros!
Nem todas as pedras que você encontrar no seu caminho serão obstáculos... Às vezes, elas também podem ser pontes que te levam ao seu objetivo.
Pense nisso!
COQUEIRAL
A saudade é um batimento que rebenta assim
vinte e oito vezes desde meu ombro tatuado
de desastre até à rosa pendurada em sua boca
E o amor, neste caso específico, é um mergulho
destemido que deriva quase sempre de uma nota
climática apenas para convergir no osso frontal
do crânio do rei da ilusão – terno é o seu rosto
Senhor, os ossinhos do mundo são de mel e ouro.
Os cisnes
A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul sem ondas, sem espumas,
Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinais, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas.
Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
No lago, onde talvez a água se tisne,
Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne!
Naveguei num sonho perfeito, onde vi o sol, dançar com os anjos, beijar a lua mil vezes, mais nada e tão bom que ter uma amiga como você.
