As Palavras Ditas em um Momento de Raiva
Há algo, no amor desinteressado, e capaz de sacrifícios, de um animal, que toca diretamente o coração daqueles que tiveram ocasiões freqüentes de comprovar a amizade mesquinha e a frágil fidelidade de um simples homem.
“Esqueci que você também tinha me feito sorrir um dia, e que eu poderia escolher você para fugir de toda a feiúra do mundo.”
Um instante
Aqui me tenho
Como não me conheço
nem me quis
sem começo
nem fim
aqui me tenho
sem mim
nada lembro
nem sei
à luz presente
sou apenas um bicho
transparente.
Saber desistir. Abandonar ou não abandonar – esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando.
Eu clamo não já por governo nenhum, mas imediatamente por um governo melhor.
Mas, se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança.
Dificilmente existirá alguma coisa nesse mundo que alguém não possa fazer um pouco pior e vender um pouco mais barato, e as pessoas que considerem somente preço são as merecidas vítimas.
Qualquer padrão de emoção ou comportamento que seja reforçado de um modo contínuo se tornará uma reação automática e condicionada. Qualquer coisa que deixamos de reforçar acabará por se dissipar.
(...) como um desânimo, vontade de dizer rápido qualquer coisa como olha, você me desculpa, mas estou mesmo muito cansado, fica para outro dia, para outra noite, outro tempo, outra vida...
Um desânimo. Uma lerdeza. Um oco. Aquela velha sensação de estar jogando fora a vida. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Uma grande, uma enorme, uma devastadora falta de saco para qualquer pessoa.
A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver.
Se me abandonar, ainda vivo um pouco, o tempo que um passarinho fica no ar sem bater asas, depois caio, caio e morro.
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