As Palavras Ditas em um Momento de Raiva

Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta.

É falso que a igualdade seja uma lei da natureza. A natureza não faz nada igual; a sua lei soberana é a subordinação e a dependência.

Ensinam-nos a viver quando a vida já passou.

Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição.

O mundo não deve ter fronteiras, mas horizontes.

O homem mais sensível é necessariamente o menos livre e independente.

O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.

A utilidade da virtude é de tal modo evidente que os maus a praticam por interesse.

Fica provado que uma inovação não é necessária quando se torna demasiado difícil implementá-la.

O trabalho é amargo, mas os seus frutos são doces e aprazíveis.

Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.

Todos reclamam reformas, mas ninguém se quer reformar.

Qualquer povo defende sempre mais os costumes do que as leis.

Há uma certa vergonha em sermos felizes perante certas misérias.

Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.

Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.

O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.

Não ser amada é uma desventura; mas deixar de sê-lo é uma afronta.

A glória é o sol dos mortos.

Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.