Árvores
As folhas das árvores balançaram
Com o desespero das flores murchas
Caídas abaladas solitárias
As folhas choraram a tristeza de um dia frio
Pela ausência do calor difundido
Com bela aquarela do campo
caindo e se enterrando
No solo coberto pelo aveludado
Amor que as flores deixaram
Antes de dizer adeus
Crie o teu ritmo livremente; como a natureza cria as árvores e as ervas rasteiras. Crie o teu ritmo; e criarás o mundo.
Chove sem parar ao cair da noite, o vento orienta a chuva e faz às árvores dançarem num rítimo ordenado e viçoso, um frio intenso toma sua face, os raios caem com intensidade e parecem raízes que fincam constantemente energia sobre a terra.
O sono não vem, Ela encolhida no sofá da varanda enrolada no cobertor que ainda expelia a fragrância do último encontro, bebia o vinho que tinha o gosto do beijo daquele que se apoderou de seus pensamentos, por isso, bebia e saboreava gota a gota. A sensação de tê-lo perto às vezes parecia tão real, mas suas mãos tateavam um espaço vazio, em aflição, como se buscasse constantemente aquele a quem sua alma procura, podia senti-lo, mas não tocá-lo. Era quase verossímil a interação e a freqüência que esse contato lhe proporcionava, Ela percorria seus pensamentos tentando transportar sua mente para o passado, que a levara a reavaliar conceitos, adquirir comportamentos antes ausentes, imaginar novos sonhos e desistir ou adiar os velhos, sensações que preenchiam a sua vida com um misto de serenidade e turbulência.
Podia sentir seu espírito sorrir ao imaginar aquela expressão suave descrita por um leve sorriso, porque ele fazia transparecer nos seus lábios e no esverdido do seu olhar a terna alegria do instante. Sentia prazer ao ouvir o som da fala áspera e cava daquele homem e das palavras que eram entoadas por ele. Sentia-se impotente perante as suas carícias, lembrou-se de que ele possuía sobre ela todos os direitos, e isso já seria razão suficiente para viver plenamente esse momento tão maravilhoso, que a fazia feliz, seja como for, isso era para Ela um privilégio. Ela estava apaixonada.
De repente, o aroma embriagante daquele amor pairava no ar, misturava-se com o vento, com a energia brilhante dos raios, dançava como as árvores e molhava como a chuva, refrescando a brasa incandescente daquele amor e o desejo de mais uma vez tocar-lhe o corpo e sentir à amena, seca e agradável sensação de beijar-lhe a boca.
Lembrou-se do aroma e do calor que aquele corpo exalava, aumentando o desejo incontrolável, insaciável, de se transportar frequentemente para aquele desejo repleto de incertezas. Ela temia se tornar dependente daqueles braços, daquele corpo, daquela boca, daquela alma... e não conseguir mais exercer sobre seu corpo “o domínio”, e ao se entregar tornar-se-ia fraca e acabaria contando-lhe seus segredos mais íntimos, sussurrados com hesitação, confidências ecoadas em cada sussurro proferido, perdido no ar, indo de encontro ao vento e se espalhando, acalentando corações perdidos e inertes, que por medo de se entregar ao amor deixam de viver todos os dias como se fosse o último.
Imaginou os raios de sol entrando pela janela, tocando-lhe a face, em mais um despontar do horizonte, de um lado as mesmas sensações e o recente encontro de um amor, que existe, mas não pode ser tocado.
Sentia-o tão perto... que o cheiro constante de sua pele se sobrepõe a qualquer outro aroma que possa inalar e os seus beijos povoam os seus sonhos e não se esvaem quando desperta, porque é um sentimento penetrante, oculto e alimenta as suas lembranças no transcorrer do dia.
Lembrou-se do primeiro encontro, subitamente em meio a multidão surge aquele Ser, uma criatura que simplesmente brilhava, sua imagem ofuscava tudo a sua volta, seu coração começou a palpitar, Ela ficou inquieta, aflita, ansiosa, sensações que a deixaram perturbada, repentinamente, parou de ouvir o barulho das conversas paralelas, do som da música que entoava ao fundo, só conseguia ver aquele estranho.
Ela precisava de um motivo para se aproximar, e espantar qualquer pessoa que pudesse atrapalhar sua convicção. Refletiu por alguns instantes, intrepidamente levantou-se e seguiu em direção a aquele ser, dotado das chamadas qualidades viris, que para Ela era o seu grande e lídimo amor, até então, recôndito na imensidão do universo, perdido durante tantas vidas e que finalmente retornou.
Achegou-se, ao vê-lo tão perto perdeu o medo, pediu-lhe um cigarro, sua voz rouca com um leve sotaque, ecoou dentro dos seus ouvidos como uma melodia que nunca se esquece. Era um sentimento que só o espírito poderia perfazer, narrar. As palavras, os gestos, o comportamento, não possuem recursos suficientes para decifrar essa linguagem tão única, exclusiva. Seus pensamentos foram transportados à expectativa de um encontro acanhado, era como uma sucessão rítmica, ascendente ou descendente, de sons simples, a intervalos diferentes, cuja fascinação pela sonoridade do instante, tornava cúmplice toda a euforia que poderia inebriar esse engano dos sentidos, marcado pela ilusão de um grande acontecimento.
Deliciava-se com o devaneio daquele impulso, esperado, ambicionado, desejado, que fazia a parte limitada da matéria inflamar-se de anseio, uma sensação que tomou conta do seu corpo e do seu coração aquecendo-lhe a alma.
Cerrou os olhos, pode sentir ele se aproximar devagar, passando seus braços em torno da sua cintura, puxou-a contra seu corpo (sentiu seu coração latejar), curvou o pescoço e beijou-lhe a nuca, a orelha, o rosto, a boca, a alma... Dessa agitação profunda sentiu entremeada a respiração cansada e ofegante, imaginou-se possuída por uma divindade de personificação masculina, que representava para Ela, naquele momento, seu homem. Este era o verdadeiro amor, que despertava o abstrato e o concreto, até então adormecidos.
Por fim, sorriu ternamente, beijou-lhe a face e partiu...
"São as maiores casas e as árvores mais altas que os deuses derrubam com raios e trovões. porque os deuses amam opor-se ao que é maior que o resto. Eles não suportam o orgulho em ninguém a não ser neles mesmos."
Quando vejo
A brisa batendo nas árvores
E com delicadeza
Tocando as folhas
Lembro do dia
Em que meu pensamento
Foi junto dela
Bisbilhotar você
E querer
Beijar-lhe a face, delicadamente
E as estrelas mostram um brilho intenso
E meus olhos lagrimejaram sob sua imagem
Fiel e ilustre imagem
Arrastarei com o tempo
Mas desde que ele pare
Só pra eu poder olhar-te
Mais um instante
Ah, delírio seria para o meu pulsante
Saborear seus risos
Penso em você
Mesmo quando não tenho a intenção
Mesmo quando não penso
Você me acompanha
Até quando durmo
Quando sigo preocupada
Em meu caminho solitário
Você me faz companhia
Digo te amo
Mesmo quando não tenho a intenção
Mas um instante
Em que meu pensamento
Desloca-se para seu ser, para
Beijar-lhe a face, delicadamente
E meus olhos lagrimejaram sob sua imagem
Lembro do dia
Em que meus olhos correram sobre sua face
Ah, delírio para o meu pulsante
Você me acompanhou desde aquele feliz momento
Mesmo quando não tinha a intenção
Fiel e ilustre imagem
Do meu amor mais verdadeiro.
Aqueles que destroem as árvores e com elas, a natureza, não têm consciência do que é o tempo na vida de cada um.
As luzes, os brilhos e as árvores enfeitadas não há quem não se desperte para compartilhar dessa festa. Tudo é natalino.
Primavera de criança
(Gorete Salvador)
Hoje reparei as folhas das árvores todas
Lentamente a se mexerem,
Parecendo estarem dançando...
Reparei melhor...
Não estavam se mexendo
E sim
Aplaudindo,
As
Flores...logo abaixo no jardim
Lembrei também...
Como eu gostava de balançar...
Em um balanço colocado numa árvore...
Que saudades do tempo de criança!!!
E as folhas continuavam
A aplaudir as flores...
E eu a balançar...reparando...
É PRIMAVERA
Dia 24/09/07
Nunca pare de sonhar
Havia no alto de uma montanha três árvores.
Elas sonhavam com o que iriam ser depois de grandes.
A primeira, olhando as estrelas disse:
eu quero ser o baú mais precioso do mundo e viver cheia de tesouros.
A segunda, olhando um riacho suspirou:
eu quero ser um navio bem grande para transportar reis e rainhas.
A terceira olhou para o vale e disse:
quero crescer e ficar aqui no alto da montanha;
quero crescer tanto que as pessoas ao olharem para mim,
levantem os olhos e pensem em Deus.
Somos como árvores, somente produzindo frutos, poderemos deixar sementes para as próximas gerações, e dar continuidade a nossa missão."
Sentir a chuva cair, de baixo das arvores escutando as gotas tocarem o solo de braços abertos respirando o cheiro de terra é imaginar de olhos fechados a liberdade dos passaros.
Dificuldades são para nos como um vendaval para as
arvores;se tivermos assim como as arvores bons fundamentos:DIFICILMENTE SEREMOS SUCUMBIDOS
Aprendi que como as arvores temos nossa época e que precisamos ser podados para sermos mais forte como pessoas no jogo da vida.
POEMINHA
As folhas despencam das árvores e se vão...
as arvores se sentem mutiladas e choram,
minha alma me arrebenta por dentro,
e, você me ingnora
