Areia
Aquela sensação de molhar os pés na areia do teu mar. De parar em silêncio, apreciar com aquele silêncio que só o mar te dá. No seu vai vem das ondas tento me buscar, conhecer pra me entregar. Cada passo pra frente a onda cisma em voltar, recuo e ela volta a me molhar.
Não desisto pois só aquele mergulho de cabeça pode lavar minha alma e me dá o que vim buscar; a paz do seu lar. Com coragem encaro, me benzo peço proteção a deus, meu oxalá, avanço sem medo de entrar. Sobra respeito e admiração mas preciso mais que isso pra em ti me abençoar. Preciso da sua permissão, sem ela não existe motivo de tanto esforço e sacrifício. Tento, a cada onda, não desistir, volto pra areia, resta água nos pés e apenas contemplar.
Um dia espero mergulhar nessa imensidão, nunca mais sair, pra que você me leve, enfim sem, rumo no meio do mar.
Num instante, pisco, sinto tão perto. Cada segundo valeu, mais que possamos entender. Não existe saudade do que não deixo ir, ao menos em pensamento estou perto, vivo e presente. Seus lábios me enchem, me esvaziam de medo, esquentam cada parte fria da minha alma. A respiração nos meus ouvidos lembram a brisa do mar, me encanto, desencanto seria olhar e não te ver, mas não me permito, ao menos em pensamento.
Não é uma luta é realidade escolhida, sem estar ancorado e sim deixando a vida levar no rumo certo. Não domino o destino nem, o vento, respeito mais que tudo seu sim e seu não. Talvez, quem sabe deixou pra eles decidirem.
O que resta ainda são sorrisos a cada momento q vivo ao seu lado mesmo longe, ao seu lado.
GALHOFA
Bola de meia
bate esta cheia
não póca com ar
nem pula na areia.
Tempo de outrora
com béti com taco
menino d'agora
não corre no saco.
Peteca de pena
voando no ar
em tarde serena
na rima a rimar.
Menina pequena
com cinco marias
pedras sem trena
na calma do dia.
Antonio Montes
LOBRIGAR
Sentado a beira da praia
vejo areia veja espuma
vejo azul do céu e as brumas
se perder nas andas do mar.
Ouço os cânticos das sereia
banhar os meus sentimentos
espumas e mares cheias
balançar a todos momentos.
Vejo as asas das gaivotas
bater palmas de felicidades
a alegria bater nas portas
do horizonte e das cidades.
A calma vem ao meu peito
com jeito de paz mundial
no rosto um riso satisfeito
acordando o alto astral.
Antonio Montes
Um grande amor
Que se acabou
Escorreu em minhas mãos
Feito grãos de areia
Se você a ama de verdade
Cuide bem da sua sereia.
O Canto Da Sereia
Os meus passos
Eu deixo na areia
Pra que homens devassos
Não roubem o canto da sereia
Pois a minha presença
A eles faz pirraça
E quando eles caiem na cachaça
Assinam logo a sua sentença
Os meus passos
Se apagam com o vento
Mas não há tempo que apaga
Cada passo do meu sentimento
Pois a minha marca
Eu deixo no chão
Mas tudo que eu sinto
É guardado no coração
Os meus passos
Eu deixo no ar
Quando eu soubo
Em cima da árvore
E o vento me joga no mar
E quando eu piso
Na pedra de mármore
Eu vejo o mundo rodar
E todo que é riso mudar de lugar
Eu me rasgo na cerca de arame
Pois sou mais liso do que sabão
E quando eu soubo nesse tatame
Sempre me jogam de cara no chão.
Cravo meus pés descalços...
Na fina areia branca...
Onde as águas o lavam...
No meu lento caminhar...
Num frio amanhecer...
Aonde o sol vem acordando...
E de mansinho vem clareando...
Um lindo dia de versos...
Um dia de suspiros...
De risos...
De amor...
Sento-me...
A admirar...
E a devanear melhores...
Pensamentos e fantasias...
Agradecendo as maravilhas...
Que me cercam...
Sentindo-me tão natural...
Quanto à natureza...
Como se ela fosse parte de mim...
E tomasse conta envolvendo-me...
Num abraço de carinho recíproco...
Em verdade eu vos digo: muitos, contudo, irão perecer e derramarão o seu sangue na areia, porque mais tarde o meu ensinamento se transformará em falsos e confusos ensinamentos, assim como eu nunca os ensinei, e novos cultos, seitas, e religiões teístas surgirão, e que se originam das mentes dos escribas e dos sacerdotes e dos fanáticos.
"MAVI"
Quando as ondas do mar fazeram o toque da areia, o mundo mais uma vez se alegrou e tu nasceste!
Quando a lua beijou o sol, o ininesperado aconteceu, um eclipse total, assombro nossas vidas.
O mundo é feito de dor e o homem vivência a dia pós dia, e eu ao encontro do que hei de fazer para minha saudade demasiadamente forte, lembrando das incerteza, falando do baptismo dos seus beijos, o amor feito pela sua presença, a beleza encantada sem esforço do homem a falta tão organizada.
Foste uma bela pérola Chocondona, no mundo do amor. Hoje o mundo acaba por nós mas reminiscenciaremos-a para sempre!
Queria ser maior, abraçar não só a terra, como as estrelas, mas me contento em ser um grão de areia, que apenas admira de longe a vastidão do universo, sabendo de minha pequenez, me satisfaço sabendo que um dia voltarei a ser poeira cósmica....
O dias fragmentam meus ossos, respiro e continuo a andar sobre uma vasta e densa areia movediça que me encontrou nos caminhos até então desconhecidos na minha mente.
Mentira tem perna curta. Só observando o castelo de areia desmoronar. Nada como o tempo para arrancar as máscaras. Não há mal que dure para sempre. Aqui se faz aqui se paga!
E no sonho te amei !
Te amei...
Te amei na relva, no mar...
Rolamos na areia, debaixo da chuva...
Marquei teu corpo, te arranquei gemidos.
Cavalguei em você de mansinho
Depois
Como louca,
Procurei teus lábios e me entreguei !
Fui a loucura, cheguei ao êxtase.
Da cabeça aos pés
Senti teu cheiro
Mergulhei...
Fui te tocando...
Sentindo...
E no sonho,
Te olhando nos olhos
Te contei segredos
Falei das noites frias
Abandono,
Sem toques
Sem marcas...
E loucamente repeti a dose:
Fui no teu prato
Roubei beijos, abraços...
Bebi na tua boca
Desarrumei teus cabelos
Invandir teu segredo
Guardado
Por baixo da roupa
Escondido...
Fui á loucura
Arranhei tua pele
Desarrumei teus cabelos
Acariciei teu rosto
Lambi teus dedos
Ouvidos...
Acordei !
08/06/2017
DANURAS DO MAR
A ilha era de areia...
E o mar... De ondas,
e com sua maré cheia...
Ele vinha se debatendo
com sua bravura...
Parava no cais, fazendo
espumas e danuras
todas... Duras...
Urrando como se fosse lobo
tremendo como se fosse medo
em um taco de sombra
na calçada de noite escura.
Ali havia o mar...
Fazendo paetês e brumas...
Se dissipando sob lua cheia,
bradando o choramingar do lobo
banhando os corpos
das mais belas sereias.
Antonio Montes
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