Aquietai-vos e Sabei que eu sou Deus
Eu ainda escuto tua voz...
ainda sinto teu cheiro aqui....
eu sou louca ou ainda te amo...
sim eu ainda penso em ti...
e não é pouco...
Eu, que sou um cometa viajante, já fui uma estrela brilhante, estacionada a esmo em uma das minhas vazias existências.
Eu não segui em frente,
nem consegui te esquecer.
Eu sou fraca.
Não sei o que estou fazendo.
E você destruiu meu pequeno castelo de areia, que hoje tenta se juntar,
no Oceano.
Tudo giro em torno de você e mesmo assim insisto que estou seguindo em frente.
Não estou.
Estou com raiva
rancor
saudades
melancolia
angústia
medo
insegurança
eu ainda gosto de você.
Gosto da sua frieza
do seu desamor disfarçado em tom de liberdade.
Da sua indiferença com a alma disfarçado em aventuras.
Da sua falta de amor disfarçada em juventude.
Da sua ânsia disfarçada em "energias".
Eu tenho saudades de mim, que antes de você eu me via, eu VIVIA.
e hoje sou sua pior versão refletida em mim.
Eu sou seu oposto vagando pelas ruas e procurando salvação.
so
bre
vi
ver
depois de você
é um dádiva no meio dessa escuridão.
E eu serei
luz.
Eu ainda sou daquele tipo de cara que liga do nada só pra dizer que te amo, ainda sou aquele tipo de cara que faz surpresa com buquê de rosas , Ainda sou um cara dos tempos antigos
Quem sou eu quando sou para alguém?
Sou eu mesmo ou estou a parecer ser?
Tanta máscara usei para parecer ao mundo
Que me perdi e já não sei quem sou
Feliz sou eu que bebo de suas palavras e me satisfaço pela graça, que teu amor se multiplique, em milhões de linhagens, mesmo depois de nosso escrito encontro.
Tem dias que eu jogo a toalha, porque eu sou assim mesmo, essa coisa que beija a lona de vez em quando, pra dar um tempo, pra botar a cabeça no lugar.
Porque senão a vida vem e engole a gente, e nos mastiga, nos tritura e a gente se sente a mais inútil criatura.
Minha fraqueza me ordena a ser forte, e eu - juro - tento reagir.
Mas é preciso parar, descansar e planejar novas estratégias de como olhar a vida nos olhos, sem medo, com cara de mau, sem desviar o olhar.
E a gente aprende, ali, na derrota, como se levantar de novo!
Oie!
Deixa eu me apresentar: sou a Mell Glitter.
É.. eu sei que meu nome artístico meio que parece nome de guerra de chacrete, mas eu confesso: já quis ser uma!
Dessas tipo Rita Cadilac, cheia de amô pra dar!!!!
Mas isso eu conto depois!
Por acaso, por destino, por descuido, virei uma coisa que escreve.
Isso mesmo: uma coisa!
Quase uma amoeba!
Sabe o que é uma amoeba?
Aquela meleca gosmenta e gelatinosa que as crianças adoram e as mães odeiam.
Não que as mães me odeiem, nem que as crianças me adorem, mas sou dessas que uns amam e outros odeiam.
O que eu penso sobre isso?
Nada!
Feito um peixe!
Nada!
Acho também que sou um livro.
Um livro com uma capa preta, com uma tarja vermelha escrita em letras garrafais, enormes: SÓ LEIA SOB RECOMENDAÇÃO!
Mas quem me lê é teimoso!
Me arreganha toda e me lê sem recomendação nenhuma!
Gente doida! E gente doida não lê recomendações!
Eu nunca li!
Nem você, com certeza, senão não estaria me lendo agora...
Aliás, você já tomou seu remédio hoje?
Deixa pra lá!
Eu acho que já deu pra sacar quem sou eu: sou uma coisa ou coisa nenhuma!
E se disserem que sou algo, eu nego, me jogo no chão, esperneio, faço birra e faço bico.
Definitivamente, não!
Quero ser coisa nenhuma.
Coisa nenhuma é a melhor coisa do mundo, pois não precisa se explicar porque não tem explicação. Coisa nenhuma não tem obrigação nenhuma de ser alguma coisa. É ser livre. É ser o que quiser e quando quiser. É ser o que é e ponto. Coisa nenhuma! Que delícia!
Já tem gente demais neste mundo se achando muita coisa.
Gente chata, curada demais, cheio de ego, gente "argh" !
Me deixa ser assim: só Mell Glitter... ou só Mell pra quem me lê com zolhinhos de amô!!!
Beijinhus
Não era tudo isso...
Vivi o que já estava ali
Plantado pra eu viver
E assim como canal que sou, deixo ir
Me calo, me recupero e me guardo...
Grata por ser
Por querer, por ver
Por ter tido a coragem de viver
De ter dado a cara pra bater...
Entrego tudo com cuidado
Com o que a memória vai trazer
O que eu escolho lembrar
O que eu escolho esquecer...
E na banalidade
Do que não houve pra se dizer
Fico com a resposta
Que era evidente de se ver...
Que no início o fim foi visto
Que no nada o tudo foi vivido
Que no fim não era tudo isso...
Eu sou cheio de memorias de velhos paraísos e de melancolias que torcem minha alma com uma infeliz frequência.