Aquietai-vos e Sabei que eu sou Deus
Deixe-me
Deixe-me no meu silêncio
Deixe-me chorar sozinho
É assim que eu sou
Sempre foi assim
Deixe que minhas lágrimas me console
Deixe a minha dor ser expressa nesse semblante sem alento
Não me chame
Essa noite quero ficar só
Mergulhado dentro de mim mesmo
Talvez assim a dor passe
Talvez assim eu acorde desse estranho e doloroso sonho
Roubaram eu de mim: Não posso mais ser racional, pois se não gosto sou preconceituoso, se gosto sou hipócrita.
quanto mais eu me pergunto quem sou? mais distante fico de mim mesmo! agora quando estou com minhas mascaras sei exatamente o que represento para o outro!
Eu não sou boa com as palavras. Tenho paciência curta. Nem sempre sei ser doce e delicada, como eu gostaria de ser. Se fico brava ou me irrito muito com algo, eu não paro pra pensar, e viro uma espécie de dragão que cospe fogo ao falar.
Dependendo da situação, às vezes quem sai queimada, sou eu mesma!
É que eu sou do sertão!
Sou um fruto travoso demais!
Sou lá de longe do morro seco, sim.
As emoções são quentes por lá.
As lágrimas são mais salgadas.
A sede é incessante no verão.
O bigode delas é de Portugal.
Mas o cabelo é latino.
O agreste é holandês no Brasil.
Mas o sertão é um Brasil espanhol.
O gênio é de drama lá.
Mas o amor é apimentado.
Eu vim para o norte.
Aqui faz calor o ano todo.
Mas também sempre chove forte.
Trouxe minha força de sobrevivência.
Mas aqui o ritimo é de crenças.
Dançam a magia da floresta.
Amam como colhem o açaí.
Adoçam frutos ácidos.
Aqui mudei o ponto de vista.
Não há briga de touros na empoeirada avenida.
Mas sim de araras no céu nublado.
Não falta agua limpa nas torneiras.
Mas falta acesso a muitos direitos constitucionais.
Mas eu continuo aqui tentando sorrir mais.
O desafio é meu como mulher de fibra.
A conquista depende da minha coragem.
Eu vim de lá do sertão.
Aprendi cedo a respeitar pai e mãe.
Mas também a defender minha vida na unha.
Essa cara feia feia de sábado com ar de segunda.
Eu não estou sempre sem ela.
Mas ela não diminui meu caráter.
É que sou brava, mas tambémm justa.
Eu sou sertaneja de raiz numa cidade nutella.
Hoje sou do mato indústrial.
Mas já fui poeira vermelha.
Eu sou seca só de expressão.
Mas de coração não.
No sertão nasceu o meu.
Mas foi no pulmão do mundo que se perdeu.
Mesmo assim, ainda bate em mim uma saudade.
A de ver outra vez minha serra da russa.
Antes de chegar nno alto sertão.
JÁ NEM SEI
Não sei se sou eu que grito
Ou roubei a voz de alguém
Se a dor que sinto é minha
Ou sofro por outra pessoa
Já nem sei se sou dona dos versos
Ou eles são donos de mim
Como é duro ser poeta
Que se afoga nos próprios versos
Ora chora
Em outra ri
Se esvai em grãos de areia
Renasce da folha morta.
Tudo que tenho é ser. Então eu sou, nem sempre sou alegria, mas tenho esperança no meu e no seu viver.
Não sou contra a pessoa dançar e desfilar no carnaval. Eu não aprovo é pular alguns dias e depois no resto do ano ficar com a boca calada e viver encurvado aceitando as injustiças praticadas por nossos políticos vigaristas.
Tem dias dos quais nem eu mesmo me suporto.
Não sou fácil de lidar.
Sou cheio de defeitos.
Sabia disso, antes de cair de cabeça nesse amor.
Eu tento tanta coisa ainda para falar.
Não sou o que dizem de mim.
Mas é o que preferem acreditar.
Sigo nessa caminhada, um passo de cada vez.
Um dia ainda colocarem tudo que está na garganta para fora.
Essas borboletas irão voar, aos quatros ares.
Mas te digo, não tenha medo pois nesse dia eu serei a fase mais completa de mim
Não perco meu tempo tão precioso tentando impressionar alguém. Ser algo que eu não sou não vai fazer de mim alguém especial...
Eu não consigo fingir porque eu odeio mentiras.
Porque eu sou tão insuficiente, porque eu sou tão inútil, porque eu sou tão feia, porque eu sou tão ignorante, porque eu sou tão chata, porque eu sou tão burra, porque eu estou tão fria, porque eu estou tão quebrada, eu morri por dentro e ninguém percebeu.