Aprendi muito com Vcs
Não estou muito bem. Me falta os olhos redondos, grandes e negros feito duas jabuticabas maduras olhando em minha direção. Saudades da flor amarela que deixava meu jardim mais belo e cheio de borboletas. Tem um vazio aqui nesta cama além do vazio do meu coração.
Cheguei a pensar que tudo estava muito acelerado, mas tenho que parar de buscar explicação ou seja lá o que for. Algumas coisas não precisam de palavras, outras dispensam explicações, muitas delas são intraduzíveis.
Quando estiver caminhando sozinho, não se entristeça, muito menos se desespere. Quando menos esperar, Deus colocará a pessoa certa para caminhar contigo. Ou quem sabe não, às vezes estamos melhor só do que mal acompanhados. Sendo assim, não confunda estar sozinho com solidão.
O silêncio fala muito, e não comete erros. Para cada sofrimento seu, para cada dor, lembre-se: você é mais forte tendo fé. Felizes aqueles que acreditam de verdade... Eles nunca estarão sozinhos.
Não dá pra mudar o coração
Hoje após a mudança percebi que ainda há muito que mudar...
Talvez mudar de cidade, de hábitos e conquistar novas formas de aceitar que mudar é preciso, seja o único jeito de ver que a mudança é positiva e necessária para seguir em frente.
Mas não adianta, mudarei tudo menos o fato de ainda amar você.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito de pressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas pois pode ser a ultima vez que as vejamos...
Este talvez seja EU...
Que saco tentar se descrever.
É chato e muito difícil.
Sou simples como minhas palavras são.
Qualidades exibidas e defeitos escondidos como qualquer um.
Uma vez uma pessoa muito sábia me disse:
“-Nós gostamos das pessoas por suas qualidades, mas a amamos por seus defeitos.”
Frase interessante. Não?
Onde está o botão de desligar, ou o de reiniciar tudo.
Pois juro que pareço ter errado desde o início.
Nunca é tarde! Mas, será mesmo?
Jogo perigoso este. Mas, por que não joga-lo.
Daqui a pouco acaba e neste não dá pra jogar novamente.
Então pra quê perder tempo?
O chato é quando não se tem nem onde se perder este tempo.
Estou esperando... Não sei ao certo o que, mas esperando...
Às vezes fico sem ar e nem sei o motivo.
Às vezes fico triste e me sinto muito só.
Não consigo me acostumar a isso, e acredito que nunca vou precisar.
Quando estou fraco me reservo, não gosto que me vejam assim.
Não sei dizer mais te amo e temo dizer te odeio.
Na pior das hipóteses temo ouvir qualquer uma dessas palavras.
Antes de me pré-julgar, me pergunte o porque de eu ser assim.
Antes de achar que me ama me fale isso para que eu também possa te amar.
Antes de dizer que estou errado leia novamente a questão.
Antes de pensar em me conhecer fale comigo por que eu quero conhecer você.
Antes de tentar me entender me abrace, pois num abraço você saberá tudo de mim.
Antes de me agredir me beije, pois se você me beijar e me deixar você já terá acabado comigo.
Antes de me odiar me ame, pois só depois disso você poderá sentir algo tão forte como o ódio por mim.
As pessoas as vezes são muito orgulhosas e traem com medo de serem traidas, depois veem pedir perdão, que era uma coisa que ela tinha na mão!
Superficialidade nunca foi muito coisa da minha vida. Talvez fosse algo com um patamar muito avançado, como um vestido de quinhentos e treze dólares em uma loja de grife. Ou talvez fosse algo tão simples quanto comprar maquiagem em uma loja de R$1,99. Como se os sentimentos precisassem ser tachados com preços tão suficientes ou insuficientes. Como se esses sentimentos acabassem como um toque de mágica por conta da última liquidação da loja barata da esquina.
Não sou dessas pessoas que acabam perdendo a paciência à espera do grande amor, ou à espera do despertar de certos sentimentos. Confesso, e não com muita vergonha que sonho tanto, que vezenquando fecho os olhos enquando me escorro no parapeito da janela sonhando com certos momentos, imaginando se algum dia aquelas ceninhas meio-que-chicletes que ocorrem em certos filmes românticos, acontecerão comigo. Mas de repente, bato minha cabeça no canto da janela, e percebo que sonhar não é tão bom quanto parece.
Ao menos nos dias de hoje, muita coisa (a maioria, confesso) nunca é como parece ser. A realidade é que comprar amizade, e amores bem resolvidos está tão fácil quando comprar um tênis falsificado de uma marca famosa. E tudo isso, se desgasta. O tênis, e os sentimentos, claro.
Mas não quero algo qualquer entrando na minha vida. Eu quero a realidade, a boa e velha realidade. Não sorrisos forçados, como em uma conversa de parentes que não se viam à muito tempo. Eu quero sorrisos, não bocas abertas mostrando os dentes por qualquer besteira. Quero abraços, não duas pessoas se “encostando” de braços abertos enquanto desejam tudo de melhor para umas às outras. Quero amizades verdadeiras, não viver só coisas boas numa roda de conhecidos, e de repente, em meio ao temporal não encontrar nenhum guarda-chuva para me proteger. Quero amor, não palavras decorradas, não apenas sorrisos bobos. Quero amor, e não pessoas que vivem se entregando pra aqueles que não merecem nem um pouco esse tipo de sentimento.
Quero continuar à escrever tudo o que eu penso e tudo o que eu sinto. E não apenas fingir, para iludir as pessoas com sóis que nunca irão sair antes de muitos temporais.
Cuidado com as coisas muito fáceis, na maioria das vezes elas nos trazem complicações muito difíceis para as nossas vidas".
A PRINCESA SOFIA
Num tempo muito distante viveu, num reino de paz e harmonia, uma linda princesa que se chamava Sofia. Ela estava com doze anos. Era obediente, estudiosa, e muito caridosa. O rei e a rainha sentiam muito orgulho da filha: não desse orgulho que diz: “ta vendo? Minha filha é a maior, a melhor!” – Não crianças! Era um orgulho de pais que vêem seus ensinamentos dando frutos saudáveis e fortes.
Um dia a princesinha entrou na sala do trono, onde seu pai trabalhava com os ministros, pedindo:
- Papai, posso trabalhar na escola da aldeia, para ajudar as freiras?
- Filha, você não tem idade para trabalhar. Quando tiver será assistente de sua mãe na Assistência Social para os aldeões. – respondeu o rei.
- Não é bem um trabalho, papai! Eu quero contar histórias para as criancinhas de até cinco anos. Sabe aquelas histórias que você e a mamãe me contavam? Então! É isso que eu quero fazer, assim eu vou aprendendo a lidar com crianças porque eu quero ser professora. – falou com convicção a princesa Sofia.
O rei disse que ia pensar e que depois daria uma resposta. À noite, quando estava deitado ao lado da rainha, o rei lhe contou o desejo da princesa. A rainha ficou encantada e pediu ao marido que apoiasse a filha nesse intento. No dia seguinte, durante o café da manhã, o rei comunicou à princesa que estava dado o consentimento para ela trabalhar com as freiras na escola da aldeia. Foi passado o decreto real e princesa se apresentou à freira, diretora da escola, que a levou a presença dos alunos dizendo que daquele dia em diante a princesinha contaria histórias para eles durante o recreio.
As crianças adoraram. Imagine uma princesa contando história numa escola de aldeões. Era demais. E chegou o dia. Sofia ganhou uma sala onde ela espalhou almofadas pelo chão, formando um semicírculo e no centro colocou um banquinho para ela sentar. As crianças foram chegando, meio tímidas, e sentando cada uma numa almofada. Depois de todo mundo acomodado, ela se apresentou e pediu que ninguém a chamasse de princesa. Ela era somente Sofia. As crianças bateram palmas e, em pouco tempo, estavam tão íntimas parecendo que se conheciam há anos. E Sofia começou:
- Hoje eu vou contar uma história de fada. Peço a atenção de todos. – disse sorrindo a linda princesinha começando.
“Era uma vez um homem rico que andava por uma estrada indo para sua casa quando surgiu a sua frente uma velha, com uma vasilha na mão, pedindo um pouco de vinho para seu filho que estava muito doente. O homem chamou seu empregado dizendo-lhe que enchesse a vasilha até a borda. O empregado assim fez, mas o vinho só alcançou a metade da vasilha. O serviçal ficou apavorado. Ele havia despejado todo o vinho do barril. O seu senhor pensaria que ele estava roubando a outra metade do vinho. Então ele foi falar com o seu patrão, levando o barril como prova:
- Senhor, não sei o que aconteceu, mas o vinho não encheu a vasilha da velha, e como pode ver o barril está vazio. O que devo fazer? – perguntou o servo tremendo.
- Eu prometi àquela senhora que encheria a vasilha, e o farei nem que tenha que esvaziar todos os barris de vinho da minha adega. Vá, vá pegar outro barril. – ordenou o homem.
O empregado voltou com um outro barril de vinho e quando pingou a primeira gota a vasilha se encheu até a borda cumprindo assim a promessa do homem rico. Tempos depois um governante malvado, de um país vizinho, declarou guerra ao país do homem rico. Depois de muita luta o povo conseguiu expulsar o governante malvado, porém o homem rico que lutou contra o invasor, ficou prisioneiro em uma das celas de uma prisão naquele país desconhecido.
Ele estava desiludido. Pensava que ninguém jamais viria buscá-lo. De repente uma claridade invadiu a cela onde o homem estava, e surgiu, bem no meio, a velha da vasilha de vinho. O homem, de tão espantado, não podia falar. A velha rodopiou sendo envolvida por um arco-íris de rara beleza. Quando parou o giro, apareceu uma linda fada, jovem, com cabelos compridos, trazendo em uma das mãos a varinha mágica. A linda fada foi logo dizendo:
- A honradez e o cumprimento das promessas é o que mais admiro nos homens. E como um dia provou que é honrado e não faz promessas da boca para fora, eu ordeno que volte para sua casa, mas não conte a ninguém, nem mesmo à sua esposa o que aconteceu. – disse-lhe a fada girando no ar a varinha mágica.
E o homem chegou a sua casa. A alegria era tanta que a família nem se lembrou de perguntar como ele conseguiu escapar. As fadas não gostam que se revelem os seus segredos. Por isso, todos que são agraciados com seus favores devem ficar de boca fechada. E como forma de agradecimento, devem ajudar o próximo sem esperar pagamento.”
A princesa Sofia terminou a história. As crianças bateram palmas. Até as freiras aplaudiram a princesinha. A diretora da escola confidenciou a uma professora que Sofia seria como uma irmã para aquelas crianças.
- Você viu? O silêncio, a atenção! Viu que exemplo? Foi Deus quem mandou esta linda princesinha! – disse ela sorrindo e agradecendo porque, naquele país, a finalidade da escola era a de formar homens e mulheres de caráter irrepreensível com a ajuda dos pais, mesmo sendo camponeses.
Maria Hilda de J. Alão.
"A solidão de quem ama, vai muito além de estar sozinho, é quando a falta de um, supera a presença de milhares"
