Aparência
Tem dias em que a gente não se reconhece no espelho.
Nem pela aparência, mas pelo cansaço que os olhos carregam.
É nesses dias que eu lembro: não preciso ser forte o tempo todo, só verdadeira comigo.
Pessoas medíocres esbanjam aparência, mas não sustentam por muito tempo por falta de caráter. Para esses tipo de indivíduos, Jesus condenou dizendo: hipócritas!
(Jefferson Santos)
Sou um observador, e é óbvio que percebo as pessoas que vivem de aparências.
Procuro compreender o motivo pelo qual alguém cria uma realidade irreal — algo que chamo de pleonasmopsicótico (adjetivo criado por mim) —, pois o indivíduo passa a viver na ilusão de que seu modo de ser ou de viver trará benefícios reais para si.
E, nesse engano, acredita que todos ao redor são incapazes de perceber que aquela performance é falsa — uma simples ilusão que sustenta o próprio vazio.
As pessoas não buscam o justo, buscam o belo. Vivemos num tempo em que a aparência vale mais que a essência, em que a virtude virou máscara e o vício ganhou charme. Ninguém quer a verdade, querem o socialmente aceito, o que não incomoda, o que cabe nas frases prontas Chamam de bem o que agrada, e de mal o que revela. Porque a verdade expõe, o belo disfarça. E quase todos preferem continuar bonitos, a ter que encarar o quanto estão vazios.
Confia no Senhor, que não se deixa enganar pelas aparências, mas conhece a essência verdadeira de cada alma. Deus expõe as intenções dos que se aproximam de ti e guia teus passos em segurança.
A visualidade da aparencia é bebida como o ultimo copo d'água.
É uma luta constante para mostrar ao outro uma imagem que você nega a si mesmo.
A visualidade da aparência é querer de forma forçada mostrar para o outro uma imagem camuflada, onde a real está escondida negada por si próprio.
Se quem vive de aparências fizesse o mesmo esforço para poder viver a própria essência existiria menos gente infeliz e recalcada.
A falta de beligerância não diz nada
É apenas uma aparência de paz
A mente se movimenta numa encruzilhada
Tentando manter a respiração no interno caos.
O destino brinca de ter direções diversas
Mas há pontos nos quais se cruzam,
Num desses que traz recordações adversas
Verdades e decisões colidem e pressionam.
O fluxo já não parece ser como antes
Pois seus assuntos se tornaram incontornáveis,
Para que a máquina consiga seguir em frente
É preciso desbloquear a barreira erguida pelos execráveis
A falta de beligerância não diz nada
É apenas uma aparência de paz,
A mente se movimenta numa encruzilhada
Tentando manter a respiração no interno caos.
Quando os bloqueios são rompidos
Os pensamentos rumam fluidos.
Quando a verdade é posta no volante
Nenhuma encruzilhada mais é torturante.
Apesar da sociedade priorizar status e aparência, são apenas detalhes superficiais. O verdadeiro valor está nas suas capacidades físicas e intelectuais.
Manter as aparências pode fazer você pagar um preço muito alto. Preço esse que não vale a pena correr o risco, porque a aparência traz para quem a vive três prisões, infelicidade absoluta, a falta real de paz e o abandono total de uma vida sem abuso e história tranquila.
Aquela pessoa que não busca aprovação alheia, não se ilude com aparências nem confronta quem vive cuidando da vida dos outros, não é antissocial, é alguém que conquistou, com o tempo, a paz de espírito e a verdadeira liberdade.
Ainda me resta um pouco de orgulho, o suficiente para não confundir emoção com aparências, nem razão com inocência, a ponto de parecer um bobo. Ainda conservo intacto o meu caráter moral.
Segurar a porta aberta para sustentar uma aparência caída e manter estável o que não convém, jamais ira conhecer a felicidade.
