Apagar a minha Estrela
Eu te mudei, pelo simples fato de passar por sua vida.
Pois essa é minha função, minha razão e meu propósito.
Todos têm uma causa pela qual existimos.
Só resta saber o motivo...
Às vezes eu me pergunto se as pessoas podem ser realmente boas.
Se esse mundo ainda tem conserto.
Será que vale a pena?
Não sei... Mas ainda mantenho a esperança.
Estou com sono, corpo cansado e mesmo assim não consigo dormir.
A inquietude me assombra a alma em meio a essa noite de nevoa.
Oro e meus fantasmas vão embora ao menos por enquanto.
De certo que algo se partiu...
Mas não foi de ti. Foi em mim.
Algumas coisas que me recordo da minha cidade.
Do Picolé tremido que Seu Lati vendia.
Do som do baleiro de vidro do bar do Nézio.
Da Sebastiana Fogo bailando sua varinha no espaço.
Do cheiro de pão quente na padaria do Sr.Humberto.
Do Seu Zé Belo sentando olhando o movimento na Praça da Bandeira.
Da minha avó sossegadamente consertando sombrinhas.
Do Omar pacientemente lendo um livro.
Da velha praça quando havia praça.
Do tio Enilton de muleta jogando sinuca.
Do sinos da Matriz badalando meu sono.
Sinto muito não me lembrar de mais coisas,
Mas nem tudo marca a gente.
Nem tudo mesmo.
Minha alma está contaminando com suas mentiras, não sei bem ao certo quando perdi a fé em ti. Por sua causa o veneno ainda corre em minhas veias. Uma noite me disseram que isso é muito mau. Desde então percebi o que não havia mais nada de bom. As consequências sempre são mais duras que possamos se quer imaginar. A acreditar passar ser um fardo que duramente temos de aprender a carregar.
Eu sou aquele que aproveita a adrenalina até o último segundo. Mas a minha vantagem em frente ao resto do mundo é que eu sei o que está acontecendo e não sou pego de surpresa.
Para eu opinar sobre alguma coisa no mínimo o assunto deve ser da minha conta. Mas como geralmente não é...
Meu nome nunca estará em uma lata de refrigerante. No máximo quem sabe a minha foto em uma caixa de leite.