Apagar a minha Estrela
Recôndito
Não pega na minha mão em público
Nega o meu beijo na praça
Tem medo de fazer juras
Mas, diz acreditar em disco voador
Secretamente, no lusco-fusco
amor selvagem, abrasador
Veja a loucura
desse fugidio senhor
Encobre-se por todos os cantos
quando o momento é para o amor
Mas, para destroçar o encanto
profere à luz do mundo
blasfêmias com fervor.
Dualidade
Poesia e fraqueza
a primeira, o medo, a utopia
a outra, covardia
Ao medo, a minha estima
à covardia, antipatia
Obra poética divina
temor, fantasia
revelada na emblemática pintura
da Capela Sistina
à irreverência do grafite
não menos belo
não menos poesia
Caída no abismo, a fraqueza
o lado obscuro da dicotomia
o veneno? A covardia
ocultando a dor
realçada na pupila
picha, rasga, queima e ridiculariza
o medo, a poesia.
Autenticidade
Cansei de ser julgada pela minha autenticidade
na essência poética
Aos bravos e recolhidos seguidores dos meus perfis,
não serei performática para agradar
As suas escolhas pelo obscurantismo não me interessam
Deixem de se preocupar com a minha escrita insólita
busquem pelo fanatismo adulador e fantasioso das aparências
que combinam com suas visões
A minha poesia é ácida que até dói
Diante do atual mundo tresloucado
nunca praticarei uma escrita espúria
Sempre estarei no limiar da minha mais profunda essência
convicta das rasas interpretações
As dimensões que ocupamos são antagônicas.
Imagino como seria hoje julgado Manuel Bandeira
Que do seu íntimo preconizou
“Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado...”
... “Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.”
Tu que emprestas Tua luz
aos olhos da Esfinge
Ilumina minha escuridão
para que eu possa caminhar para dentro de mim
e sempre reconhecer -Te
em todos os seres
eu habitante de Tua argila acesa
Meu guardião
Mera imensidão
A Lua iluminada,
Vejo da minha janela,
Bonita e aclamada,
Penso na beleza dela.
Vejo uma constelação,
Eu estou admirada.
Por que há tanta beleza,
Numa estrelinha de nada?
As Marias andam juntas,
Gosto de observá-las,
Pois a culpa é das estrelas,
E ninguém pode julgá-las.
Eu queria ser a Lua,
Satélite deslumbrante.
Eu queria ser as estrelas
Para brilhar na escuridão.
Mas o triste é saber
Que eu não seria um ser pensante
E a coisa mais frustante:
Eu não teria um coração!
Se eu não estiver mais aqui no amanhã
Não venha me procurar e não sinta minha falta.
Mesmo q eu desapareça ou esteja sem cabeça,eu não tenho importância na humanidade.
Eu tenho rancor do presente,tenho medo do passado e não viverei o futuro,pois é melhor a escuridão do que o sol pra quem não teme o escuro.
Talvez eu me mate hoje ou me mate amanhã,mas em um desses dias,deixarei minha vida e sumirei do mapa.Do mapa do que conheço q se chama vida.
Eu lamento muito,e lamento ainda existir.
De tudo que eu faço, penso ou me oriento é fruto da minha observação. Portanto, é óbvio que em algum momento do percurso vou desagradar alguém.
Eu não entendo, soltaram a minha mão no meu pior momento! Parece que todo mundo está seguindo em frente e eu fui a única que se perdeu no caminho, como se eu fosse a única perdedora, a única parada. Eu tento recomeçar mais não consigo. Eu sinto tudo deslizando, eu sinto o barco virando e não tem nada que eu possa fazer para evitar. Porque eu sou a única que não consegue? O que eu fiz de tão errado? tudo o que eu queria agora era poder voltar no exato momento da minha vida onde eu comecei a fazer tudo errado, não para fazer o certo, ou mudar as coisas, mais para eu ter uma resposta que me faça sentido. Só assim eu aceitaria que a vitória, a conquista, o topo não são pra mim. Só assim eu entenderia que a felicidade não é pra mim! Todo mundo espera que eu continue sorrindo mesmo com dor, e eu sorrio, mas lá no fundo fica cada vez mais difícil. Eu só preciso que essa dor vá embora.
As vezes preciso me lembrar de respirar um pouco, de desligar por um momento a minha mente perturbada, inquieta e me desconectar do mundo para poder descansar e dormir um pouco a noite sem pensar no caos do amanhã. As vezes preciso me lembrar que eu não posso mudar o passado, por mais que eu queira, nem trazer velhas relações de volta por sentir saudades. As vezes preciso me lembrar que sou humana e que preciso encontrar conforto em mim mesma, e então eu me pergunto par que serve a vida se a gente sofre tanto que dá vontade de sumir? Eu já estive a beira do precipício e ninguém me ajudou sair de lá. As vezes penso em ir embora.
Feriadão!
<<eu entre parentes>>
Vim visitar minha gente
e encontrei minha paixão:
está estante de livros
e um sofá pra leitura e reflexão!
Minha cabeça as vezes é assim/
Um Globo girando e dizendo sim/
Mas no mesmo instante/
Vendo tantas gente/
Fico como andarilho/
Procurando um atalho/
Pra desviar de certas gentes.../
Na minha míope sabedoria,
pude concluir que: a velhice é uma senhora
muito malvada, afinal, ela é prima do tempo.
Meus versos congelados
No frizzer da tua indiferença,
Mas, na minha humilde crença,
Chegará o dia que seus remorsos
Precisará de algo pra refrescar o seu coração!
"O sorriso no meu rosto
não é porque a minha vida é perfeita,
é porque eu sou grata
pelo que tenho."
Minha definição
Para a palavra fanático:
Alguém muito preocupado
Apenas com aquilo que lhe interessa,
Sem levar em consideração outra opinião!
tua poesia me alimenta,
é minha refeição,
uma janta
que devoro em doce Reflexão,
e sonhos adormece o meu coração!