Apaga a Luz
Rutilante Anoitecer
Foi-se o sol
E um lençol
De saudade
Invade-me
Agora...
E o sino badala
Na calada
Das seis...
Ave Maria...
E um pássaro
Sobrevoa
O céu
E eu
Da matriz
Vejo o sol
Se esvaindo
Como alguém
De mim, se
despedindo.
E antes que se ouça
Se vê
A homilia divina
No prisma
Do anoitecer...
Certeza
Vejo o céu, além do mar
E a certeza de que tudo vai passar...
Embrulharei a minha incerteza,
cada vez que o brilho desse sol
voltar a me tocar.
Eu preciso ver
que os meus olhos brilham ao amanhecer...
eu preciso ver, o encanto dessa estrada...
e depois do por do sol
encontrar-me com os sonhos
sob o meu lençol e mais nada.
Vejo os pássaros cruzando os ares
sobre o rugir dos mares,
que beleza,
a vida que me deras tu,
ó natureza...
Sinto a minha poesia
falar-me sobre a alegria
de ouvir o som da vida ressurgir...
Não posso imaginar
tudo isso se calar,
os ruídos desse mundo,
cada canto profundo
Que já pude ouvir...
As canções em saxo,
O movimento do piano
E o luar me olhando
Numa noite de porvir.
A saudade não entende quando o coração se machuca,
por isso uma dor tão doida cá dentro do peito se oculta.
A vida é uma construção enquanto
dura, e os nossos passos são em busca
da perfeição que só se encontra no amor.
O medo da solidão assusta-nos, porque é no silêncio do mundo que ouvimos o próprio eu de modo muito profundo.
Não sei se lavo as mãos,
Ou esfrego o corpo.
Se me isolo então
E me entrego todo.
Talvez assim
cheio de mim
viva mais um pouco
Até voltar a saber
o que não fazer de novo.
André Luz
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