Ando
Ando com a cabeça cheia,e a mente vazia.Ando pensando demais e não falando quase nada.Acho que ando fazendo pouco sentido,aliás nunca fiz sentido algum por que tudo que eu sempre quis estava ao meu lado o tempo todo e eu simplesmente não via.Acho que fiz a viagem errada,ou o trem parou uma estação antes.Talvez eu tenha tropeçado no caminho,e por derramar lágrimas demais tenha desistido de continuar.
Dizem que eu ando fria, dizem que eu preciso mudar, mais já tentaram se colocar no meu lugar? Eu já tentei sorrir, confesso. Confesso também que já cai, mais não desisti, já vi, vivenciei e venci. Segundo Renato Russo: É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, mais as pessoas não se amam mais, hoje elas matam, hoje elas tiram vidas, amanhã elas se acabam. Sofrendo ou não sofrendo, chorando ou não chorando, caindo ou não caindo, forte são aqueles que amam, uma ou duas vezes se for preciso, aqueles que se renovam a cada manhã, a cada por do sol, a cada aurora da manhã, a cada dia infeliz, que não se deixam abalar por uma jornada triste ou um dia frio. Pois somos frutos dos nossos atos e fatos.
Ando organizando umas coisas por aqui. Colocar sentimentos no lugar quando estão todos bagunçados, não é nada fácil.
Platonico de Lhon
Ando distraído pensando em ver você indo embora
Eu tenho medo de te perde antes de te conquistar
Levo minha vida tendo você de fora
Mais eu quero ter você para mim proteger
De todo mal que aqui assola
Eu quero ter você junto do balanço do mar
Mais ainda tenho medo de perde sem te conquistar
Eu sei onde tem uma fortaleza
Basta você quere para nossa historia
Começar .
Ando, como se o tempo fosse amigo
abrigo do pensamento enquanto renovo o caminho
a alma aprova e seguir é tudo que quero
ando como os andantes, amantes
não espero ter tempo para perder com vaidades
ando em busca de verdades
e se o além me amar
se ele quiser
para que saibam
das minhas vontades
picharei todas em algum muro
escuro e sem glória
longe do tal de vida simplória
que quer ser perfeito
ando, pois se parar o presente me alcança...
“” Ando tão cheio de desejo
Do teu beijo
Que quero seus lábios nos meus
E por hoje, apenas te amar...
E amanhã
Quem sabe amanhã
A gente faça do amor
O motivo pra continuar... “”
Faz tempo que ando sentindo falta de um abraço, mas um daqueles que a gente sente que é querido, que é amado. Eh! faz tempo que ando sentindo essa falta e muitos poderão dizer, por quê? e me condenam, como se eu fosse o único culpado do desamor, do desprezo, da falta que hoje vivo, Talvez seja mesmo, esperei demais das pessoas e elas mudaram, tomaram outros rumos e eu fui ficando, ficando, até entender de solidão, de significado de silêncios, mas tirei uma lição de tudo isso: me dediquei à pessoas que apenas passearam em minha vida, entraram com hora marcada para saírem e foram, até mesmo antes do fim, porque para elas, eu já não trazia nada de novo, nada de especial; O palhaço sem picadeiro, sentado a beira dos destroços, do que antes era o circo (minha vida), agora se dá conta que sua vestimenta e seu calçado, quase inutilizados pelo tempo, tão somente retratam o que as lágrimas não conseguem conter. Depressão? não, apenas a imagem distante de um horizonte, que antes dava impressão de se poder tocar com as mãos...
O VAGABUNDO DAS FOLHAS CAÍDAS
Ando perdido há tanto tempo
Na noite de um amarelo profundo,
Quase cego
Sem meu ego,
Que fará o do mundo.
Sou no tempo, um vagabundo
De olhar iracundo,
E de sonhos quase igual
Vestindo roupa de gente
Mas sempre nu,
Tão diferente
No ser e na mente
Infelizmente desigual.
Mundo, não leves a mal
A distorção dos sentidos
Porque há acessos proibidos
Nesta vida de mortal.
Desejo tanto ser esquecido
Por mim,
Mesmo sem ter ainda vivido
O meio do princípio do fim.
(Carlos De Castro, in Porto, 25-06-2022)
ESPERANÇA E VIDA
Ando por cá, pela esperança,
Já porque a vida
Prometida,
Foi-se esvaindo
Desde o passado findo,
Rumo a um sonho de mudança.
Um poeta jamais descansa,
Sempre que descreve as dores
Que o espetam como uma lança,
No peito dos seus fervores.
Foi uma vida de dissabores,
De desgostos e alguns amores,
Num nascimento talhado
Debaixo dum pobre telhado,
Numa noite fria e breve
E dizem que caía neve
Gélida, branca e borralheira,
Nas mãos da minha parteira.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-11-2023)
Na terra que já não ando
Na rua que já não brinco
A vida que está findando
O fim que já está vindo.
E eu vivo fugindo
Driblando a desesperança
Encontro a quem vem sorrindo
A encontrar-me durante a dança.
D'tanto me cobrarem,
cobri-me d'desgosto.
Não me aceito c'ndo
cobrador q'levanta,
nem ando me v'ndo
cobrado no encosto.
por velhas avenidas
ando a recolherfragmentos de mim
cada passo é uma viagem
ao encontro do que fui
e do que sou
