Amor Textos de Luis Fernando Verissimo
Lembranças...
Não dê vida a uma situação problemática que já foi RESOLVIDA.
Não traga a lembrança o que lhe causou DOR e SOFRIMENTO.
Traga a memória tudo aquilo que lhe AGRADA e o que há de BOM.
Já o que DESAGRADA, deve estar no mar do esquecimento, pois não merece nem o seu TEMPO e nem o seu LAMENTO.
Bagagens
Pra quê carregar bagagens com cargas que não posso suportar. Se existe alguém que já aceitou carrega-las por mim...
Pra quê tomar bagagens alheias, quando eu carrego as minhas quando nem as deveria carregar.
A "cegueira" nos faz carregar fardos dos quais já fomos libertos e não percebemos.
Bom dia
Hoje é daqueles dias em que o coração desperta antes mesmo do corpo entender que já amanheceu. É como se Deus sussurrasse bem baixinho: “Confia, Eu já preparei o caminho”.
Às vezes a gente acorda carregando o peso das incertezas, mas quando a luz entra pela fresta da janela, dá pra sentir que existe um cuidado maior segurando tudo no lugar. O mundo pode parecer apressado, mas o coração pode escolher ir no ritmo da fé.
Então respira fundo, se ajeita por dentro, e deixa Deus conduzir o passo. O dia é novo, e junto dele, a chance de recomeçar — sempre.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Era uma vez um menino que sonhava em versos
E descobriu que o mundo é um moinho,
Moendo sonhos em chão de giz,
Transformando flores em espinhos.
Aprendeu que ser sensível demais
É carregar uma cruz de vidro,
Que a vida corta quando toca,
E que o amor pode ser um vício.
Pediu socorro nas madrugadas,
Quando o silêncio pesava mais,
E percebeu que nunca seria suficiente
Para ninguém, nem para si jamais.
O tempo passou como lágrimas na chuva,
Transbordando em noites sem dormir,
Até que aprendeu a deixar fugir
Tudo o que um dia quis construir.
No final, restou apenas paciência
Para os adeus que ninguém escutou,
E a certeza de que algumas dores
São grandes demais para quem as guardou.
Você não sabe o peso que carrego,
Nem eu sei mais onde encontrar
O que perdi no meio do caminho
Entre o querer e o desistir de amar.
ROMEU E JULIETA, SEM SHAKESPEARE
[à Crioula]
Vivemos na mesma cidade,
sob o arco da velha Roma.
Mas o espaço geográfico não comungou
Para que nossos caminhos se encontrassem.
Valha-me Deus, Santa Bárbara nossa!
Poema, conosco, o raio do amor não caiu no mesmo lugar.
E o desejo mora em nossos corpos, Crioula minha!
As ruas do querer, se alongaram.
Asfaltou o chão de terra que compunha o amar.
A paixão sempre ficou à espreita,
Nunca acaba!
Somos Romeu e Julieta
(o requeijão e o doce de goiaba)
No entanto, não nos degustamos!
A cada dia tomamos
uma dose do veneno “Se” (do Djavan)
O universo tenta nos afastar,
mas a cada passo dado, nos queremos mais como um ímã.
Minha fonte Luminosa, queria mergulhar meus lábios negros
nas águas que jorram do teu arco.
E ir confessar meus desejos carnais na tua catedral.
Meu soneto de 14 versos – de 4, 4 - 3 3.
Há quem diga que se nos rendermos ao desejo, seremos escravos dele.
Mas se somos prisioneiros do amor!?
... é de pessoas como a Crioula, que os poetas se debruçam a escrever poesia.
Abro um parênteses (talvez se consumíssemos esse tal desejo, poderíamos perder o gosto do querer)
Nossa Senhora das Dores, rogo-te que alivia as aflições desse caro Crioulo,
Que tua filha cuasarte!
Só em te pedir, me dói.
Crioula, aqui me despeço de ti, pois, não podemos ter tudo que queremos.
Em nós, cabe ainda a virtude da expectativa,
e com gosto de como ficou Pelé, do gol que não fez, como se o fizesse.
“Vive” – Desencana , nêgo, tudo nela gera tanta dor,
E não se sente!?
“Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu”
O amor platônico me mata!
Erromeu!!!
Que o dia venha suave,
com o tempo certo das coisas simples.
Que traga sossego ao coração apressado
e um pouco de poesia às horas comuns.
Que seja leve o bastante pra sorrir
e intenso o bastante pra sentir.
Que tenha abraço,
cheiro de café,
um céu bonito
e paz morando dentro.
Porque o que faz um dia valer a pena
é quando a alma respira devagar
e agradece — só por estar aqui.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Ser estranho é uma forma sofisticada de lucidez. Uma consciência em carne viva que sente o mundo com excesso de precisão. Não é excentricidade, é viver em descompasso com o consenso, ouvir o ruído no meio da música, perceber o vazio por trás das certezas.
A dor vem da dissonância entre o que se vê e o que se finge não ver. Enquanto a maioria se protege com ignorância conveniente, o estranho sofre de clareza. Nietzsche chamaria de “doença do espírito elevado”.
E ainda assim, amar. Amar o humano mesmo quando o entende demais.
Ser estranho é viver tonto de liberdade, duvidar até da própria dúvida. Os outros chamam de “confusão”, mas é só alma demais.O estranho é o herege das convenções, o que “rompe tratados e trai os ritos”.
Há delícia também: ser inclassificável, ver poesia no que escapa ao óbvio, rir de si mesmo enquanto o mundo desaba. Perceber o padrão invisível que Jung chamaria de sincronicidade.
O estranho sente o tempo de outro modo: lento por dentro, rápido por fora. Sente o amor como místico, o tédio como luto. Nada é raso, tudo fere, tudo ilumina. E quando o chamam de “intenso”, ele sorri — intensidade é só estar vivo demais num tempo de gente anestesiada.
Ser estranho é viver num exílio fértil, criar, refletir, desobedecer. Estranheza é antecipação do que o mundo ainda não está pronto pra entender. Ser estranho é ser o rascunho do que ainda não tem nome e sorrir, discretamente, sabendo que a habilidade de lidar com o desconforto é um puro sinal de autenticidade e um atestado de maturidade.
(Douglas Duarte de Almeida)
O tempo de florescimento não se anuncia com calendários nem com relógios. Ele chega em gestos sutis: um suspiro que demora a se acomodar, um arrepio que insiste em não passar despercebido, uma palavra dita com a boca trêmula e os olhos firmes. Diante do espelho, aprendi a não correr. A gentileza que me devo não é um prêmio, é o mínimo que posso oferecer ao meu próprio reflexo. Observar-se sem pressa é um ato de coragem: enxergar a delicadeza nos ossos, a força nas veias, a poesia escondida nos gestos cotidianos.
Florescer é não se obrigar a ser mais rápido que a própria vida. É permitir que a paciência me encontre, que o respeito por mim se assente como terra fértil, que minhas raízes cresçam sem alarde. Cada dia é um capítulo, cada cicatriz, uma letra, cada sonho guardado no peito, uma semente.
Quem se respeita floresce com dignidade, quem se pressiona murcha antes do tempo. E talvez o maior ato de coragem seja sorrir para si mesmo, no espelho, sabendo que cada fissura também é parte do desenho que só você consegue completar.
No fim, florescer não é competir com ninguém. É ser inteiro em si, com toda a intensidade de uma tempestade e a suavidade de uma brisa que atravessa folhas sem derrubá-las. É aprender que a própria vida, se observada com cuidado, já é poema suficiente.
(Douglas Duarte de Almeida)
Perdoar não é esquecer, é deixar de apodrecer por dentro. Há dores que o tempo não cura, apenas decanta. O perdão não é o antídoto do veneno, é a coragem de não bebê-lo mais. É olhar para a ferida e, em vez de perguntar “por quê?”, perguntar “até quando?”.
O perdão é uma escolha sofisticada. Não por bondade, mas por lucidez. É quando a alma entende que continuar punindo o outro é continuar se amarrando na mesma corda. E há cordas que, se a gente não solta, acabam nos enforcando em silêncio.
Perdoar não é absolver o erro, é devolver o peso. É dizer: “isso foi teu, não meu”. É o ato mais elegante de liberdade.
Porque guardar rancor é carregar um corpo morto nas costas achando que é proteção. Às vezes, o perdão não vem como gesto, vem como distância. Como aquele passo que você dá pra fora da repetição, sem plateia, sem discurso, sem aviso.
Há perdões que se dão em silêncio, e há silêncios que são o perdão em estado puro. Perdoar não é voltar — é seguir. É olhar pra trás sem desejar vingança, sem querer justiça divina, sem precisar de testemunhas. É só entender que o que te feriu não merece mais residência no teu coração.
O perdão, no fim, é uma forma de amor próprio altamente evoluída — a mais discreta e, talvez, a mais revolucionária.
(Douglas Duarte de Almeida)
Fé é caminhar entre o incerto e o invisível,
com o coração entregue ao que não se explica.
É aceitar que há pontes sendo construídas
enquanto ainda se caminha sobre o vento.
É perceber que o destino, às vezes,
se disfarça de coincidência,
e que o amor de Deus se revela
nos pequenos acasos que mudam tudo.
Fé é respirar fundo e seguir,
mesmo sem saber pra onde,
com a alma em paz por confiar
em quem conduz o caminho.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Se eu tivesse o dom de te fazer feliz,
Pintaria o céu com o teu sorriso,
Plantaria paz no caminho dos teus passos.
Se eu tivesse o dom de te fazer feliz,
Te guardaria das tempestades do mundo
e cada lágrima que ousasse cair seria apagada antes de tocar teu rosto.
Se eu tivesse o dom de te fazer feliz.
Te daria um amor que não teme o tempo,
daqueles que crescem na alma e florescem no olhar.
Se eu tivesse o dom de te fazer feliz,
Eu faria do teu abraço o meu destino.
Se eu tivesse o dom de te fazer feliz.
Ronaldo de Jesus David.
Recomeçar é um ato de coragem.
É olhar para as próprias cicatrizes
e escolher não parar nelas.
É dar um passo de cada vez
mesmo quando o chão parece novo demais.
É permitir que a alma se renove
e que o coração volte a acreditar.
Recomeço é lembrar que a vida
é generosa com quem insiste em florescer
mesmo depois do inverno.
E, no fundo, é confiar que Deus
sempre sabe por onde nos guiar.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
"Mendigando:
o direito a paz;
a direito de viver;
o direito de amar;
o direito de opinar;
o direito de sugerir;
o direito à atenção;
o direito de pensar;
o direito de sonhar;
o direito de consumir;
o direito a sentir raiva;
o direito a ficar calado;
o direito de ser ouvido;
o direito de ter espaço;
o direito a compreensão;
o direito a fuga emocional;
o direito de visitar a família;
o direito de NÃO ser subjugado;
o direito de NÃO ser condenado;
o direito de NÃO ser manipulado;
o direito de cuidar da saúde física;
o direito de vestir a roupa preferida;
o direito de otimizar a saúde espiritual;
o direito de exercer os próprios direitos;
o direito a preservar a saúde emocional."
(Ronne Paulo de Magalhães)
Muitos acreditam que na vida, a batalha sempre foi vencer os outros.
Mais a batalha mais difícil é vencer a si mesmo.
Muitos quando se perde na própria sombras, entram em desespero.
Dominar o caos na sua mente, é o obstáculo mais difícil.
E quando se toma controle disso! Surge uma luz, renovando as forças e a esperança.
O mundo vai tentar te quebrar, vai rir das suas quedas, das amargas derrotas.
Mais aquele que na sua mente domina o caos! Não se intimida com as dorratas ou a escuridão.
A luz que pode resucitar o ímpio, e tirar ele do medo! É a alegria da alma que nos enche de fé.
Aquele que anda na luz, pode vencer qualquer obstáculo, até a si mesmo.
Mensagens aos detetives dos grupos organizados...
Através de vocês que vivem nos bastidores, aliás, não vivem, não comem, não saem, não se divertem, as suas vidas passam enquanto vocês seguem como escravos, obedecem a pessoas que põe em risco a vida de outros seres humanos.
Através de vocês, pessoas são roubadas, mortas, estupradas, furtadas, invadidas, humilhadas, a troco de quê?
Vocês perdem o direito de viver as suas vidas de verdade em prol de destruir vidas e no fim, faz sentido pra vocês viverem assim?
Vocês tem famílias, crianças, mulheres, animais, seres humanos, uma hora, do jeito que o mal cresce, a sua família será uma dessas vítimas que são perseguidas, mortas, humilhadas, estrupradas, roubadas, destruídas.
Penso que devemos passar pela vida e deixar algo de bom, se permita amar, distribua o amor, não faça guerra, já temos guerras demais!
Se for pra estalquear, que seja pra ajudar a combater o crime e não provocar o crime!
A maior recompensa de fazer o bem, não é porque ele volta para nós.
Quando fazemos o bem, imediatamente nos sentimos bem, sentimos e emitimos boas energias, sensações e hormônios (ocitocina, serotonina, dopamina e endorfina) são liberados.
Fazer o bem nos faz bem, antes, durante e depois do ato. Pense nisso!
Raidalva de Castro
A dor é uma constante lembrança de algo que insistimos em querer esquecer: a vida é dura, cíclica, complexa e incerta.
Caminharei por suas flores e espinhos.
A dor está sempre presente. Ainda que algumas coisas melhorem, aparentemente outras permanecerão como estão.
Levo em consideração dados, fatos que sempre acontecem e se repetem. Ainda que eu seja tentado a acreditar de uma maneira diferente.
Por isso, não devo fugir dela. Se está sempre presente, o único caminho é ter que passar por ela, senti-la, sofrê-la.
O ambiente contribui significativamente para a sua atenuação ou aumento.
Só posso ir até onde sei.
Descansar, respirar.
Não vale mais a pena gastar energia mental se eu já entendi como a vida funciona.
Déjà Vu
"Vem doce, meu bem
Vem doce que o tempo é nosso".
Seu colo, nêga, me coube.
Dos seus braços, recebi dengo.
Descansei debaixo de tuas sombras, baobá.
Degustei dos teus frutos.
Oh, bá!
Me enrolei na tua juba, leãozinho.
Fui me esconder na barra de tua saia,
Fiquei preso entre tuas pernas.
Se eu tivesse o dom da vida,
Te daria a eternidade de sempre
no mesmo corpo ressuscitar.
Sou cético ao espiritismo,
Mas parece que já te peguei
em outro lugar.
Melhor, vários lugares! (Que ritmo!)
A poesia pra nós, passa pano.
Seria um déjà vu?
An!? Já visto!
É como noutro plano
ouvir Djavan=Caetano.
Mar é tu,
provoco tua ressaca (pompoarismo)
E te aguardo na beira da praia de manhã.
Nas profundezas da tua carne negra, nêga,
Eu me joguei de corpo e alma.
Lábios de jabuticaba,
Não há caba que resista-os.
Provca meu nervo vago.
É o id freudiano.
Você não pode ter cabimento,
Porque derrama pelos lados.
Na maré masna,
atraquei meu barco em ti, Mar.
Minha vela foi guiada pelo teu vento.
Quem vem lá sou eu
À cancela bateu,
Madrugada rompeu
Marinheiro sou eu!
Vem desaguar em mim porque sei mergulhar,
Sou profundo.
"E esqueço que amar é quase uma dor"
A posteriori, tu:
..."é o som,
é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta".
Maria (Aguenta!)
A vida lhe fez assim:
Doce ou atroz
Mansa ou feroz
Eu, caçador de ti,
Mata Doce (Matar-doce).
Em tu não há curvas,
(mas tem linhas de poesia)
Me escondo na moita.
Cheirosa, Mata Doce, Maria.
Em vossa pessoa tem encanto.
Compõe o cenário, o texto que és:
Minha voz eu-lírica, alegria.
Nós temos um vocabulário próprio,
Um acontecimento veio descrever:
Só cabe a nós conjugar, viver o lexema
Num olhar, no argumentar com os lábios, num abraço, num poema.
Sob a poética de Milton Nascimento:
"Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer o sonho acontecer".
Se tu me permitir:
Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido mar mergulhar
Fazer borbulhas de amor pra te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti.
"Quando acordei estava só
Sem ter ninguém do meu lado,
Era muito mais melhor
Que eu não tivesse sonhado.
Quem já vai no fim da estrada
Levando a carga pesada
De sofrimento sem fim,
Doente, cansado e fraco
Vem um sonho enchendo o saco
Piorar quem já está ruim".
O sol se inclina no horizonte,
e a Base de Santa Cruz silencia por um instante...
Não é o som das armas que domina o ar,
mas o pulsar de dois corações que escolheram caminhar juntos.
Hoje, diante dos irmãos e irmãs de farda,
somos testemunhas de algo que nenhuma patente explica:
o amor força que nenhuma guerra vence, e nenhum comando apaga.
Loba Hanson e Ravenna Leatrice...
duas almas forjadas na disciplina,
lapidadas na dor,
e elevadas pela coragem.
Hoje não há hierarquia entre vocês.
Não há posto, nem comando
apenas o sagrado laço de duas vidas que se reconhecem.
O amor é o mais nobre dos pactos,
e esta cerimônia não marca o início de uma caminhada,
mas o reencontro de duas almas que sempre pertenceram uma à outra.
Loba — que carrega em si a bravura e o instinto de proteção.
Ravenna — que traz na alma a sabedoria e a chama serena.
Juntas, formam o equilíbrio perfeito entre força e ternura,
razão e sentimento,
guerra e paz.
Que este laço seja luz nos dias escuros,
escudo nas horas de batalha,
e abrigo quando o mundo lá fora se tornar frio demais.
Bênção poética
Então que o vento leve o nome de vocês
para além dos muros da Base,
e que os céus de Santa Cruz testemunhem esta união.
Que as estrelas desta noite guardem suas promessas,
e que, onde houver escuridão,
seja o amor de vocês a primeira luz que se acende.
Pelo poder que me é confiado,
sob o olhar do Alto Comando e sob a benção do próprio destino,
declaro:
Loba Hanson e Ravenna Leatrice unidas pelo amor, seladas pela coragem, e eternas sob o símbolo de Santa Cruz.
🕊️✨
Que viva o amor, e que jamais falte honra ao coração que escolhe amar.
Dom Romanov, pseudônimo de Gustavo de Paula em OneState.
HARU , A FEDERAL DE SANTA CRUZ
por um velho poeta de alma ainda em brasa
Há nomes que soam como vento em bandeira,
e há almas que marcham antes do som do tambor.
Haru... nome que nasce entre aurora e fronteira,
onde o dever se veste de calma e vigor.
Tua farda não é pano, é pele sagrada,
costurada com fios de coragem e luz.
Carregas no olhar a nação amparada,
e no peito o selo de Santa Cruz.
Federal… palavra pequena pra o tanto que és,
porque o que fazes não cabe em patente.
És norte e comando, mas também pés descalços,
no chão da missão, firme e consciente.
Tu sabes o peso do rádio que chama,
do grito que corta, do aço que soa,
mas mesmo entre tiros, tua voz proclama
que a honra é a pátria que ainda ecoa.
E quando a lua toca o aço da espada,
a cidade dorme e tu segues em pé.
Haru, mulher de alma alada,
que ensina que o poder é também fé.
Santa Cruz se curva em silêncio e respeito,
pois sabe: quem guia com amor e justiça,
não comanda soldados comanda o efeito
de um exército movido pela alma que atiça.
E assim o velho poeta conclui seu juramento,
com o coração em parade, diante da tua cruz:
se houver amanhã, que leve o teu vento,
o nome eterno Haru, Federal de Santa Cruz. 🕊️
Dom Romanov, pseudônimo de Gustavo de Paula em OneState.
