Amor Textos de Luis Fernando Verissimo
Quero num dia de outono,
contar as folhas que caem do ipê,
Quero nas manhãs de inverno,
aconchegar-me ao teu abraço confortante.
Quero numa tarde de primavera,
contemplar o voo da borboleta.
Quero no verão de nossas vidas,
viajar rumo ao brilho do sol,
abrasando nossos corações e inebriando nossas paixões.
E que fresco e feliz horror o de não haver ali ninguém! Nem
nós, que por ali íamos, ali estávamos. . . Porque nós não éramos
ninguém. Nem mesmo éramos coisa alguma.. . Não tínhamos
vida que a morte precisasse para matar. Éramos tão tênues e
rasteirinhos que o vento do decorrer nos deixara inúteis e a hora
passava por nós acariciando-nos como uma brisa pelo cimo de
uma palmeira.
Não tínhamos época nem propósito. Toda a finalidade das
coisas e dos seres ficara-nos à porta daquele paraíso de ausência.
Imobilizar-se, para nos sentir senti-la, a alma rugosa dos
troncos, a alma estendida das folhas, a alma núbil das flores, a
alma vergada dos frutos. . .
E assim nós morremos a nossa vida, tão atentos separadamente
a morrê-la que não reparamos que éramos um só, que cada
um de nós era uma ilusão do outro, e cada um, dentro de si, o
mero eco do seu próprio ser. . .
Zumbe uma mosca, incerta e mínima. . .
Raiam na minha atenção vagos ruídos, nítidos e dispersos, que
enchem de ser já dia a minha consciência do nosso quarto...
Nosso quarto? Nosso de que dois, se eu estou sozinho? Não sei.
Tudo se funde e só fica, fingindo, uma realidade-bruma em que
a minha incerteza soçobra e o meu compreender-me, embalado
de ópios, adormece. . .
A manhã rompeu, como uma queda, do cimo pálido da Hora.
. . Acabaram de arder, meu amor, na lareira da nossa vida,
as achas dos nossos sonhos.. .
Desenganemo-nos da esperança, porque trai, do amor, porque
cansa, da vida, porque farta, e não sacia, e até da morte, porque
traz mais do que se quer e menos do que se espera.
Desenganemo-nos, ó Velada, do nosso próprio tédio, porque
se envelhece de si próprio e não ousa ser toda a angústia que é.
Não choremos, não odiemos, não desejemos. . .
Cubramos, ó silenciosa, com um lençol de linho fino o perfil
hirto da nossa Imperfeição. . .
A pálida luz da manhã de Inverno,
A pálida luz da manhã de Inverno,
O cais e a razão
Não dão mais esperança, nem uma esperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem um vazio sequer,
Para o meu esperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie - nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.
Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso.
Não choro por nada que a vida traga ou leve. Há porém páginas de prosa que me têm feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noite em que, ainda criança, li pela primeira vez numa selecta o passo célebre de Vieira sobre o rei Salomão. «Fabricou Salomão um palácio...» E fui lendo, até ao fim, trémulo, confuso: depois rompi em lágrimas, felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele exprimir das ideias nas palavras inevitáveis, correr de água porque há declive, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais - tudo isso me toldou de instinto como uma grande emoção política. E, disse, chorei: hoje, relembrando, ainda choro. Não é - não - a saudade da infância de que não tenho saudades: é a saudade da emoção daquele momento, a mágoa de não poder já ler pela primeira vez aquela grande certeza sinfónica.
Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a ortografia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-ma do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.
o sino da minha aldeia
O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Sabe pequena
Vejo você falar de amor
Vejo você curtindo textos sobre amor
Vejo você mencionando outras pessoas sobre amor
Vejo você em uma entrega que infelizmente não é para mim
Uma entrega que nunca foi para mim
E eu não conseguia aceitar isso
Eu não conseguia respeitar isso
Pois como alguém que diz amar faz todas essas coisas?
Sabe pequena
Nesse meio tempo eu vi muita coisa
Vi "aquele" dizendo que gostava do seu cafuné
Cafuné que eu sempre quis
Para outros vi algumas declarações
Declarações que eu sempre quis
Declarações que um mês atrás eu estava precisando
Mas não apenas de suas palavras doces
Mas de seus gestos
Você consegue imaginar como eu me sentia vendo tudo isso ?
Qual foi a sua intenção pegando o que eu sentia por você e tratando desta forma?
Qual foi a sua intenção?
Me machucar?
Sabe meu amor
Sei que o que eu sinto por você é forte e intenso
Sei que o que eu sinto por você talvez dure a vida toda
Mas infelizmente cheguei a conclusão que todas as imagens que construí do seu sentimento por mim sejam uma grande mentira, uma ilusão
Pois você não sustentou esse sentimento
Você não lutou por mim
Tudo que soube fazer foi me ofender
Estava insatisfeita com suas relações
E usou do meu sentimento
E por favor, não diga o contrário
Existem fatos, provas
E você não foi capaz de me provar que não era isso
Sabe pequena,
Você me disse que tenho um lugar no seu coração que outro jamais ocupará
Você também, mas o que eu digo é verdade
E o que você diz? É ?
Disse que você se sente forte e estimulada do meu lado
Que o "amor" comigo é o melhor
Depois dissimulou quanto a isso
E me deixou em meio a verdades e mentiras
Você nem sequer se colocou no meu lugar
Justo eu que te quero tão bem
Justo eu que amei suas qualidades, e até mesmo seus defeitos
Justo eu que fui aquele capaz de te perdoar sempre
Justo eu que sempre te incentivei
Quando eu acreditei nas suas palavras
No seu e-mail
Tudo que eu queria era que você apagasse todas essas minhas velhas e recentes mágoas
Que demonstrasse em mudanças amor por mim
Eu queria aquele seu cafuné
Aqueles seus três sorrisos que você pode achar o contrário, mas sei cultiva-los muito bem
E posso arranca-los a qualquer instante
Sabe JD eu queria que você se arriscasse por mim
Que você provasse seu amor
Que você aparecesse diante de mim sem aviso prévio e abrisse seu coração
Queria que você jogasse todas as mágoas que sente de mim fora do seu corpo e sua alma
E que jogasse em cima de mim apenas esse sentimento que você dizia ter
A maior demonstração de amor que você poderia fazer é superar este seu orgulho
Mas em meio a isso tudo tenho medo
Pois não sei se esse é um sentimento seu
Se é um hábito, um costume, se eu fui usado
Pois em todos os seus gestos encontrei contradição
Isso me magoa muito
Pois depois você não faz questão alguma de esconder o que fez comigo
Não fez questão alguma de omitir que fui uma opção para você
Sabe, isso de certa forma é esclarecedor
Mas me deixa profundamente entristecido
Eu não entendo por qual motivo disse que me amava
Se não podia sustentar isso
Não entendo o porque de sua vinda já estar anunciada
E uma simples pergunta fundamentada em uma insegurança que você plantou em mim acarretou em tudo isso!
Seria porque a outra opção passou a te valorizar?
Seria porque você teria pensado melhor?
Sabe pequena, amor não é confuso assim não!
Até o último instante eu tentei
Tudo o que você fez foi me deixar em meio a escuridão
Em meio ao silêncio
Enquanto um dos meus braços eram tatuados
O outro segurava o celular para falar contigo
Eu dizia coisas do tipo: Você me ama?
Vamos nos acertar?
E tudo que eu tinha era a sua indiferença
Tudo que eu tive foi um: "Mais tarde conversamos se eu não sair"
E naquele momento eu te disse:"Vou dar valor para quem dá valor para mim"
E tudo que eu tive foi um breve silêncio em que me ignorou
Em que na única vez que veio falar comigo foi para dizer que eu tinha ido para a festa
Não entendo por qual motivo me disse que tudo seria diferente
Se não mostrou que seria diferente
Não entendo porque você fez eu me sentir como sendo uma opção
O que eu te fiz pequena?
Porque sua forma de agir é tão destrutiva?
E foi depois de tamanha indiferença e falta de gestos que resolvi me desvincular de você
Eliminei a única coisa que de alguma forma nos ligava
Uma simples conta
Mas ainda assim um pretexto para conversarmos
E foi quando te informei
Você me respondeu
E no fim disse: "Não tem mais nada para falar?"
O que eu teria para falar ?
Pedir para você me amar? Isso não se pede
Tentar me acertar com você? Olhe nossas conversas, foi o que eu mais tentei fazer!
Me declarar? Pensei que teria percebido isso nos meus gestos e das inúmeras vezes que relevei seus erros em um curto espaço de tempo
Ou talvez tenha sido algo do gênero: "Bom já disse o que queria? Pois não tenho mais nada para falar com você!"
Sinceramente
Diante de tanta frieza
Talvez tenha sido isso mesmo que você quis dizer
E me diga, como pensar o contrário?
Como que eu poderia continuar demonstrando o meu melhor para alguém constantemente demonstra sua confusão, suas mentiras?
Para alguém que aceita criticas construtivas como ofensas
Quando eu disse que você não tinha capacidade de algo?
Sabe pequena, falei apenas de preparo
Falei apenas de estabilidade
Para que você não fique batendo a cabeça por ai
Para que você não seja apenas uma sonhadora
Mas sim uma grande construtora!
Sabe pequena, eu cansei, eu chorei muito
Eu me magoei, eu me puni muito por ter acreditado novamente em você
E dessa vez preferi o meu sorriso ao invés dos seus três sorrisos
E aceitei não tê-la mais na minha vida
Algo que antes eu por algum motivo não aceitava
Nem eu sabia disso
Só soube quando te vi novamente
Mas para minha surpresa
Pouco tempo após o seu: "não tem mais nada para falar"
Vi corações e marcações suas referindo-se a sua primeira opção
O tempo nos revela
E também machuca
Mas nos liberta
Por isso eu tentei me libertar de você
Procurei tiras as sujeiras e alguns machucados que deixou em meu coração
E agora entrego o que tenho de melhor para outra
O que será feito com este meu coração? Não sei
Mas depois do que foi feito com ele, me sinto ainda mais estimulado a ser intenso em todas as minhas relações, pois qual mal a mais poderia me acontecer?
Infelizmente existem coisas que só sinto com você
Sorrisos meus que são só seus
Infelizmente nem o tempo nem a vida vai apagar isso
Cabe a mim agora construir momentos novos, e lembranças novas que antes eu queria construir com você
Só com você! Mas você não deixou
Não entendo a concepção que tu tens de amor
Não entendo como você pode me ver da forma que vê
Não entendo o mal que te fiz nessa possibilidade de retorno
E quanto ao amor?
Não sei sua visão, suspeito de sua visão
Mas para mim, amor é:
Um casal que em um balada de rock as pessoas ficam impressionadas com a sua autossuficiência, de não precisarem estar próximos, e ainda assim estarem próximos
Um casal que ao discutir olha um para o outro e começam a sorrir
Um casal que ao dizer um: "EU TE AMO" consegue deixar lágrimas caírem dos olhos
Um casal que vai para Nárnia
Um casal que faz guerra de ovo
Um casal que corre no supermercado
Um casal que joga óleo um no outro
Um casal em que um acorda o outro com um copo de água e depois ficam deitados sorrindo
Um casal que entende o gesto um do outro
Um casal que tem um filho, sem ser necessariamente um filho
E agora infelizmente construo possibilidades em algo que não sei como será
Mas algo que não me agride desta forma
Algo que não mente
E o pior é que eu queria apenas a sua estabilidade
Queria te ajudar a construir um futuro
Queria ser a sua estabilidade
Todas minhas mudanças estavam engatilhadas
Queria te mostrar direções
Queria ser um amante e um amigo
Nós seriamos um grande casal, e você sabe disso"
Mas não somos por causa de você: Jeanne Dalio
Quero apenas que saiba que não te acho uma incapaz
E no fundo você sabe disso
Torço muito por você
E espero profundamente te reencontrar
Não nessa, mas na outra vida
Mas se por ventura for nessa
Que ai sim você seja capaz de fazer tudo o que não fez
Pessoas perfeitas não mentem, não bebem, não brigam, não erram e não existem. Nesse mundo só existem pessoas que fazem a diferença em meio às imperfeições. Enquanto alguns perdem tempo escolhendo pessoas perfeitas, eu escolho as que me fazem bem. Fala sério!! Querer um ser perfeito é o mesmo que desejar não existir!
PAIXÃO
Quando pouso meu olhar
Sobre ti
Contemplo a mais linda imagem
Que já vi
Quando ouço a voz
Que vem de ti
Penso que um anjo ouviu
Quando meus braços
Abraçam a ti
Sinto as melhores sensações
Que já senti
Quando meus lábios
Encontram-se com os de ti
Já não consigo descrever
O que vi, ouvi ou senti,...
Aquele poderia ter sido o mais lindo poema
O mais lindo de todos os textos
Daqueles repletos de tom nostálgico
De palavras que são capazes de te emergir em reflexão
Você lê, viaja, sente gostos, texturas, olhares
Revive momentos, revive pessoas e lugares
Por um instante todo o medo se esvai
Acredita que construindo um começo certo
Vai acabar por construir o fim correto
E novamente você fica cego, e assim como uma criança acaba por dizer aquilo de mais sincero que sente em seu coração
Que tolo eu
Por alguns momentos algo que você não imaginava existir toma grande parte do seu corpo, parte do seu ser, e aquela euforia antiga então toma sua alma
Como daquela vez em que a coloquei em meu colo e te mostrei para todos
Mas sentimentos grandes muitas vezes não cabem em pessoas de coração cigano
Pessoa incapazes de construir um inicio
Mas peritas em desenrolar um fim
Desconstrutoras de sentimentos
E construtoras de mágoas que nunca admitem
Desconhecedoras da palavra perdão
Penso em como é ingenuo este meu coração
E como é triste este seu coração
Coração solitário, incapaz de amar
Sim! Incapaz de amar!
Pois pensa que outros corações batem na mesma frequência insana e confusa que o seu
Coração que brinca, que vive de triângulos amorosos
Coração que quando machucado lembra daquele outro coração machucado, mas que esta em paz
Aquele coração que usa outro para trazer mais vermelho ao seu tão triste e gélido cinza
Coração que acha que os outros são opções, quando na verdade suas alternativas não culminam em nada
Coração que quando no outro encontra o cinza, acabar por ir buscar aquele antigo vermelho
Mas ei! Vermelho não e sua cor favorita!
É cinza!
Porque de cinza você é feita
E por isso só o cinza você será capaz de amar
Pois quanto mais te fizerem sofrer
Mais você vai gostar, pois é a sua forma de amar
Amar sofrendo
Não existe clube de pessoas que se odeiam
Para você não importa o quão aparentemente "desajeitado" e PRIMATA aparentemente e psicologicamente é aquele "coração"...
Na verdade é aquilo pelo qual você acredita ser merecedora
E provavelmente é
Triste "princesa" desconstrutora de poemas
Covarde, e confusa
Incapaz de eternizar palavras e demonstra-las em gestos
Vê vermelho no que é cinza
E cinza no que é vermelho
Aquele coração que pede todas as garantias
Aquele coração que gosta de ouvir e que pouco fala
Que se desdobra para ouvir, para saber, esclarecer
Que pouco diz
E quando diz
Nada diz
E se diz
Mente
Coração que cobra, mas não doa
Que quer por inteiro, mas não é inteiro
Que por um momento expressa, é romântico
E em outro momento corre
Foge!
Acabando por demonstrar sua tão triste confusão
Coração não só cinza
Mas doente
Sofre, pois só vê em outros corações o reflexo de si mesmo
Coração o que você procura afinal ?
Existem corações que de tão sozinhos são incapazes de estender as mãos, de lutar e ser sinceros consigo mesmo
Talvez sejam estes corações mortos e por isso tão frios e gélidos
Assassinos de sua própria alma
Inimigos do seu futuro
Apaixonados pela inércia confusa
Coração que espera resultados diferentes tendo as mesmas atitudes
De nada adianta essas suas tão superficiais mudanças
De nada adianta declarar essa tão mentirosa evolução
Seu coração não ficara vermelho se você continuar sendo essa pessoa cinza de sinceridade
Cinza de indiferença e consideração
Seu coração não ficara vermelho e sadio se afastar os outros de você
Creio que sua cura seja você se afastar de você
Tolo eu, com a faca e o queijo na mão
Com todas as informações, mas ainda assim crente em ti
O ser humano de fato é muito ingenuo
Se contenta com tão "pouco"
E se alegra com tantas possibilidades que em um primeiro momento parecem tão puras, tão sinceras
E ele acreditava que poderia ser melhor, mesmo sabendo o que o AGUARDAVA
Humano tolo eu
Capaz de amar e "desamar" em um dia
Acreditar e desacreditar
Você queria tanto ouvir aquilo de mim
E ouviu a mais pura verdade vinda de mim
Senti por você aquele velho amor
E como resposta recebi aquele velho eu te amo carregado de falsidade e insanidade
E foi ai que imediatamente entrou aquele tão triste, mas presente rancor
E da mesma forma que te disse: Não estou mentindo, te amo!
Você me disse: Não te enganarei
E agora é meu papel te dizer que este foi um "incrível" mas sem aspas
Um INCRÍVEL! Tempo perdido
Quantas letras, palavras, frases, textos serão necessários que eu escreva? Eu não sei!
Quanto das minhas lágrimas cairão enquanto escrevo? Não sei! Choro o tempo todo até não ter forças.
Quando penso que minhas lágrimas secaram uma fonte de tristeza brota em mim, eu entro num ciclo de dor e começo a me afundar, fico sem ar!
Já não sei ao certo porque escrevo, talvez para sobreviver a essa dor, expurga-la! Mas tenho falhado, a dor é insistente, não vai embora, ela permanece, flagela minha alma em pontos vitais!
Não sei se escrever está dando certo, pois na minha mente escrevo coisas o tempo todo, quando estou acompanhado de pessoas não consigo prestar atenção nelas, só ouço e sinto a dor latente que custo a controlar, ela me vence com certa frequência!
Já pensei em escrever um livro sobre nós! Um romance com final trágico, melancólico, triste, porém cheio de amor, seria a forma de transbordar e me inundar de você! Mas parece errado, algo cruel de se fazer comigo mesmo.
Mas ainda assim fui corajoso, comecei a escrever o romance, estava dando certo, mas parei, fiquei com medo de enfrentar coisas as quais me arrependo.
Reviver nossa história me leva para um lugar do qual estou tentando sair, não está fácil, parece que estou aprisionado, é só dor, é só sofrimento.
Ainda assim eu revisito esses lugares, não consigo controlar, faz parte do meu estranho processo que varia entre cura e morte, mas eu só quero sobreviver a isso tudo!
Como faço para te esquecer? Como faço para deixar de te querer? Como paro de te admirar? Como aceito a realidade? Você só me ensinou a te amar! Não me ensinou a te esquecer!
Para muitos essa dor pode parecer exagerada, mas não, é difícil quando você tem a sensação de que perdeu o amor da sua vida! Será que era mesmo? Reconhecer e perceber isso é extremamente fatal!
Não se trata de uma dependência emocional, de vulnerabilidades, fragilidades ou traumas infantis, é somente a tristeza, arrependimento e melancolia nas suas mais profundas personificações!
Quando o grande amor se vai, em parte a esperança se vai, você se depara com o nada! E ele é sombrio! Vazio, se faz presente e é bem aterrorizante, parece que as coisas perdem a cor, a vida fica mais amarga, os tons ficam deturpados e escuros, você se perde de si mesmo e parte de você morre! Mas não é uma morte rápida, ela te corrói aos poucos, vem de diversos cantos e te sufoca, desorienta sua visão e joga o passado contra você! Te julga, te mostra, te cobra, te oblitera! E você por fim fica em cacos! Quebrado!
É assim que me sinto, um zumbi em cacos, sem alegria, é como se todo o propósito que tinha se ofuscasse diante dos meus olhos! Que angústia, que aflição, que tormento maldito! Eu não aguento mais essa dor! Eu não queria estar nessa situação! Preciso sair desse lugar, preciso sair daqui!
Alguns dizem que pessoas autossuficientes, com amor próprio e que sabem lidar com a solidão conseguem passar por essas tormentas com facilidade, dizem que uma separação não é o fim do mundo, que a vida prossegue seu ciclo natural, bem, no passado eu lidava bem com a solidão, já passei por separações e sobrevivi, era destemido, forte, autossuficiente! Construí minha vida sozinho! Mas você! Você surgiu na minha vida e me mostrou um tipo de amor do qual eu nunca tinha recebido, abalou as minhas estruturas, me renovou, me ensinou! Sei que muita gente me ama, mas é como seu eu nunca tivesse conhecido e recebido esse tipo de amor! Era o que eu estava esperando por minha vida toda e nem sabia! Tento explicar isso para as pessoas, mas elas não compreendem.
Me lembro que uma vez me disse que seu coração pesava toneladas, creio que você o descarregou em mim, eu nunca tinha vivido em uma inundação de amor, zelo e compreensão.
A verdade é que eu não aguento mais escrever sobre você, é frustrante, é como se eu tivesse somente isso para dizer, antes eu tinha tantas coisas para falar, fazer, sentir, viver, sinto que quando você se foi perdi algo que eu nem sei o que é, estou tentando descobrir, preciso encontrar isso logo.
Olhar de menino
O ônibus prossegue pela rodovia. O sol castiga a terra. O sol e com o que vem junto: a sede.
Sorriso alargado, o menino se sente em uma aventura, um adulto! A mãe contava moedas como se contasse pérolas. E durante uma parada foi surpreendida pela pergunta:
- Mãe, me dá um sorvete? Parecia incondicional... mas ela foi tolerante, e o menino sentiu um refrigério, um manancial em seu interior árido.
O menino era tão simples e inocente que não enxergava as dificuldades vividas por ele e sua mãe. Talvez seja melhor assim.
Enxergava a vida com um olhar traquina. O filho olha para futuro a mãe olha para o presente.
- Mãe, cadê o seu sorvete? Com um semblante sereno ela respondeu:
- Assim que puder eu compro, meu filho. Porém o vendedor lhe disse:
- Não minha senhora. Eu faço questão de oferecer por conta da casa.
Caindo em si, o rapaz entendeu que moedas não compram momentos felizes.
Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha sem ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas
E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver
Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca
E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela
Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas
E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.
O instante
Onde estarão os séculos, o sonho
de espadas, o que os tártaros sonharam,
onde os sólidos muros que aplanaram,
onde a árvore de Adão e o outro Lenho?
O presente está só. Mas a memória
erige o tempo. Sucessão e engano,
esta é a rotina do relógio. O ano
jamais é menos vão que a vã história.
Entre a alba e a noite há um abismo
de agonias, de luzes, de cuidados;
o rosto que se vê nos desgastados
e noturnos espelhos não é o mesmo.
O hoje fugaz é tênue e é eterno;
nem outro Céu nem outro Inferno esperes.
*hehehe
*Que faço?
*Serei poeta eu?
*Que nada bufão eu sou!
*Chamam-me de bobo, idiota, imbecil...
*Concordo sem rancor!
*Mas, se me chamam de mongo...
*Ah....
*Choro!
*Com louvor!
*Fui coroado, rei dos bufões, dos bobos e dos Arlequinos.
*Sim sou palhaço
*amo o que faço
*vivo rindo, e fazendo os outros sorrir!
*E tu, o que fizeste pela vida!
Os Justos
Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez nem lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de um certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.
Minha saudade tem cheiro...
E um abraço, mais que abraço, um dom...
Diz que não tenho 1.80...
Mas tem um apertar, tão bom...
Minha saudade tem cheiro...
Cheiro a amor, cheiro a carinho...
Porque quando sinto o teu aperto e te inalo...
Sei que não estou sozinho...
Minha saudade tem cheiro...
E para lá do cheiro, aquele olhar...
Que me mergulha na alma...
Que me salva de naufragar...
Minha saudade tem cheiro...
Esse cheiro, que é tão teu...
Que o meu coração te sente à distância...
E, embora distante, te sente tão seu!
Luis Miguel
Vestiu-se de vermelho.
Vestiu-se de vermelho em um dia ensolarado, com os seus cabelos empurrados pelo vento perturbado por tanta beleza, os seus olhos ocultados pelas lentes escuras ofuscando o brilho de possíveis hipnoses...
Vestiu-se vermelho...
Ondas ultravioletas debatem-se com tamanha beleza.
“B “de beleza... “B” de “Bru”
Vestiu-se de vermelho...
Cor da perdição e da paixão ... que ilusão, sobrevive coração.
Ivan Luís roseira da Costa
Infalival mãe natureza que com a suas linhas de beleza fascinam o nosso consciente, acalmam os nossos corações e alimentam a nossa alma..
Ao contemplar tal beleza sentimos os espíritos que cantam balanceando as folhas e estalando os galhos e em sua volta desfrutamos do gorjear dos pássaros que gorjeando massajam os nossos canais auditivos.
Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversa descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:
- Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranqüilidade o médico respondeu:
- Boa tarde senhora, em que posso ser útil?
Ríspida,ela respondeu :
- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando um médico?
Mantendo - se calmo, contestou:
- Boa tarde senhora! O médico sou eu, em que posso ajuda-la?!
- Como?! O senhor?! Com essa roupa?!...
- Ah! Senhora! Desculpe! pensei que a senhora estava procurando um médico e não uma vestimenta...
- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que vestido assim, o senhor nem parece um médico...
- Veja bem como são as coisas - disse o médico - as vestes não parecem dizer muitas coisas, pois quando vi chegar, tão bem vestida, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente e depois daria ''Boa Tarde''.
MORAL DA HISTÓRIA:
Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito... As aparências nem sempre falam por si...Um dos mais belos trajes da alma ainda é a educação!
Quero me casar com você, porque é a primeira pessoa que quero ver ao acordar de manhã e a única que quero dar um beijo de boa noite. Porque a primeira vez que vi essas mãos, não pude imaginar não segura-las. Mas principalmente, porque quando se ama alguém como eu te amo, casar é a única coisa a fazer.
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