Amor Textos de Luis Fernando Verissimo
Prefiro pessoas pensativas, provocantes, predominantes. Por que? Privilegiadas….personalidade parceiro! Param, pensam, prosseguem! Pilantragem, palhaçada, proveito próprio, proliferando problemas, prostituição, pecados por passatempo? Pra prisão! Pode parar! Prevenimos! Preocupados? Pelo presente posso parecer petulante, proclamando poesia parecendo poeta, pode parecer pouco. Porém pedimos paz,princípios, paciência, paixão. Pare, pense, por que?
Já não sei mais chorar, a dor me consome por dentro e até as lágrimas, fonte de desabafo, ela rouba de mim. Queria ser mais condescendente com você, mas continuo sendo humana demais para aceitar tantos maus tratos, queria que estivesses no meu lugar ao menos uma vez, e verias quão mal fez para mim!!
Só os analfabetos funcionais confundem a precisão dos conceitos com a rigidez mecânica de alguma linguagem fixa e estereotipada. Entre a expressão viva ou até paradoxal de uma impressão e o apelo a algum chavão de compreensão automática, o escritor preferirá sempre a primeira. Eis porque os Pirrôlas da vida não podem ler obras de escritores, só manuais escolares.
"... Eu me desnudo emocionalmente quando confesso minha carência – que estarei perdido sem você, que não sou necessariamente a pessoa independente que tentei aparentar. Na verdade, não passo de um fraco, cuja noção dos rumos ou do significado da vida é muito restrita. Quando choro e lhe conto coisas que, confio, serão mantidas em segredo, coisas que me levarão à destruição, caso terceiros tomem conhecimento delas, quando vou a festas e não me entrego ao jogo da sedução porque reconheço que só você me interessa, estou me privando de uma ilusão há muito acalentada de invulnerabilidade. Me torno indefeso e confiante como a pessoa no truque circense, presa a uma prancha sobre a qual um atirador de facas exercita sua perícia e as lâminas que eu mesmo forneci passam a poucos centímetros da minha pele. Eu permito que você assista a minha humilhação, insegurança e tropeços. Exponho minha falta de amor-próprio, me tornando, dessa forma, incapaz de convencer você (seria realmente necessário?) a mudar de atitude. Sou fraco quando exibo meu rosto apavorado na madrugada, ansioso ante a existência, esquecido das filosofias otimistas e entusiasmadas que recitei durante o jantar. Aprendi a aceitar o enorme risco de que, embora eu não seja uma pessoa atraente e confiante, embora você tenha a seu dispor um catálogo vasto de meus medos e fobias, você pode, mesmo assim, me amar..."
O trabalho era atrapalhado, às vezes por minha falta de jeito, outras de propósito, para desfazer o feito e refazê-lo. (...) Mas os cabelos iam acabando por mais que eu os quisesse intermináveis. (...) Desejei penteá-los por todos os séculos dos séculos, tecer duas tranças que pudessem envolver o infinito por um número inominável de vezes. Se isto vos parecer enfático, desgraçado leitor, é que nunca penteastes uma pequena, nunca pusestes as mãos adolescentes na jovem cabeça de uma ninfa.
"Ela disse: “Estou com tanto medo…” E eu perguntei: “Por quê?” Aí, ela respondeu: “Porque estou me sentindo profundamente feliz. E uma felicidade assim é assustadora.” Voltei a perguntar por quê, e ela prosseguiu: “Só permitem que alguém seja assim tão feliz se estão se preparando para lhe tirar algo”."
A princípio foi esse olhar um simples encontro; mas, dentro de alguns instantes, era alguma coisa mais. Era a primeira revelação, tácita mas consciente, do sentimento que os ligava. Nenhum deles procurara esse contato de suas almas, mas nenhum fugiu. O que eles disseram um ao outro, com os simples olhos, não se escreve no papel, não se pode repetir ao ouvido; confissão misteriosa e secreta, feita de um a outro coração, que só ao Céu cabia ouvir, porque não eram vozes da Terra, nem para a Terra as diziam eles. As mãos, de impulso próprio, uniram-se como os olhares; nenhuma vergonha, nenhum receio, nenhuma consideração deteve essa fusão de duas criaturas nascidas para formar uma existência única.
A minha vida é feliz porque eu te amo. Você apareceu e tudo se transformou. Nada pode me abalar, tudo sempre fica melhor. Te amar me dá forças pra eu realizar meus sonhos. Me tornei o meu melhor, me dou todos os dias para ser melhor do que ontem. Me dedico nesse amor, por que sei que encontrei como se viver feliz. Sempre quero estar contigo, Amor.
E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo.
Não vou falar dessa tristeza, não vou desacatar a esperança de um momento maior de luz. Só estou desassossegada e me sinto só em meio às mudanças bruscas que a vida impôs. Tudo foi se afunilando, mas eu já havia pressentido e nada fiz. Não posso reclamar do que me assusta, só posso agradecer porque o dia é feito de 24h e de hoje em hoje tanta coisa pode acontecer. Não vou enaltecer essa coisa doendo na garganta, é apenas um instante estranho, uma tristeza de domingo chuvoso. Nem posso reclamar do que vou perder, eu que ganhei tanta coisa quando nem precisava. talvez seja tão melhor o que vem pela frente. Talvez eu esteja recusando aceitar uma alegria imensa. Por isso, não vou falar dessa tristeza que só por hoje me arranhou o sorriso, embargou minha voz, abaixou minha cabeça, inchou meus olhos de água salgada. A tristeza não é nada para quem tem a favor de si, tanto amor, algum afago, um esboço de poesia… Essa é só uma fase rasurada, uma dor que não acabou de doer. E mais nada.
Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que enchem o panorama da história e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a história.
eles dizem que estou vivo, e eu não sinto isso, eu sinto que estou respirando, sinto meu coração batendo aqui dentro e ele doí, sinto meu olhos chorando pelo fim de algo que nem teve um começo, eles dizem que eu estou vivo mas eu não estou, quero dizer, o meu corpo está vivo, é minha alma que está morta.
"E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
Não deixa que desacertos da vida tirem o seu foco, sempre olhe para frente respeitando as diferenças e superando suas dificuldades! A vida é muito mais que seus problemas, a vida é tão tranquila para ficarmos chorando e desviando nossa atenção para pequenos momentos ruins! Momentos bons são a maioria!
Ainda é inverno, mas o sol acaricia a pele da cidade e faz recortes de luz feito um mosaico. Andar por aí é como passear numa aquarela ainda fresca, suas cores dançando, nenhuma paisagem ainda definida. Primavera se ajeitando e carregando de vermelho as pitangueiras. (…) Como não estar feliz e ser grata por tanta beleza gratuita? (…) Estejamos prontos para as maiores delícias e saibamos receber amorosamente esta atmosfera suave.. todo o resto tem solução.
"Goethe dizia que a maior força que existe é a personalidade humana. Para você ter força na atuação pública, a primeira coisa é: você tem de ser você mesmo. Você tem de ser mortalmente sincero com você mesmo e com Deus. Ser aquilo que você é, sem se orgulhar de ‘ser você mesmo’. Não, eu não me orgulho de ser eu mesmo, eu simplesmente sou. Eu não consegui ser outra coisa. Na medida que você aparece, não com uma personalidade forjada, não com uma máscara, mas com seu coração na mão — a sinceridade –, as pessoas te ouvem. Isto já era o segredo de Sócrates: Sócrates chamava o testemunho de seus ouvintes (…). Se você soubesse o número de pessoas que me escreve dizendo que eu disse o que elas estavam tentando dizer! Eu não estou aqui para dar minha opinião, estou aqui para dar a sua."
Se a mulher foi, muitas vezes, comparada à água, é entre outros motivos porque é o espelho em que o Narciso macho se contempla; debruça-se sobre ela de boa ou de má-fé. Mas o que, em todo caso, ele lhe pede é que seja fora dele tudo o que não pode apreender em si, pois a interioridade do existente não passa de nada e, para se atingir, ele precisa projetar-se em um objeto. A mulher é para ele a suprema recompensa porque é sob uma forma exterior que ele pode possuir, em sua carne, sua própria apoteose
Tesouro, presa, jogo e risco, musa, guia, juiz, mediadora, espelho, a mulher é o Outro em que o sujeito se supera sem ser limitado, que a ele se opõe sem o negar. Ela é o Outro que se deixa anexar sem deixar de ser o Outro. E, desse modo, ela é tão necessária à alegria do homem e a seu triunfo, que se pode dizer que, se ela não existisse, os homens a teriam inventado.
Quando ela se sentou no sofá, eu pulei para ficar com ela e apoiei minha cabeça no colo dela. Senti parte da tensão e da tristeza dela irem embora. Eu estava dando conforto à minha mãe. Isso era mais importante do que sair para passear ou ajudar a alimentar os gatos. Era o meu trabalho mais importante. Eu sabia que devia ficar sentada ao lado da minha mãe durante o tempo que ela precisasse.
Fui descalçar as botas, que estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e de Epicuro. [...] Inferi eu que a vida é o mais engenhoso dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.
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