Amor Textos de Luis Fernando Verissimo

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O Peru
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!

O Peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão.

O Peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão.

O Peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando foi dizendo
Que beleza de pavão!

Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!

Ostentação é o ato ou efeito de ostentar, quer dizer “apresentar” ou “mostrar” num sentido exibicionista, estando ligado ao orgulho, à presunção ou simplesmente à vaidade. É o ato de alguém que exibe as suas "riquezas" ou as suas próprias "qualidades", sublinhando a importância de algo que tem, que fez ou que é. Em boa parte dos casos acontece para retirar o foco de atrativos inexistentes.

Ostentação é uma palavra que tem origem no termo em latim ostentatio, que significa exibição vã ou inútil. Uma pessoa que recorre à ostentação é muitas vezes conhecida como afetada ou fútil.

Quem tenta ostentar com bens e atitudes que financeiramente não pode manter, acaba se tornando escravo da sua própria futilidade.

alegoria da caverna

Situação imaginada por PLATÃO no Livro VII de A República (trad. 2001, Gulbenkian) para representar os diferentes tipos de ser que, segundo ele, existem e a condição em que nos encontramos em relação ao seu CONHECIMENTO.

Vários prisioneiros estão amarrados de pés e mãos numa caverna e só podem olhar para a parede diante deles.
Por detrás existe um fogo e entre eles e o fogo passam pessoas transportando vários objetos, cuja sombra se projeta na parede diante dos prisioneiros, o que os leva a pensar que as sombras são a verdadeira REALIDADE.

Só os prisioneiros que são capazes de se libertar (os filósofos),
sair da caverna (MUNDO SENSÍVEL)
e contemplar a realidade e o Sol (mundo inteligível e IDEIA de Bem)
são capazes de compreender como até essa altura viveram num mundo de aparências e ignorância.

Abelhas na Barriga

Meu estômago não tem borboletas,
são apenas flores.
Cheias cheias de abelhas.
Agulhas que me causam dores.

Ansiedade?
Talvez medo dessa ferocidade!
Essa idade suficiente para perder beleza
crescer e competir com a velha natureza.

Quando o sol raia, prefiro por dia morrer;
os casulos crescem.
Mas a noite, ah a noite! na lua quero renascer
As borboletas florescem.

Estou precisando de um tempo só pra mim. Preciso de alguma forma, sozinho, rever meus conceitos, planejar meus objetivos, criar e executar estratégias que me tire desse buraco o qual só eu tenho ciência. O vejo, quando ninguém, em hipótese alguma, consegue ver. É uma espécie de vazio que não há abslutamente nada que o preencha, não sei se é a falta de Deus, de bens materiais, não sei. Apenas sei que não tou legal. Não adiantará eu estar fazendo tudo o que venho fazendo, apenas por fazer, para que simplesmente os demais que me rodeiam tenham consigo, eu como manda o figurino, nos conformes, segundo a tese imposta pelo sistema social.
Eu pretendo ir além, me refazer, para então depois voltar a fazer tudo com muito amor e sinceridade.

Desde a adolescência, o meu interesse pelas coisas mais elevadas do espírito foi
recebido pelo ambiente social e familiar em torno com desprezo, chacotas e tentativas
de intimidação. Parecia que ir além do círculo do imediato, do banal e do mesquinho
era o pior dos pecados. Estímulos, só recebi negativos. Mas não posso dizer que
essa experiência tenha sido de todo prejudicial ou mesmo inútil. Com ela aprendi a
guardar meus pensamentos para mim mesmo, evitando bate-bocas dispersantes, e
graça a isso desenvolvi não só o poder de concentração, mas a capacidade de
conservar minhas idéias na memória muito tempo antes de ter a oportunidade de
escrevê-las. Posso dizer que tinha uma filosofia secreta bem antes de que alguém em
volta pudesse desconfiar da sua existência. Só comecei a falar dela em público
quando me senti seguro de que não precisava mais da aprovação ou simpatia de
quem quer que fosse. É por isso que vejo bem claro o ridiculo de toda afetação de
independência. Qualquer moleque fracote pode se vangloriar de que “pensa com os
próprios miolos”, precisamente porque não tem a menor idéia do preço da
independência genuína.

A sabedoria popular nos ensina que há sempre um aprendizado a ser recolhido depois da dor. É verdade. As alegrias costumam ser preparadas no silêncio das duras esperas. Não é justo que o ser humano passe pelas experiências de calvários sem que delas nasçam experiências de ressurreições.

Por isso, depois do cativeiro, o aprendizado. Ao ser resgatado, o sequestrado reencontra-se com seu mundo particular de modo diferente. A experiência da distância nos ajuda a mensurar o valor; e o sequestrado, depois de livre, mergulha nesta verdade.

Antes da necessidade do pagamento do resgate, da vida livre, sem cativeiro, corria-se o risco da sensibilidade velada. A vida propicia a experiência do costume. O ser humano acostuma-se com o que tem, com o que ama, e somente a ruptura com o que se tem e com o que se ama abre-lhe os olhos para o real valor de tudo o que estava ao seu redor. As prisões podem nos fazer descobrir o valor da liberdade.

As restrições são prenhes de ensinamentos. Basta saber parturiar, fazer vir à luz o que nelas está escondido.

A ausência ainda é uma forma interessante de mensurar o que amamos e o que queremos bem. Passar pela experiência do cativeiro, local da negação absoluta de tudo o que para nós tem significado, conduz-nos ao cerne dos valores que nos constituem.

O resgate, o pagamento que nos dá o direito de voltar ao que é nosso, condensa um significado interessante. Ele é devolução. É como se fôssemos afastados de nossa propriedade, e de longe alguém nos mostrasse a beleza do nosso lugar, dizendo: “Já foi seu; mas não é mais. Se quiser voltar, terá que comprar de novo!” Compramos de novo o que sempre foi nosso. Estranho, mas esse é o significado do resgate.

Distantes do que antes era tão próximo, recobramos de um jeito novo. Redescobrimos os detalhes, as belezas silenciosas que, com o tempo, desaprendemos a perceber. A visão ao longe é reveladora. Vemos mais perto, mesmo estando tão longe. Olhamos e não conseguimos entender como não éramos capazes de reconhecer a beleza que sempre esteve ali, e que nem sempre fomos capazes de perceber.

No momento da ameaça de perder tudo isso, o que mais desejamos é a nova oportunidade de refazer a nossa vida, nosso desejo é voltar, reencontrar o que havíamos esquecido reintegrar o que antes perdido ignorado, abandonado. O que desejamos é a possibilidade de um retorno que nos possibilite ver as mesmas coisas de antes, mas de um jeito novo, aperfeiçoado pela ausência e pela e pela restrição.

Depois do resgate, o desejo de deitar a toalha branca sobre a mesa, colocar os talheres de ocasião sobre mesa farta. Fartura de sabores e pessoas que nos fazem ser o que somos!

Refeição é devolução! Da mesma forma como o alimento devolve ao corpo os nutrientes perdidos, a presença dos que amamos nos devolve a nós mesmos. Sentar à mesa é isso. Nós nos servimos de alimentos e de olhares. Comungamos uns aos outros, assim como o corpo se incorpora da vida que o alimento lhe devolve. A mesa é o lugar onde as fomes se manifestam e são curadas. Fome de pão, fome de amor!

Depois do cativeiro, a festa de retorno, assim como na parábola bíblica que conta a história do filho que retornou depois de longo tempo de exílio. Distante dos nossos significados, não há possibilidade de felicidade. Quem já foi sequestrado sabe disso. Por isso, depois do sequestro, a vida nunca mais poderá ser a mesma.

Deitado ao meu lado, seus dedos deslizaram pelas minhas costas
abrindo fendas e poros, tecendo caminhos,amanhecendo desejos.
Afastou meus cabelos da nuca pra roçar o seu queixo.
Eu sentia a sua respiração no meu ouvido, seu sopro de vida entrando em mim.
Desajuizada e mansa, deixei que com um movimento de braço
levasse meu corpo em posição de feto pra dentro da concha do corpo dele.
Naquele encaixe, com o nosso melhor calor, ficamos ali,
desabotoando fomes, desamarrando sentimentos.
Meu coração estava na boca...pro beijo.

Ele não me acordou.
Ele entrou no meu sonho.

Às vezes a vida quer que caíamos na real, que paremos de supor, de sonhar, de imaginar que nós, nossos planos, sonhos e pessoas que amamos são melhores do que, de fato, são.
A vida só quer que sejamos realistas, mas, quanto mais arrogantes somos, quanto mais nos achamos superiores e “especiais”, maior é a queda e, acredite, o tal do “cair na real” pode ser extremamente dolorido. Uma queda e tanto!

Complicada?

Sim, eu sou complicada em alguns aspectos, tenho minhas manias, meus puderes, meu recato, mas, se você não esta disposto a suportar minha complexidade, jamais vai conhecer meu lado magnificamente simples.
Quem não suporta os meus óbices, os meus pontos fracos, quem, enfim, não desvenda os meus mistérios não chega a conhecer o meu melhor, as minhas maiores virtudes, os meus maiores encantos.
Qualquer tipo de relacionamento é constituído de trocas, você só desvenda o melhor do outro quando cede, quando consegue ignorar o que ele não tem de “tão” bom ou, enfim, aquilo que não lhe parece “simples”.
Quando você supera aquilo que não é “fácil” você entra na vida do outro, todavia, quanto mais complicado um homem é, mais raro e belo é aquilo que sua “complicação” esconde, mas nem todos desvendam.

Sentado e sorrindo aos pés da cruz vazia

Um dia vou tirar os cravos, que prendem suas mãos e seus pés. Do medo vou deixar de ser escravo. Vou fazer o que me der na telha, e com o coração em ceentelha, vou tirá-lo daí com muita fé, vou lhe fazer um bom curativo, colocando panos e remédios, tirando as dores que a 2000 anos moram...

Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.

E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
vadeamos.

Somos apenas uns homens
e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.

Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.

Fazia frio em São Paulo…
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos berça.

Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós, de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.

Assim nos criam burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?

Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas. Muletas

do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e cala-se.

Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.

E com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de nossa cauta subida.

O medo, com sua física,
tanto produz: carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras vidas.

Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.

Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes…
Fiéis herdeiros do medo,

eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo.

Interpretar o Coração

Nosso coração é um orgão engraçado do nosso corpo. Ele nos mantém vivos tanto fisicamente como emocionalmente. Ele que pulsa o sangue nas nossas veias, e ele que pulsa os sentimentos na nossa vida.

Tarefa difícil é interpretá-lo!

Difícil saber o que quer dizer o coração quando estamos ao lado daquele amigo bonito, charmoso, carinhoso, legal, alegre, que nos mantém sempre sorrindo... o que o coração pulsa? Será amizade, atração ou amor verdadeiro?

Difícil saber o que ele quer dizer quando estamos ao lado daquele amigo maduro, sincero, que a gente sabe que estará sempre lá quando precisarmos... O que será? Afeto, carinho ou amor?

Difícil saber o que ele quer dizer quando estamos ao lado daquele amigo que está sempre na correria da vida, mas sempre que tem tempo lembra de nos visitar, ligar, passar tempo juntos, sorrir juntos, aquele que te ajudou quando você mais precisou, te apoiou, aquele que mesmo tendo alguns conceitos diferentes não deixou que isso estragasse a amizade, e então não sabemos, se o coração pulsa gratidão, alegria por ter um amigo que sabe fazer cada minuto valer a pena, ou se pulsa o desespero de ver o amor da sua vida partindo sem saber o quanto é especial, e partindo para voltar sabe lá Deus quando...

O pior porém, é ter que suportar todos esses pulsos sem nada dizer. Com medo de ferir amizade amigas, decepcionar novos amigos ou até frustrar a sí mesmo.

Acho que o único remédio nessas horas é curtir cada momento que nosso coração pulsa, seja lá o que for, ao máximo. E pôr a cabeça para trabalhar, a fim de decifrar o mais rápido possível as batidas do coração, porque quanto mais cedo o entendermos, mais cedo teremos ao nosso lado aquele que nos fará felizes para sempre.

É duro ter que sentir os pulsos acelerarem a medida que nos aproximamos de certas pessoas, porém, sem entender o que significam...

Enfim... um desconhecido é aquele que nem sabemos que existe, e os que sabemos que existem não fazem a menor diferença para nós; colegas são aqueles que gostamos de estar perto, mas não alteram nada no nosso pulso; amigos são os que fazem nosso coração pulsar confiante; melhores amigos são aqueles que ainda que nosso coração esteja pulsando fraco, estão do nosso lado para reanimá-lo e são na maioria das vezes o motivo de ele pulsar de alegria; paquera são aqueles que mexem com nosso corpo, mas não altera nosso pulso; paixão são os que mexem apenas com o coração naquele exato momento; o amor verdadeiro porém, é aquele que acelera nosso batimento cardíaco e envia ao nosso cérebro um alerta, que nos faz ver quão bom é quando estamos ao lado dessa pessoa! Nosso corpo sua, nosso rosto fica corado, e mesmo assim, custamos a entender que é aquele que amamos! Tudo depende da rapidez que nosso cérebro interpreta os pulsos do nosso coração!!

É como se fosse um dia chuvoso e tudo estivesse cinza ao meu redor.
Tudo a minha volta, lembra você, o seu cheiro, o nosso amor, as boas recordações.
Eu coloquei uma foto sua na cabeceira da minha cama para que você possa estar junto de mim ate mesmo nos meus sonhos.
Mesmo que a distancia nos mantêm afastados, não tem porque eu deixar de te amar, porque o meu amor esta alem de qualquer distancia e qualquer contratempo.
Você é o destino da minha alma e por onde eu for irei levar você. Seja na mente ou no coração.
É como se fosse o lápis e o papel, a lua e o sol. O nosso amor se completa quando estamos juntos.
Não importa o tempo que iremos viver, não importar se terá dias de sol, ou dias de chuva. Nosso amor vai durar para sempre, como o sol nunca para de brilhar.
E sei que esteja aonde estivermos, dentro de nos algo ira falar mais forte que nos mesmos. E assim poderemos gritar pra todos que o amor não tem hora pra acontecer.

eu?
Se sou assim,
bobo demais
ingenuo,
inseguro,
tantos coisas mais.

meu normal é ser diferente,
daquilo que vejo,
até mesmo do que sinto
coisas assim
que me fazem,
me dizem
trazem sempre novidades.
boas ou não.

Sou assim mesmo,
diferente, diferenciado
até mais e demais.
Procuro sempre
desigualar os iguais

Sou sombra, vento e nuvem
coisas passageiras
e também permanentes
assim uma soma de vidas,
cortadas, multiplicadas e divididas
sou assim
o que mais poderia ser?

Jardim sem ávore,
ou livros sem estante
instantaneo e demorado
a coragem e o medo.
Sou assim
amo de mais, também.
Mais do que posso,
do que sei,
tanto, nem sei
ao certo. Sou errado!

Tudo isso, e mais e mais
torto e direito
revolucionário,
reacionário(não!)

As poesias que leio,
que escrevo,
esse versos sem rima
que dizem tanto e pouco
assim mesmo,
difícil de enteder
sou assim.
O que mais poderia ser?

Aos amantes não amados, não um conselho, mas um intento amoroso.
Abandonar as roupas usadas e ousar novos caminhos. É um desperdício deixar o burrinho interminável da teimosia, roubar a preciosidade da solidão e do silêncio. Não há por que ter medo.
É bom ficar a sós e reconstruir com pedras e enfeitar com flores os sobrados que se desmancharam por aí. Talvez não fique igual. Talvez seja melhor que nasça diferente.
As comparações podem ser corrosivas do metal nobre da escultura em modelagem ainda frágil. Não há pessoas iguais nem sentimentos iguais. Há novas tentativas, novas formas de descobrir e dar significado a um rosto que era só multidão.

“Sofrimento é o destino inevitável, porque é fruto do processo que nos torna humanos. O grande desafio é saber identificar o sofrimento que vale a pena ser sofrido. – Se hoje a vida lhe apresenta motivos para sofrer, ouse olhá-los de uma forma diferente. Não aceite todo este contexto de vida como causa já determinada para o fracasso. Não, não precisa ser assim. – Deixe-se afetar de um jeito novo por tudo isso que já parece tão velho. Sofrimentos não precisam ser estados definitivos. Eles podem ser apenas pontes, locais de travessia. Daqui a pouco você já estará do outro lado: modificado, amadurecido. – Sofrer é o mesmo que purificar. Só conhecemos verdadeiramente a essência das coisas à medida que as purificamos. O mesmo acontece na nossa vida. Nossos valores mais essenciais só serão conhecidos por nós mesmos se os submetermos ao processo da purificação.”

• Essência de vidro.
Quando os nossos pés descalços se colocam diante das duras pedras do sofrimento...
Quando a fragilidade de nossa condição nos leva a trilhar o inevitável caminho das sombras...
Quando a vida nos revelar que somos portadores de uma essência de vidro...
É importante que a gente se livre da pressa e da facilidade das respostas prontas...
Porque diante da dor sofrida, mais vale um silêncio, uma pausa, que uma palavra inoportuna.

• Deus e os absurdos do mundo
A maturidade também se expressa no que pedimos. Outro exemplo simples. Uma pessoa fumou a vida inteira, nunca se esmerou por lutar para deixar o vício, e, num determinado momento, descobre que tem câncer. Então se coloca a pedir a Deus um milagre. – É justo? A doença não nasceu das escolhas que ele fez? Será que Deus tem como mudar os destinos de nossas sementes? Ele não estaria desrespeitando a nossa liberdade? Tenho o direito de querer colher o que na verdade não plantei? – Acho pouco provável. Há um jeito mais interessante de pedir a Deus um milagre: mudar de atitude, antes que nasçam as doenças. – O milagre é realizado a quatro mãos. Mãos de Deus e mãos humanas.

Retirado do livro: Quando o sofrimento bater à sua porta

Ai, essa louca paixão, que insiste em confrontar a razão.
Que me faz perder dentro de mim. Que tira o caminho, a certeza.
Me aconchega e me maltrata, me expõe e me delata.
Um frenesi, o êxtase, a saudade.
Me poe do avesso, me arrebata, me estilhaça.
Me tira a sanidade.
Me faz ser mulher, menina, amante, amiga.
Mas sem você, não há parte alguma.

A RODA GIGANTE E O RELACIONAMENTO

Um relacionamento é igual a uma roda gigante, algumas vezes no alto outras vezes lá em baixo, porém sabemos que ela continua rodando e temos a oportunidade de sentirmos o frio na barriga e a vontade de que mais uma vez ela chegue lá no alto. Se seu relacionamento não está no alto, busque, crie a expectativa e faça por onde a roda girar e você ficar mais uma vez no alto. Não desista nunca, não deixe os desafios lhe derrubar, faça deles o motivo para revitalizar o seu amor, o seu momento. Pra você ser feliz não depende do seu companheiro(a) depende de você. Ainda hoje mude esse relacionamento, faça algo novo, algo que o(a) surpreenda.

Uma pipa no céu...
A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.

Seguir leve é desafio. Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.

Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.

Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.

Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.

O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.

Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção...

Por fim, ele tenta mais uma vez. O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.

O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu...

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