Amor no Tempo Maduro- Carlos Drumond de Andrade

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E depois de um tempo você aprende que algumas pessoas vão te amar apenas pelo o que você tem. Que confiança não se recupera depois de traída e que algumas coisas podem doer mas não é para sempre.
Porque a vida não espera você ficar pronto, ela faz de você forte o suficiente para suportar e seguir em frente.

Não importava se tinha razão, devia me calar. No meu tempo, ser educado era ficar em silêncio. Na mesa, não podia emitir som que não fosse da natureza do garfo e da faca. Criança aceitava, não falava. Como um bicho doméstico, um galo, um cachorro, um gato, um canário belga. Encabulava quando raspava a louça, arranhava as rodas ao estacionar no meio-fio do prato. Meu pai falava sem parar dos negócios, dos vizinhos, do futebol e eu escutava com continência e louvor. Nunca me passou pelos ouvidos nenhuma pergunta inteligente para fazer, até porque as perguntas inteligentes surgem das bobagens e não corria riscos. Se as conversas tivessem sido gravadas na época, descobriria que não apareci na própria infância. Entrava com um "obrigado" e saía no "com licença". Não questionava os hábitos, preocupado em me ver livre o mais rápido possível daquela cena. Não sabia como viver para me sentir morto. Não sabia como morrer para me sentir vivo. Meus bolsos cheios de bolas de gude para acompanhar as mãos. Os bolsos do meu pai cheios de chaves para desafiar as mãos. Os bolsos de minha mãe cheios de pedras do terço para esquecer as mãos. A sobremesa era sagu ou arroz de leite, que comia com vagar e ódio, já que consistia na mesma merenda da escola. Passava o dia comendo sagu ou arroz de leite. A canela em cima do doce me arrepiava de careta, emburricava a respiração. Me censurava antes da censura, me proibia antes da negação, me cavava antes de ser enterrado. Pensativo como quem se penteia no espelho. Prestativo como quem tem culpa por crescer. Nas saídas em família, permanecia igualmente calado, omisso, aceitando que as pessoas secassem seus dedos no meu rosto em cada encontro. Quando recebia um elogio público de comportado, o pai sorria, a mãe sorria, e bem que tentava sorrir, mas os dentes eram de leite e logo cairiam. Nunca levantei a voz. Falava para dentro, com a cabeça inclinada de cavalo cansado. Tinha serenidade porque não encontrava outro sentimento para colocar em seu lugar. Não havia estômago para chegar ao fim da esperança. Não estava escuro para me defender com vela, muito menos claro para procurar sombras. Conhecia de cor o ato de contrição, apesar da dificuldade de inventar pecados. A humildade lembrava covardia, o que explica minha vontade insana de fazer calar esse tempo, o meu tempo de camisa fechada até o último botão.

Dizem que tudo passa e o tempo duro tudo esfarela.

Não existe cedo ou tarde, não existe tempo certo ou errado. As coisas acontecem quando têm que acontecer, cada uma no seu tempo e nada por acaso.

Vem, me dê a mão; A gente agora já não tinha medo; No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido.

Temos, há muito tempo, guardado dentro de nós um silêncio bastante parecido com estupidez.

O tempo é a imagem móvel da eternidade

"Você ama a vida? Então não desperdice o tempo, porque é desse material que a vida é feita."

A vida era passar o tempo juntos, era ter tempo para caminhar juntos de mãos dadas, conversando calmamente enquanto viam o sol se pôr.

Nicholas Sparks
SPARKS, N. O Milagre. Rio de Janeiro: Editora Brasil, 2014.

Palavras me aguardam o tempo exato pra falar, coisas minhas talvez você nem queira ouvir.

Ana Carolina
Álbum "Estampado"

Nota: Trecho da música "Pra rua me levar", composta por Ana Carolina e Totonho Villeroy

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... porque gostei muito que você tivesse vindo, deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim.

De noite, como
a luz é pouca,
a gente tem impressão
de que o tempo não passa
ou pelo menos não escorre
como escorre de dia

Faz tempo que meu nome é Distância e meu sobrenome é Saudade...

Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido assim há muito tempo. A tecnologia não está mudando muito este cenário.

Steve Jobs

Nota: Revista Wired, fevereiro de 1996

Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer. Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro). Agora está passando: um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer.

Verifica-se uma mudança quando a gente deixa de crer naquilo que em outro tempo pode ser verdadeiro, mas agora se converteu em falso, quando retira seu apoio a instituições que em outro tempo lhe podem ter servido, mas que agora já não servem; Quando se nega submeter-se ao que uma vez pareceu ser um jogo limpo, mas que agora já não é. Tais mudanças, quando se verificam, são o resultado de uma verdadeira educação.

Sentamos e esperamos pelo sol e tudo o que viria pela frente. Eu não gostava do mundo, mas em tempos precavidos e tranquilos, dava até quase para compreendê-lo.

Para não serdes os martirizados e escravos do tempo/ embriagai-vos sem tréguas/ de vinho, de poesia ou de virtudes/ como achardes melhor.

O tempo não para e no entanto ele nunca envelhece.

O que sei é que até há pouco tempo eu não sabia dizer quem eu era.
Agora?
Sei menos ainda.
Não sei quem sou nem o que sou, pois o que pensava que era não é o que sou.
Estou me desintoxicando do que era para ser o que sou.
Não compreendo ainda quem sou, mas estou à procura de mim.
Tá entendendo?
Ufa! Que maravilha! Pensei que só eu não entendia.

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