Amor no Tempo Maduro- Carlos Drumond de Andrade
Sintomas do amor
quando à vi pela primeira vez meu coração desparou.
quando tentava me comunicar com seus lindos lábios, não me saía à palavra da minha boca, paralisa...
era uma menina que morava na minha rua.
o seu olhar me paralisou totalmente, reflexos no meu coração, era à primeira vez que senti aquilo, me confortáva por dentro e me absorve por fora.
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Amor, paixão, educação ou a falta dela, a irresponsabilidade e o resultado desastroso da maternidade precoce.
O título daria um ou mais livros, mas minha opinião particular é de que a maioria da maternidade precoce tem como grande maioria uniões desfeitas e prole com grandes deficiências.
Fico por aqui.
Sim, hoje doeu mais do que eu imaginava
Não cumpri o "amanhã será melhor" ... mas e agora?
Aqueles dias dolorosos se transformaram em longas estradas esburacadas e cercados por pedras afiadas.
A dor é realmente inevitável, agora é ... eu tenho direito a ela!
A dor ...
Seus sinônimos incluem: Sofrimento, aflição e agonia.
Logo sofro, me aflijo e agonizo naquele poço.
Vejo aquela luz que brilha acima de mim.
Me motiva, me desencoraja.
Logo estarei lá, porque depois que "a dor precisa ser sentida" vem o "ela sempre é superada"!
Observar a chuva caindo sobre aquela rústica estrada de pedra chega a ser poético.
O tilintar das gotas, que beijam as pedras pontiagudas.
O amor grosseiro e rude, isso não soa familiar?
Dar teu melhor lado, o mais encantador, para o "mais afiado" dos amores. É poeticamente doloroso.
Quero processar o Amor Garantido. (...) Sou vítima de fraude. O site me rouba 29,95 dólares por mês, com o slogan: “Você encontrará o amor, é garantido.” Bem, eu já fui a 986 encontros e em nenhum deles eu encontrei o amor.
O amor não é algo que se possa garantir. Como entregar uma pizza. O amor é imprevisível. E pode nos machucar. Mas também pode nos surpreender das formas mais notáveis.
Bem-vindo ao apocalipse, criança. A comida é ruim, mas pelo menos você não saberá o que está perdendo.
A superfície é perigosa, mas não acho que se esconder no subsolo seja a resposta. Há um mundo grande, lindo e inspirador lá fora.
Abra essa escotilha. Respire um pouco de ar fresco. Vá. Viva sua vida. Não será fácil, mas valerá a pena.
Eu ficaria muito triste se você acabasse como eu ou como qualquer outra pessoa. Você só deve ser você mesma. Você tem tantas coisas boas que são únicas.
O capitalismo transforma todos nós em mercadoria. Fico triste de ver como as pessoas, ainda mais os jovens, são afetadas.
Aprendi a parar de pensar e sentir muita coisa sempre. Quando penso ou sinto algo desagradável, tenho o método perfeito. Aperto meu botão interno de parar, e acaba. Agora quase não sinto nada.
As pessoas me dizem que minha personalidade mudou. Que não sabiam como eu podia ser boba. Talvez seja porque eu não escondo isso como fazia antes, então minha verdadeira identidade deve estar se revelando, como você falou.
