Amor e Odio Sao Iguais

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Futuro. Esse período de tempo no qual os nossos negócios prosperam, os nossos amigos são verdadeiros e a nossa felicidade está garantida.

Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas seus ecos são verdadeiramente infinitos.

Os ciúmes de um namorado são uma homenagem; os de um marido são um insulto.

Erros são dolorosos quando eles acontecem, mas anos mais tarde, a coleção de erros é o que é chamado de experiência.

As mulheres, como os sonhos, nunca são como as imaginamos.

O aforismo, a sentença, nos quais pela primeira vez sou mestre entre os alemães, são formas de «eternidade»: a minha ambição é dizer em dez frases o que outro qualquer diz num livro -, o que outro qualquer «não» diz nem num livro inteiro....

Pequenas oportunidades são muitas vezes o começo de grandes empreendimentos.

Os erros são os portais da descoberta.

James Joyce
JOYCE, J., Ulisses, 1922

O arrependimento é ineficaz quando as reincidências são consecutivas.

Mães judiciosas sempre têm consciência de que são o primeiro livro lido e o último posto de lado, na biblioteca dos filhos.

Há homens que devem à esposa tudo o que são, mas em geral, os homens devem à esposa tudo o que devem.

Como é que um homem sem as virtudes que lhe são próprias pode cultivar a música?

Há certas mulheres que acabam ficando bonitas de tanto a gente dizer que são.

Os homens são feitos um para o outro: instrui-os, ou então, suporta-os.

As verdadeiras conquistas, as únicas de que nunca nos arrependemos, são aquelas que fazemos contra a ignorância.

A liberdade é a liberdade de dizer que dois e dois são quatro. Quando se concorda nisto o resto vem por si.

George Orwell
ORWELL, G, 1984, Companhia das Letras, 2009

Meu Quintana

Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.

Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!

Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus cantares
Como flor de quintanares.

São cantigas sem esgares.
Onde as lágrimas são mares
De amor, os teus quintanares.

São feitos esses cantares
De um tudo-nada: ao falares,
Luzem estrelas luares.

São para dizer em bares
Como em mansões seculares
Quintana, os teus quintanares.

Sim, em bares, onde os pares
Se beijam sem que repares
Que são casais exemplares.

E quer no pudor dos lares.
Quer no horror dos lupanares.
Cheiram sempre os teus cantares

Ao ar dos melhores ares,
Pois são simples, invulgares.
Quintana, os teus quintanares.

Por isso peço não pares,
Quintana, nos teus cantares...
Perdão! digo quintanares.

Manuel Bandeira

Nota: O poema foi lido no dia 25 de agosto de 1966, durante uma sessão da Academia Brasileira de Letras.

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Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte.

As leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas aos que nada têm.

Nunca reaja emocionalmente às críticas. Analise a si mesmo para determinar se elas são justificadas. Se forem, corrija-se. Caso contrário, continue vivendo normalmente.