Amor de Filho para Mãe Falecida
Só quero os meus feliz e nada mais me falta. Jurei pa minha mãe que eu vou vencer a jornada.
O Véu de Lete
Antes do alvorecer, fui tudo.
Rei e réptil, mãe e mártir,
ferro e flor.
Fui punhal e promessa,
fui incêndio e oração.
Mas ao nascer, bebi do rio.
E esqueci.
O nome da lâmina que me cortou.
O rosto da alma que me amou.
Os juramentos murmurados entre dentes
na última noite de outra vida.
Tudo se perdeu.
Como areia entre os dedos do tempo.
E no silêncio do não saber,
floresceu o saber maior.
Não o saber das lembranças,
mas o saber do instinto,
da escolha que pulsa sem porquê,
do medo que avisa, da paixão que chama,
do erro que retorna como mestre.
Esquecer foi meu pacto.
Minha chance de ser novo
sem me ferir do antigo.
Pois se eu lembrasse…
ah, se eu lembrasse!
Perdoar seria impossível.
E amar, um risco repetido.
Cada gesto se tornaria prisão.
Cada encontro, um julgamento.
Mas neste esquecimento sagrado,
a alma dança.
Livre de correntes de glória ou culpa,
ela ousa errar de novo.
E ao errar, aprende —
não com a mente, mas com a essência.
No final, quando o corpo dormir
e o véu se erguer,
voltarei à margem do rio.
E saberei.
Mas por ora, bendito seja o esquecimento.
Ele é o ventre onde renasço.
É o chão fértil do esquecimento
que guarda a semente da eterna sabedoria.
Às vezes eu me pergunto: você é uma pessoa bacana, honesta, trabalha duro, honra pai e mãe, e mesmo assim as pessoas não gostam de mim? Não entendo, o que será?
Til
No til não há pressa.
Também não há urgência.
É um sinal menor,
mas que carrega pão,
mãe,
irmão.
Sem ele, o mundo seria mais seco.
Seria são demais.
Seria não.
Til é curva que não encurva.
É nariz da língua,
sorriso discreto no rosto da letra.
Ninguém repara —
até que falta.
E quando falta,
tudo desafina.
Poderíamos viver sem ele?
Claro.
Como se vive sem o silêncio.
Mas é no til que a fala respira.
E a palavra se lembra de ser palavra.
Mãe, Estrada de Luz e Eternidade
Mãe, tua luz brotou da essência da terra,
antes que o mundo tivesse nome ou forma.
És raiz que resiste, mesmo quando a enxada fere,
és chão fecundo onde florescem sonhos e histórias.
Nos sulcos de tuas mãos, repousam auroras,
guerras silenciosas que o tempo não apagou.
Teu olhar é um poço sem fundo de ternura,
onde mergulho e, mesmo ferido, encontro abrigo.
Tua coragem não fez alarde, nem buscou aplausos.
Foi no feijão coado, no pão repartido,
na casa varrida de esperança nas manhãs frias,
que edificaste teu templo invisível.
Mãe, és lágrima que rega o impossível,
és palavra simples que transforma a pedra em flor.
Teu silêncio ensinou mais que mil livros,
e tua presença, mesmo ausente, ainda é farol.
Nas noites em que a vida pesa sobre os ombros,
é tua lembrança que me reconduz ao caminho.
Tua fé — não a dos altares altos,
mas a plantada no cotidiano — é o que me sustenta.
Mãe, és mais do que luz:
és a própria estrada, o próprio chão,
a lida e a poesia, a fome e o pão,
és a eternidade bordada em minhas mãos.
Está chegando um dia muito comemorado, que é o Dia das Mães, algo tão memorável lembrar. Ser mãe é muito especial, sempre é lembrada, nunca esquecida.
“Um dia, o telefone vai parar de tocar.
Nem seu pai, nem sua mãe vão mais te ligar.
E o que vai restar é o silêncio cheio de saudade,
e a lembrança de um tempo que não volta mais.
Aquelas conversas simples, os conselhos repetidos,
o ‘se cuida’ no fim da chamada…
Tudo vai se transformar em memória.
Então, enquanto ainda dá tempo, atenda.
Ligue de volta.
Diga que ama.
Porque a saudade é certa.
Mas a ausência… essa é definitiva.”
Deus Pai que abençoou a virgem Maria como a santa mãe
do meu Pastor.*
*[Lucas 1 : 28] "Entrando, o anjo disse-lhe: 'Ave, cheia de graça, o
Senhor é contigo'."
A palavra mãe, se procurarmos qualquer comparativo, certamente não encontraremos, porque é a única em todos os tempos: mãe!
Raiz de Menina, Corpo de Mulher
Menina-mulher de sonhos profundos,
mãe de afeto, de riso e coragem,
pisando firme entre dois mundos...
a infância breve, a vida selvagem.
Pisciana, alma de maré,
trabalhadora de sol a sol,
carrega a Bahia no pé
e a arte brilhando como farol.
Apaixonada por histórias antigas,
poeta quando o mundo silencia,
vive entre rimas e rotinas amigas,
com um toque de doce fantasia.
Em certos dias, ainda imatura,
se espanta ao ver o tempo correr...
como foi que, tão de repente,
uma adolescente essa menina deixou de ser?
Nem toda mãe deu à luz um corpo — algumas deram luz à existência de alguém. Ser mãe é muito mais do que parir: é tocar uma alma e fazer dela um lugar seguro para viver.
Outono
Vento fresco embala folhas
que adormecem ao chão
fortalecem a terra mãe
enraízam essências
para germinar amor
E neste frescor da manhã
minha alma sente o aroma
vindo da terra
respira ternura
agraciada de carisma
num existir de cumplicidade.
@zeni.poeta
"A Eternidade Mora em Ti, Mãe"
Mãe, em teus braços o tempo parece adormecer. É como se o mundo lá fora silenciasse, e tudo se resumisse ao bater do teu coração, ao sussurro manso da tua voz, que embala até a alma cansada. Em teus braços, a dor se dissolve como bruma ao sol da manhã. Nada pesa, tudo encontra lugar: os medos, as culpas, os sonhos partidos.
Teu colo é chão antigo, onde os passos da infância ainda ecoam. É abrigo que não cobra, é amor que não exige. É perdão que chega antes do erro, é presença mesmo na ausência, é eternidade guardada em gestos tão simples, que só o coração sabe entender.
Em teus braços, mãe, volto a ser essência. Volto a ser o que fui antes da pressa, antes das dores do mundo. Em teus braços, sou inteiro — mesmo quando me sinto em pedaços.
E, se um dia tua presença física me faltar, saberei, mesmo assim, que teus braços ainda me envolvem — invisíveis, mas reais. Eternos, como tudo o que é feito de amor.
Toda mãe é um anjo — e eu posso te provar:
Eu era uma sementinha,
de repente virei flor.
Minha mãe, em seus braços,
me cuidou com seu amor.
Mas, em um momento da vida,
viu que ia me deixar...
E eu, ainda tão pequenina,
precisava nela me espelhar.
Pediu para Deus, lá do céu,
uma luz para me iluminar.
E Deus, em sua misericórdia,
atendeu o seu clamar.
Me colocou no coração
de um anjo querido,
que, apesar de tantas lutas,
me criou entre os seus filhos.
Quanto orgulho tenho eu
de poder chamar de mãe...
Do seu ventre não nasci,
mas no seu coração
pude continuar a florir.
Eu era uma florzinha,
e com seus cuidados,
me tornei um jardim.
Hoje venho lhe dizer
que meu amor por você
vai além do que os olhos podem ver.
Posso dizer "te amo" mil vezes,
e em cada palavra
meu coração vai bater mais forte.
E se existissem outras vidas,
pode ter certeza:
em todas elas,
eu escolheria ter você.
Mãe, te amo sem medidas.
Meu amor por você
vai além da minha vida!
#Autora: #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados
09/05/2025 às 09:00h inspirado em outro texto antigo
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