Amor Adolescente
A colheita
Um relâmpago
Azul de ilusão
Riscou, no negro
De um céu de dúvidas,
O branco de seu nome…
Afago
De nuvens,
Carícias,
Derramadas
Em grandes gotas,
Que cresceram
E inundaram a vida.
Onda de ternura
Tão pura
Tão querida!
Mas, quando o sol
Brilhou no horizonte
As águas
Tinham lavado a terra,
E não mais vinham
Do alto rolando,
Os risos das mãos
Que plantaram as sementes
Das juras
Do amor eterno.
E a terra lavada
Secou ao sol,
Partiu-se,
Pedaço por pedaço,
Desfazendo-se
A ilusão engano,
Passo a passo
No caminho
De um outro ano.
Respostas
Por que buscar a lucidez
Fria e linear do raciocínio puro?
Haverá lucidez na brisa que sopra
E castiga meu corpo cansado?
E, por que foste, assim como a brisa,
Me fustigar, morna e terna,
A esperança de meus sonhos?
Por que ser lúcido se a lucidez
Está em tudo que nos cerca?
No vento,nas árvores, no sol
Que desce agora atrás da linha
Do horizonte que nos separa.
Quero ficar assim, embriagado
Na sensação de estar contigo,
Nos caminhos que nunca percorri.
Olhar com teus olhos e ver dentro
Dos meus as mesmas paisagens
Que jamais notei ou senti.
Percorrer com teus sentidos
Toda a certeza da felicidade.
Pela primeira vez me reconheço
Tranquilo, a olhar em frente
O caminho aberto para a vida.
Todos os fantasmas que criei
E me atormentavam nas sombras
Não mais habitam meus castelos.
Como te dizer tudo isso?
Como te conduzir pela mão
E por ti ser conduzido?
Como reacender das cinzas
Tudo o que deixei apagar?
Nessa busca, agora eu sei,
Que só em ti está minha resposta.
A verdade machuca na hora,
a mentira apenas adia a dor
com a verdade permanece a CONFIANÇA
com a mentira se termina um grande amor.
Sabe o porquê tem muita gente odiando? Simples, odiar é fácil e não exige força. Agora, tente amar! Amar, não raramente, é dar as mãos ao sofrimento
Não desiste de mim por favor. Por trás de tanta frieza e indecisão há uma pessoa insegura e que precisa de companhia. Mesmo não parecendo.
Moça, viva!
Seja feliz,
não se importe com o que as pessoas falam.
Mantenha-se forte,
seja orquídea, porém, saiba também ser cacto.
A sua melhor versão nunca foi decifrada,
você sempre foi um mistério.
Todos veem o seu sorriso,
mas ninguém sabe o motivo.
Sem você eu era apenas um poeta sem poesia
Um rap que não tinha rima
Um Da Vinci sem Monalisa
Um pintor sem obra-prima
Um escritor que nunca escrevia
Um sorriso que nunca se ria
Sem você, amor, nada eu era, nada eu tinha.
O seu sorriso, é belo.
O seu olhar é como o sol que incendeia, a lua que ilumina, as estrelas que brilham.
Você tem um sorriso que todos queriam, porém nenhum deles têm a beleza que, eu só encontrei em você
Eu queria que você soubesse o que se passa aqui dentro, mas até eu mesmo me sinto confusa muitas vezes. Mas saiba, que ninguém nunca ocupou o espaço que você ocupa, eu tento fugir do que sinto, mas só basta você se aproximar e tudo muda. Você tem um poder inegável sobre mim.
Todos os carinhos são especiais quando são sinceros. São verdadeiros quando vêm da alma e refletem nosso bem maior: a amizade e o amor.
PROSTRAÇÃO
Eu se chorar, fraqueza lhe parece,
pois não sentiste o que sinto agora,
quando triste, prostrado rezo a prece
de um homem só que na tristeza chora.
E quando sinto que meu rosto empalidece,
olhando alguém que se vai embora,
cumprindo a teia que o destino tece,
levando o amor de quem mais te adora.
E quando em mim nada mais resta
e já a noite com seu manto empresta
a escuridão a meu triste mundo,
eu choro e sem vergonha eu clamo
que a vida que pela vida eu amo
jaz perdida num abismo fundo.
Estranho, sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados. Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um terreno minado, muita cautela ao pisar nesse terreno. Com sua disciplina indisciplinada, os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça. Se o amor na sua doação absoluta os faz mais frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora sabem.
A espera
Fiquei sentado,
esperando
a campainha
(que não tocou).
Afinal o que sou?
Um pobre coitado,
um incompreendido,
um mal amado?
Olho figuras que passam,
cavalgando na mente
estórias não realizadas.
De repente,
estou só,
a ruminar
em meu estábulo
dourado,
sentado,
esperando a campainha
(que não tocou).
Por que não grita,
meu Deus,
esta máquina infernal
que me revela
a triste lembrança
de um nada?
Brinquedo de criança
em ruas desertas
de minha meninice,
em desabaladas carreiras,
liberto.
Risos apertados,
traquinices,
de um – quem é?
perdido no vazio.
Mas, eu agora
já não rio,
sentado,
esperando,
esperando,
no meu estábulo dourado,
ruminando,
a dor,
a descrença,
a solidão.
Seja o que for,
que me faz alheio,
apartado de tudo
e de todos,
sentado,
esperando a campainha
(que não tocou).
(1968)
Homem de verdade, é aquele que troca uma cerveja com os amigos pra ficar com ela. Homem de verdade, é esse que você tem mulher, sabendo tê-lo. Homem de verdade, é aquele que mostra pra todos que ele a ama, mostra pra todas que o rodeia, que ele é dela. Esse homem, não quer ter todas que o quer, esse cara quer apenas a dele, não por posse, mas de possuir sentimentos. Esse homem sabe, que vale a pena ter uma mulher, que várias meninas.
E estar aqui sem você é como se eu acordasse para apenas metade do céu azul. Parte lá, mas não inteiramente. Estou andando por aí com só um sapato. Sou metade de um coração sem você.
Pra você eu tiro a roupa
Te mostro os meus defeitos
Te conto os meus segredos
E revelo
Pouco a pouco
O meu corpo
Para você
Me dou inteira
Como amante
E mulher verdadeira
Para você
Deixo transparecer
O meu ser
Abro a porta
Da minha alma
Decifra as minhas histórias
E com toda calma
Me entrego para você.
Quando eu aprendi a viver - ou não
“Na verdade eu não sei quem eu sou"e blá blá blá
Sim, uma frase clichê, que ninguém consegue responder com tanta certeza.
Ou você consegue?
Quem é você? Fico me perguntando isso há 21 anos e alguns meses e nunca tive a real certeza de quem eu sou, do que eu quero, do que vivo, qual a minha meta, qual meu desafio, o que eu quero, onde quero chegar, entre tantas perguntas... Acabo respondendo a mais fácil: apenas vou vivendo.
Confesso, já culpei várias pessoas inocentes apenas pela minha indecisão de saber quem eu realmente era, já briguei com pessoas que eu amo pela desconfiança em seu sentimento por não ser igual ou melhor que o meu, já fiquei perdido em uma tarde de domingo no silêncio apenas para tentar meditar sobre esta questão. Afinal, quem eu sou?
É mais fácil ficar com o óbvio e responder apenas as coisas que eu acho ser, digo, apenas minhas qualidades. Às vezes eu sei, às vezes nem sempre. Hoje é um dia que não sei quais são minhas qualidades, mas também não sei meus defeitos. É um turbilhão de sensações dentro de mim, vários pontos a se colocar na balança são como se eu vivesse de acordo com a vida dos outros, dos conselhos das pessoas, das dicas e opinião, como se eu não tivesse a minha própria opinião para mim mesmo, mesmo sabendo de tudo. É como se estivesse brincando de esconde-esconde, mas não conseguindo me encontrar. Nestes estados de crise tudo estava imperfeito por mais que todo à minha volta tentava fazer perfeito. Me pergunto, como uma pessoa pode se perder de você mesmo? Quais são os verdadeiros sintomas para toda esta angústia ou insegurança que me prende?
As perguntas ficam me atormentando há tempos. Em uma determinada noite consegui as respostas que o mundo me perguntava, descobri que ser sincero para mim mesmo é a melhor forma de sinceridade que eu poderia ter, descobri que não adianta quanta beleza uma flor tem se ela não consegue amadurecer a raiz, que não adianta a liberdade de um pássaro se ele não possa voar, que não se brinca com sentimentos alheios e, principalmente, com o meu próprio.
Naquela noite descobri tantas, mas tantas coisas, que acordei em uma terça-feira diferente, determinado a encontrar minha raiz e resumi minha vida em uma flor. Ela é bela, tem suas estações: às vezes caem pétalas, às vezes nascem pétalas, às vezes fica seca e se não tiver uma raiz fixa e estável pode chegar à morte. Preciso encontrar minhas raízes antes de querer ver o mundo florido, preciso me amadurecer se quero ser reconhecido.
Fazer minha vida rimar com tantos versos soltos pelo mundo, aprender em quem se deve confiar e por que motivo confiar não é que eu esteja desconfiado com o mundo. Mas apenas quero para o meu jardim o verdadeiro o enraizado o florido e o sincero. Neste meio-tempo vivi muito sem me ‘amar’ e dar-me o valor que eu sei que eu mereço, mas estou de boa, as coisas as vezes não dão certo e pronto, sem motivo nem maiores consequências, pois não adianta gastar todo o dinheiro que se tem e dizer que ganha pouco e assim quero viver: Economizando saliva para um amanhã enraizado ou não.
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