Amizade Vale mais que Ouro
O poder passa; o cargo passa; as funções passam; a única coisa que permanece eternizada é a essência do exemplo na defesa do erário público, próprio do estilo de vida de quem nasceu no Vale do Mucuri.
No silêncio da madrugada o poeta lírico extravasa sentimentos de ternura, jorra agudas reminiscências exuberantes das coisas boas do Vale do Mucuri, dilacerando o coração dos apaixonados pelas emoções de outrora.
Quimeras de um menino do Vale
Aprendi ao longo da vida no Vale do Mucuri que não existe nenhum discurso 100% inocente; há sempre uma carga ideológica em todo o discurso; com maior ou menor intensidade, sempre vai existir um colorido ideológico velado. O que não se pode conceber é a intensidade dessa carga influenciar nas decisões tomadas; com tristeza, e profunda decepção, o que se percebe hoje são decisões tomadas a luz de militâncias emotivas capazes de contaminar a justiça dessas decisões em quaisquer setores da sociedade. Isenção e imparcialidade são conceitos que se perderam no tempo; são valores que ficaram na ternura de outrora; reminiscências que saem do túnel do tempo, provocando saudades, sofrimentos nostálgicos; na atualidade, o interesse do jogo político passou a ser uma tônica na sociedade de alma politizada, de interesses escusos em detrimento da coletividade. Por certo, como consequência de tudo isso, vivemos numa incruenta guerra de vaidades em meio a canhões deflagrando ódio e desamor; uma sociedade tomada pela indústria de rancores e violências gratuitas. Sonhos e quimeras são combustíveis da vida; alimentam a esperança num futuro improvável, invisível, apenas mantém de pé os desejos de realizações num mundo de fantasias e de sentimentos que brotam do âmago visceral para abastecer o corpo de elementos volitivos e sensações de prazer. Somos projetos inacabados rabiscados do passado; cuidar do passado representa uma perspectiva de dias melhores do futuro; cada dia representa um capítulo deste livro chamado vida; e assim, sonhamos por uma sociedade mais justa e equânime, de essência igualitária. Anseia-se por um mundo mais justo, fraterno, sem guerras, sem derramamento de sangue; por que a paz é mais importante que os conflitos armados; a paz é sinônimo de amor; a guerra é manifestação de desprezo e ódio. Nesse processo evolutivo, da inocência à maturidade, várias páginas são escritas, entre quedas e o ato de levantar, sacudir a poeira e aprender com as derrotas; aprende-se desde logo que na vida é melhor renunciar a cargos e funções, puramente fugazes, a viver subjugado e vinculado à esquemas não ortodoxos que arranham os nossos valores inegociáveis. Viver em paz espiritual é sempre melhor que viver momentos de puro deleite, pois é sempre preferível regozijar-se da paz eterna que andar nos holofotes efêmeros da vida.
O sempre é uma pena, pois, limitado pelo tempo, torna-se efêmero, cai na areia com leveza mas deixa-se levar pelo vento.
Ter nascido no Vale do Mucuri nas Minas Gerais é sinônimo de sabedoria e honradez; por isso, ando de cabeça erguida para ensinar a todos os valores dessa gente íntegra, de coração bondoso e comprovada honestidade.
Entre as folhagens de vegetações frondosas, embrenhado no bucolismo de belas vistas nasce a inspiração do poeta e menestrel do Vale do Mucuri; o lirismo do menino do Mucuri é fruto da sabedoria que aflora do âmago de quem tem um bom sentimento.
Um traçado ultramoderno de artes simbólicas; exuberância e lirismo profundo; a imaginação voa distante na plenitude da praça da Jabuticaba onde o sonho de tempos de outrora se desenha na imaginação do poeta do Vale do Mucuri, deixando aflorar sentimentos de leveza e alegria profunda
Em plena madrugada, céu estrelado, abraçado a plenitude da solidão, num vazio esplêndido, o menestrel do Vale do Mucuri, com intensa inspiração poética transborda e exala sua essência com versos poéticos capazes de inundar o mais tenro coração com recheios de lirismo.
Vale a pena o sacrifício !
Quero tê-la em meus braços,
e afogar-me em teus beijos,
para saciar a minha fome e
matar os meus desejos.
Não importa o caminho,
que eu venha percorrer.
Ainda que eu ande muitas milhas,
morena para ti ver.
Pois vale a pena o sacrifício,
do caminho percorrido,
para tê-la em meus braços,
me chamando de querido.
AMOR DESATENTO
(O Alecrim e a Estrelinha)
"Pintei um céu
Para nós dois
Um quadro azul
Em tom pastel.
Morreu meu sonho
Quando amanheceu
Você, indiferente,
Nem me notou
No vale ficou
Sem olhar para o céu.
Acenei meu amor
Como flor te beijei,
E a noite era instante
Gravura em papel
Mas um beijo de amor
Não foi o bastante
Veio o sol e encontrou
Teu olhar infiel
Perdido no vale
Espreitando outros beijos
Sem olhar para o céu.
Por te amar insisti
E jurando que vinhas
Esculpi o teu nome
Na luz das estrelas
Com doce cinzel...
Mas olhei para baixo
E chorei a verdade:
Você tão cruel
No vale bailava
Junto às borboletas
Sem olhar para o céu."
Lori Damm, 02/03/2022
Por derradeiro, fazer eco gritando muito alto para que o Brasil escute e aprenda de verdade que os valores ligados à liberdade de pensamento e expressão nascem dos direitos à 1ª dimensão, urgente necessidade de uma Nação, exalar pelo poros dilatados o néctar da liberdade solidária, coletiva, não olvidar que a democracia deve ser o fiel retrato de uma sociedade que anseia por liberdades, não se esquecendo que Tancredo Neves já ensinava acerca dos valores advindos da liberdade, segundo o qual, o primeiro compromisso de Minas Gerais é com a liberdade e certamente fica mais evidente que o grande berço da liberdade ocorreu na cidade mineira de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, onde o seu fundador Teófilo Benedito Otoni nos ensinou nas trincheiras em Santa Luzia a luta pelos ideais republicanos e claramente em sentido adverso se pode asseverar que atitudes boçais e truculentas conduzem uma sociedade à trincheira das atrocidades.
Se pudesse fazer uma autodescrição diria ser um sonhador do Vale do Mucuri, apaixonado pela vida e amante do lirismo exuberante.
DESENCONTRO
Pintei um céu
Para nós dois
Um quadro azul
Em tom pastel.
Morreu meu sonho
quando amanheceu
Você, indiferente,
Não me reconheceu
E no vale ficou
Sem olhar para o céu.
Eu te acenei amor
Amorosa te beijei,
E o dia era instante
Sereno, constante,
Gravura em papel
Mas um beijo de amor
Não foi o bastante.
Despedaçada,
Abandonei os teus olhos
Perdidos no vale
Sondando ilusões
Sem olhar para o céu.
Enveredei nas alturas
Carregando teu nome
Um punhado de estrelas
E um doce pincel.
Estava certa que vinhas
Porque tinha que ser
Mas olhei para baixo
E chorei a verdade:
Você tão cruel
No vale voejava
Junto às borboletas
Sem olhar para o céu.
Sonhos de menino
Quando criança, no Vale do Mucuri
sonhei ser um extraordinário poeta.
Queria contar o lirismo em versos e prosa,
sonhava mergulhar na essência de uma pétala,
triunfar no néctar da solidariedade humana,
queria descrever a beleza exuberante das águas
que sobem e descem,
sob acordes de uma bela ária
riscando os ares da Praça Tiradentes,
na minha amada Teófilo Otoni,
acreditar na transcendental força do amor,
mergulhar visceralmente no azul do mar,
desfrutar do belo colorido do arrebol,
da magia da praia de Boa Viagem,
desfilar na estonteante beleza
de Itapuã, Praia da Costa, Ipanema
Senti o calor humano em Nova Viçosa, no belo Prado
A beleza singular de Mucuri e Caravelas
do encanto lunar nas noites primaveris,
queria fazer jorrar o sangue da liberdade,
destilar estilhaços de sentimentos,
com lhaneza, afeto, leveza,
colimava mirar o céu de estrelas,
arrancar pedaços de nuvens,
narrar em poesia as belezas de Floripa,
antes e depois da ponte da Luz,
ser estimulante da promoção da paz,
difundir o humanismo entre os povos
descrever a luxúria da Lagoa da Pampulha,
Sonhava com o Ibituruna e com a Ilha dos Araújos
Sonhava conhecer a incrível Salamanca
O design profuso de Milão
Passear na orla da Lagoa Santa
Apreciar a lindeza de Boa Esperança
queria ter a chave do perdão,
ter fé no homem, fé na vida,
apreciar os meninos correndo sem medo,
nas ruas e avenidas do eterno Bela Vista
amar a inocência dos animais.
Admirar com deleite o Alto do Iracema
O tempo se esvaiu e o menino cresceu
Da grandeza e regozijo de Mucuri
Ao deleite de Topázio, branco, azul, imperial
Amando uma pasárgada imaginária
O sonho passou subitamente
Os versos vieram juncados de amor
Com baunilhas e manacás-da-serra
Sonhou ser poeta, nasceu o poeta
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