Amizade um Principio de Reciprocidade
MISTÉRIO MUSICAL
Tenho alguns vizinhos com demência.
Sempre encontro com um deles no térreo do edifício, aqui em Brasília, chamado de pilotis do bloco.
Ele caminha acompanhado por sua cuidadora, cantando músicas de seu tempo. Cantoria recomendada pelo seu médico provavelmente.
Na última vez que passei por eles, estavam quietos.
Parei na frente da dupla, abri os braços em cobrança e, como não reagiram, soltei a voz potente, para curtos trechos musicais apenas.
Boa noite, amor!
Meu grande amor,
Contigo sonharei.
Eles riram de jogar a cabeça para trás!
Também sorri e segui meu rumo, escutando a complementação do velho:
E a minha dor, esquecerei,
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu.
Pouco adiante, pensei se ele teria alguma lembrança, quando chegasse ao último verso:
Na carícia de um beijo,
Que ficou no desejo,
Boa noite, meu grande amor.
A dança e a música, para mim, são mistérios!
Não consigo descobrir direito em quais instintos animais estão suas raízes.
Elas alegram, seduzem, aproximam. E curam!
Vivo deslumbrado com elas nesses meus tempos de “voternidade”. Sim, sempre achei que, se existe a palavra maternidade, derivada de materno, existe também a palavra “voternidade”, derivada de vô terno.
Dominamos a música e, também, somos dominados por ela.
No banho, quando fui lavar os membros inferiores, vendo meu pé, cheio de dedos, involuntariamente cantei:
O sapo não lava o pé,
Não lava, porque não quer.
Ele mora lá na lagoa
E não lava o pé, porque não quer.
Mas que chulé!
Nunca compreenderei a essência extraordinária da música, acredito!
Mas tenho uma quase certeza: ela é sobrenatural!
Cante para as crianças e você as transformará em cantigas de amor!
Sérgio Antunes de Freitas
Março de 2023
"Tire um tempo da sua vida para sumir do mapa.Morrer para as pessoas que não te valorizam, e quando você voltar, volte renovado."
UM JAZ
Quem ama deixa partir
Arrancar as raízes sempre rompe e dói
Da terra remexida nasce um cheiro fúnebre.
O sal sai das olheiras covas
Salga a veia cava adubando coroas
Os crisântemos nutrem-se do velório.
Vá, enquanto é primavera
Tropece nas flores esquecidas em lapides
Talvez eu ainda espere até o outono.
"Faça do teu estudo o teu trabalho. A única diferença é que o patrão é você. Por isso, mais um motivo para se dedicar; estude com afinco; os dividendos serão todos seus"
"O amor não tem nome "
O que me toma ,
O que me leva pelas mãos
Um suspiro
Um sorriso
Um cuidado diferente
Os seus carinhos
Que fazem se ausentar de mim
Aquela dor presente
Quando se expande
De dentro pra fora
Formou-se um contorno perfeito
Das minhas imperfeições
Sendo assim um medo
Oxidante,pelas minhas narinas
Ao estender-me
As suas e tão singelas
Lindas mãos
O Brasil é um paciente febricitante, sua miserável existência é a morte antes da morte, a morte acachapante, a morte total, a morte em vida, a morte na morte, a morte irreversível!
A pior e mais desprezível das mortes, acontece de modo preternatural no Brasil. O brasileiro é, porquanto e desgraçadamente, um ente aziago!
O que mais me entristece é o estado da igreja de nossos dias, que deveria ser um exército em prontidão, porém mais parece um bando de crianças num parque de diversão.
Anderson Cássio de Oliveira
Vejo as linhas do horizonte
parece que saem de mim
qual o tamanho de um sonho?
foi feito para não ter fim
A falta de memória requer reforço, mas o excesso de memória pode levar ao desgaste. É melhor ter uma boa memória desde o início do que ter que se esforçar constantemente para lembrar.
O otimismo e entusiasmo de uma pessoa provoca alegria e cria um clima contagiante. O desânimo e pessimismo ao contrário, provoca tristeza, vicia o ambiente e contamina as pessoas.
Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
Tem hora leio avencas.
Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.
O dia vai morrer aberto em mim.
"um rio sem o mar"
Um elo se partiu
Partiu antes de tudo
Procurei nas esquinas
Nós lugares , não mais o vi
É o dever de um poeta
Persuadir as palavras
E diagnóstica-las
Tão profundamente
Que alheios consigam senti-las
Peculiares estrofes
De um soneto sem fim
Naquele deserto negro
Onde meus olhos se identificaram
Com a escuridão , eu tive que fugir
Lançar meu ego para além de mim
Catar meus coletes armaduras
Toda indumentária ,que se dissipa de mim
Eu sou um deserto de terras áridas
Onde a flor mais rara cresce
E se alimenta de mim.
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