Amizade são como raizes profundas
Faces caídas
No palco frio da hipocrisia,
amizades nascem sem raiz,
crescem à sombra da cortesia,
mas morrem sempre por um triz.
Sorrisos largos, gestos belos,
promessas feitas sem calor,
olhares falsos, frios, amarelos,
vestidos todos de impostor.
Enquanto a cena se desenrola,
fingem afeto, juram ser leais,
mas basta a queda da coroa,
e os rostos mostram seus sinais.
E quando enfim saio de cena,
o brilho some, não há mais voz,
a falsa amizade se condena,
só resta o eco do vácuo atroz.
Tantos anos, tantas trilhas,
e ainda assim não compreendi,
como há almas tão vazias,
que somem quando já não há o que fingir.
Tenho no vento um amigo confidente fiel de raiz.
É ele que me diz às vezes que faço bem em esquecer os males do mundo, para não correr o risco de me olvidar de mim e renegar que existo.
Toda amizade sincera cria raízes no coração. Ali cresce, floresce, e nos presenteia todos os dias com a mais fina fragrância já apreciada pelo nosso olfato.
Os relacionamentos são como uma árvore. As raízes começam de origens e circunstâncias diversas, depois passam pelo tronco forte e então ramificam em ramos completamente diferentes. Alguns trazem flores para embelezar a vida, outros a frutificam. Algumas trazem sombras, outras por vezes se partem. Mas todas elas são essenciais para a fotossíntese, o alimento de nossas almas.
"Pai faças de mim o Teu jardim , onde a maldade não nasça e a tristeza não venha ter raiz."
—By Coelhinha
Sou Ventania e Raiz
Cheguei ao mundo com choro e avisando com berro, há que vinha.
Não vim simplesmente por vir!
Inquieta, curiosa e amante de tudo...
Fui desbravando e correndo riscos...
Adentrei lugares e posicionei-me.
Atreviiida! Nada de subversiva, atrevimento pacífico.
Independente na opinião de de querer, fazer e sentir.
Sou vento, entro em frestas com sede de vida.
Quando nasci! Chorei avisando minha chegada.
Com o passar dos anos...
Indomada e sem cabrestos. Senti-me ventania...
Não tenho tempo, não conheço horas, me divirto...
Sou Ventania que arrasta e dissipa as dores, transformo o que quero nas frestas da vida; sou amor; sou essência, sou o que sou e ganho formas... Sou a pura beleza da natureza, sou árvore que renova, ventania que dissipa dor, sou raíz fincada, ganho formas e sobrevivo sempre... ali está minha verdadeira raíz. Essência.
Por Rica Almada
- Homenagem a minha linda, amada Malu, Mãe de coração.
A Alquimia do Encontro: Raízes que Florescem no Silêncio das Estrelas
(por Diane Leite)
O tempo nos ensina que algumas histórias não são lineares. Elas não obedecem ao relógio, nem seguem a lógica previsível da vida. Algumas histórias são sementes lançadas ao acaso, brotando onde não deveriam, florescendo no impossível.
Jamile e eu fomos assim: duas raízes fincadas em solo árido, crescendo contra as previsões, sustentadas apenas pela força do que nos unia. No início, não havia teoria, não havia análise — só a intuição de que, de alguma forma, éramos feitas da mesma matéria invisível.
Mas o tempo passou. E hoje, olhando para trás, vejo o que não sabia nomear naquela época. O que nos uniu não foi apenas a amizade — foi a alquimia silenciosa que transforma dor em cura, que tece laços onde o mundo só vê desencontros.
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1. O Encontro Antes da Consciência
A maternidade nos reuniu. Mas não da forma convencional, onde se romantiza o milagre da vida. Nos reconhecemos no não dito, na exaustão, na solidão de sermos mães fora do roteiro esperado.
Jamile, com sua filha Bia — a menina que desafiou diagnósticos e estatísticas, que existia com a ousadia de quem ignora limites. Eu, com meu filho superdotado, que carregava uma mente à frente do tempo, mas sentia o peso de um mundo que não sabia acolher sua diferença.
Nós nunca dissemos "está tudo bem". Porque não estava. Mas havia algo maior entre nós: a liberdade de não precisar fingir.
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2. Entre o Silêncio e o Abraço: O Que Só o Tempo Revela
Na época, eu não entendia a profundidade do que vivíamos. Só sabia que, quando Jamile sorria, algo em mim respirava aliviado. Que, quando Bia ria, mesmo sem entender tudo ao seu redor, ela me ensinava que felicidade não precisa de autorização.
Hoje, sei que a nossa amizade era mais do que um encontro de afinidades. Era um espelho. Winnicott chamaria de objeto transicional — aquilo que nos permite existir entre o desespero e a esperança. Mas, para nós, era só um café compartilhado em meio ao caos, um olhar que dizia: "Eu vejo você".
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3. Quando a Vida Ensina o Que os Livros Não Contam
Prosperidade nunca foi sobre dinheiro para nós. Era sobre rituais pequenos: dividir o silêncio sem precisar preencher o vazio com palavras. Sobre saber que podíamos reclamar, chorar, dizer que estávamos cansadas, sem medo de sermos julgadas.
Bia, com seus 20 anos e o desejo de um namorado, nos ensinava algo que nenhum manual de psicologia poderia: a vida não pede permissão para existir. Ela amava, queria ser amada, ria com a mesma intensidade com que desafiava a medicina.
Na época, eu via isso como um milagre. Hoje, entendo que era muito mais: era a materialização do que Freud chamaria de pulsão de vida. Era a prova de que a existência não se resume a estatísticas, mas ao desejo inquebrável de viver.
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4. Opostos que Dançam: Eu, Nuvem. Ela, Chão.
Eu, a sonhadora. A nuvem sem direção, movida pelo vento da curiosidade infinita. Jamile, o chão. A mulher prática, que transformava sonhos em planos concretos.
No início, eu achava que éramos opostas. Mas o tempo me mostrou que éramos complementares. Jung falaria sobre animus e anima — a fusão entre o impulso e a estrutura, entre o voo e a raiz.
Ela me ensinou a construir pontes onde eu via abismos. Eu a lembrava de que até as pontes precisam de espaços vazios para existir.
E nessa dança dos opostos, descobrimos que coragem não é a ausência do medo. Coragem é a arte de caminhar com ele.
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5. O Futuro que Já Nasceu Dentro de Nós
Hoje, Jamile criou três filhas em um mundo que ainda hesita em aceitar o diferente. Eu sigo voando, mas agora sei que até os pássaros precisam de um lugar para pousar.
E Bia?
Bia continua rindo.
Bia continua amando.
Bia continua desafiando o destino, provando que algumas almas não seguem regras. Elas simplesmente existem.
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Epílogo: Para Jamile, Minha Irmã de Alma
Se eu pudesse voltar no tempo e falar com a mulher que éramos há 20 anos, eu diria:
Resiliência não é virtude. É verbo.
Amor não é posse. É ato revolucionário.
Prosperidade não está em números. Está no som das risadas de Bia, ecoando além do tempo que lhe foi roubado.
Porque agora eu sei.
Não foram 20 anos de amizade.
Foram 20 anos de constelação.
Duas estrelas que se encontraram no caos cósmico e decidiram iluminar juntas a escuridão.
Porque algumas histórias não cabem em diagnósticos.
Elas simplesmente acontecem.
E isso já é toda a teoria que precisamos.
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