Amizade Passado
Cometi o erro de abraçar fantasmas,
aquele tipo de abraço que sufoca a alma.
Pedi perdão ao tempo, por nunca o ter deixado partir,
por prendê-lo demais, assim como prendo a fumaça do cigarro em meu pulmão, êxtase.
Vivi em um labirinto de memórias, onde cada curva me levava ao mesmo ponto: o que poderia ter sido? Corredores vazios, sussurros do passado.
Se soubesse antes o que sei agora, teria feito do amanhã o meu refúgio, a certeza da incerteza, cada novo dia uma forma diferente de ver as coisas, sem pressão, sem arrependimentos.
Mas aqui estou, um pouco mais cansado, um pouco mais sábio, e percebo, enfim, que o passado é um livro já lido, e o futuro, ah, o futuro é a página em branco onde eu posso finalmente escrever minha história.
Soltar a fumaça presa no pulmão, me libertar dessa ilusão.
Ecos de Um Momento
Foi breve como um sopro,
Um relâmpago no céu.
O tempo, cúmplice, corria,
Enquanto nossos corações ardiam.
Tocamos o infinito em segundos,
Beijamos o sol ao entardecer.
Nos olhos, o brilho de mil promessas,
Na alma, o desejo de nunca esquecer.
Intenso como o mar em fúria,
Avassalador, nos consumiu.
E num instante, como veio, partiu,
Deixando saudade, deixado vazio.
Mas em cada lembrança, um sorriso,
Um pedaço de nós, imortal.
E mesmo que o tempo nos afaste,
Esse amor será sempre igual.
Eternizado em um canto da memória,
Um capítulo que o coração guarda.
Rápido, mas profundo,
Inesquecível.
Ecos da Solidão
Na busca incessante por um raio de sol,
Ele se perde em labirintos de dúvidas e incertezas.
A felicidade, um sonho distante, quase inalcançável,
Transforma-se em uma sombra que o persegue incansavelmente.
Pequenos gestos de carinho são suas âncoras,
Mas cada toque é como uma gota em um oceano de solidão.
As feridas do passado, como cicatrizes abertas,
Machucam a alma, deixando marcas que não se apagam.
O coração pulsa com a dor da angústia acumulada,
Um eco que ressoa em cada canto da mente confusa.
O futuro é um mistério envolto em névoa,
E o medo do desconhecido consome sua esperança.
Anseia por liberdade, mas se vê preso em correntes invisíveis,
Cada desejo de voar se transforma em mais peso.
A mente é um campo de batalha onde dilemas morais surgem,
Entre fazer o que é certo e o que parece necessário.
O mundo grita por conexão, por sorrisos genuínos,
Mas ele esconde suas dores sob camadas de risadas vazias.
Rodeado por almas que também carregam suas cruzes,
Todos tentando ser fortes enquanto se afundam na escuridão.
Seu brilho, antes radiante, agora é apenas um lampejo,
Uma vela vacilante lutando contra a tempestade.
Os olhos refletem a tristeza acumulada,
E cada lágrima que cai leva consigo um pouco do fardo.
Com o peso aliviado pelo choro silencioso,
Ele se ergue novamente para encarar mais um dia.
O sorriso cinzento permanece no rosto cansado,
Mas dentro dele ainda há uma chama que não se apaga.
E assim continua a jornada entre sombras e luz,
Buscando no fundo da alma a coragem para ser livre.
Porque mesmo em meio à dor e à incerteza do amanhã,
Ainda há esperança de dias mais claros à frente.
Apetite de Amanhãs
Deus, em sua eternidade, não precisa de lembranças;
Nós é que forçamos o recordar.
O tempo, esse sábio que a tudo cura,
Desenha as marcas de quem somos.
Não há ferida que ele não toque,
E não há memória que ele não visite.
A conferência da saudade não nos deu a dádiva do esquecer.
No ensaio da solidão, guardo algumas dores enquanto ofereço sorrisos.
A saudade vem nostalgiar,
Recorda até as desnecessidades.
Bendito seja o inventor da memória,
Que nos dá o poder de reviver os dias,
De devotar a delicadeza
E discernir que a esperança é diferente da espera.
Olho para o passado, sim,
Mas tenho apetite de amanhãs.
Muitas vezes, o pensamento se torna o maior adversário. Ele cria cenários que nunca existiram, revira velhas feridas e nos prende em um ciclo de dúvidas e medos. O que poderia ser simples, ele complica; o que já passou, ele revive. E assim, no silêncio da mente, travamos batalhas invisíveis contra nós mesmos, esquecendo que, às vezes, tudo o que precisamos é de paz interior para silenciar essa voz interna que nos inquieta.
O que sobrou de mim
Queria tanto escrever
Um poema, esqueci
E agora!
Tudo foi embora,
Na hora tudo foi
Pro espaço.
No terraço fico
Catando os meus
Pedaços,
Que ficaram espalhados
No passado, no presente
Só ficou as dores de ser esquecidos.
Uma lágrima
Uma rima
Essa mania de escrever
As minhas dores,
Já que isso que sobrou de mim
Carrapichos
Quando criança me arreliavam, pareciam olhos a me observar.
Grudentos agarravam nas meias brancas, na “conga” azul.
Hoje sinto saudade de tudo que não gruda mais.
O vento também leva os carrapichos...
No caminho do amor, encontramos encantamento e esperança, mas também desafios que testam nossa resistência emocional. As decepções, as vezes parecem como nuvens passageiras, às vezes obscurecem o sol brilhante do amor que tanto desejamos. São essas decepções que nos lembram da vulnerabilidade inerente ao amar. Mas, eu gosto de pensar que é importante lembrar que cada desilusão carrega consigo uma lição valiosa. Elas muita das vezes nos ensinam sobre nossas próprias necessidades, limites e a importância de cultivar relacionamentos genuínos e saudáveis. Às vezes, o amor verdadeiro requer paciência, perdão e autoconhecimento. Enquanto meio que navegamos pelas águas turbulentas das decepções, podemos nos tornar mais fortes e mais sábios, prontos para abraçar um amor que nos eleva e nos completa verdadeiramente.
Então eu penso assim Enquanto amarmos, decepções irão surgir, faz parte do caminho. Enquanto nossos corações baterem, sempre teremos a necessidade de amar e ser amados. Não podemos privar-nos de viver algo incrível com outras pessoas por causa de desilusões de amores passados. Cada nova jornada é uma oportunidade de redescobrir o amor, de curar feridas antigas e de encontrar a felicidade que merecemos. Permita-se viver plenamente, pois o amor verdadeiro está sempre à espera de quem se arrisca a encontrá-lo
Assim como um olhar apaixonado tem dificuldade em enxergar erro ou pecado, eu tento negar toda e qualquer vontade na sua direção. Você me levou várias vezes ao inferno dos sentimentos, me apresentou a dor na sua máxima extensão. Corro de reencontrá-lo, evitando que aquela maré de sensações volte a me invadir. Prefiro fingir que não me importo e continuar apenas a existir.
O que é a saudade? Seria um alívio para a dor ou um agravante que faz doer ainda mais? É cura ou uma crosta sobre uma ferida que, quanto mais tocamos, mais sangra?
Dizem que o tempo cura tudo, mas isso é uma ilusão. O tempo nos leva de volta a vários momentos: passado, presente e futuro. O passado é uma coleção de memórias – saudade, trauma, dor, e até mesmo a felicidade de momentos vividos.
O presente é uma incerteza constante, um viver no escuro, sem a segurança do que nos espera nos próximos segundos, minutos e horas. É caminhar por caminhos desconhecidos, esperando acertar, e questionar onde deveríamos ter agido de maneira diferente.
E o futuro? Ah, o futuro... É o desejo incessante de controlar como tudo será, se estivesse em nossas mãos. É a vontade de mudar a cada instante, de conhecer respostas que não temos para um passado que não deu certo. É a ânsia de fazer tudo perfeito, sem um ponto ou vírgula fora do lugar.
Talvez, se tivéssemos o poder de mexer no futuro, não teríamos um passado para recordar nem um presente para viver.
Isso passa
Os momentos ruins passam
como tempestades que se dissipam,
deixando o ar mais leve,
a alma mais suave.
Os momentos bons também passam,
escorrem pelos dedos
como areia fina,
mas deixam sorrisos na memória,
resquícios de felicidade.
As pessoas passam,
como estrelas cadentes
que cruzam nosso céu,
iluminando por um instante,
desaparecendo em seguida.
A gente passa,
somos apenas peregrinos
nesta estrada,
cada passo uma despedida,
cada dia, um novo começo.
E se estamos passando por algo,
é porque este momento há de passar.
E quando passar,
se torna lembrança,
ou talvez nem isso.
A única certeza é que quem fomos
nem sempre define quem seremos.
AGOSTOS
Ano após ano
A gente vai vivendo os agôstos
Na esperança de que os setembros
Nos tragam novos ares
E levem para algum lugar distante
A melancolia que nos sonda
Em cada entardecer sufocante
Dos dias de sêca
Ano após anos
A gente vai sobrevivendo
Carregando no olhar
As marcas daquelas tardes
E, em um de repente,
A gente estanca
Pode ser que exista mais passado
do que futuro a ser vivido
Nesse momento percebemos
Que é urgente afastar a melancolia
Para viver cada agôsto em sua plenitude
VALÉRIA R F LEÃO
Somos descendentes de sobreviventes de catástrofes. Ancestrais treinaram adaptação, cooperação, inovação, linguagem e memória. Essas habilidades moldaram nossa cognição genética.
Somos fruto de uma feroz seleção natural e temos grande influência na compreensão do tempo relativo às nossas posses.
Estamos evoluindo ai no seu bairro?
Se você não criar seu futuro intencionalmente, sua mente recriará tudo o que ela se acostumou a ver no seu passado
No labirinto do tempo, passos deixei,
Sombras de um elo que um dia busquei.
Em vão minhas mãos tocavam o nada,
Nas trilhas que tracei, fui alma calada.
Corri pelos ventos, em busca de paz,
Senti a indiferença, um frio mordaz.
Agora me rendo ao sutil desencontro,
Que o tempo, sereno, desvele o contorno.
Se o eco do nada foi meu companheiro,
Que o silêncio guie meu passo primeiro.
Sigo, sem nome, sem rumo a trilhar,
Nas mãos do acaso, deixo o encontrar.
Não para trás...
Da infância à velhice, somos conduzidos pelo tempo, como um riacho que flui incessante, muitas vezes sem refletir, movidos por forças maiores que a nossa própria vontade. Vivemos os dias com a inércia de quem não deseja, e as noites com a hesitação de quem não ousa. Mas por que não retornar? E se o desejo de voltar no tempo e refazer aquela noite, que carrega o peso do arrependimento, se manifestar? Não... a vida insiste em seguir adiante, e, quando menos se espera, já teremos ultrapassado as pedras que moldam o curso do riacho, que se expande e transforma a cada novo verão.
No meu quarto
Eu sei que me esqueceu;
Eu sei que esqueceu
As lembranças boas;
As memórias,
Que ficaram pra trás.
Onde se perdeu no pensamento,
É aqui que os sentimentos nasce,
Aqui também aqui que fica
No esquecimento.
Na solidão em minha cama,
Recordo a vida perdida.
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