Amiga te Conhecer foi um Prazer
A ideia de fundo do poço é um tanto consoladora. Quando você acha que chegou lá, só pode subir. Acontece que o fundo não existe, sempre pode ser pior.
Nós somos apenas um instante neste vasto Universo e na vasta multidão!
Como queres ser lembrado quando já não estiveres entre os vivos ou entre os teus hoje?
Todo relacionamento pressupõe troca, um escambo de favores, de maneira que os dois polos se seduzam mutuamente, relegados às próprias surpresas.
"O Destino de um Casmurro"
Capitu, o que fizeste,
nesse ato de traição.
Resolveste minha mente
em infindável aflição.
Culpa desse destino,
Escobar você escolheu.
Que tristeza, jaz morto!
Já não me importo se ele morreu.
O que faz de mim miserável
é o fruto dessa relação.
Ezequiel, tão amável,
é filho da enganação.
Resta a mim só uma escolha,
que farei com grande temor.
Ou tiro-me a vida,
ou mato meu antigo amor.
Mas não é esse meu caminho,
Ezequiel me mostrou.
Hei de viver sozinho,
sem Capitu, que não me amou.
Este ano vai acabar e espero que feche um ciclo tristíssimo da minha vida. Quero muito que acabe e me deixe só a dignidade de lembrar quem perdi com uma saudade que seja mais e mais festiva.
Eu penso que a morte é um lugar por dentro de nós, um território mapeado no caminho interior que todos temos e tememos.
O ARTISTA
O ator carrega em cada personagem
um pouco de si
E comunica,
através do idioma da arte,
o que sua alma, às vezes, grita em segredo.
Um personagem, que o protege
do próprio mundo que o expõe
E o expõe sua alma
para quem tem ouvidos para ouvir
E olhos para enxergar.
Esta é a mágica do artista:
Se mostrar ao mesmo tempo que se esconde,
Se esconder,
enquanto se mostra
e, encantar a plateia que o contempla.
Uma profissão vadia,
alguns podem te dizer.
A mais pura expressão do viver
É o que acredito ser!
A vida é o começo de um ciclo que terá um fim.
A morte é o fim de ciclo e o começo de algo que não terá fim.
A vida é um um presente que se deve aproveitar hj.
A morte e só um comprimento de lembranças vividas que nunca será esquecida.
O Peso da Pele
Carrego na pele o peso de um tempo,
Onde ser negro é fardo, dor e lamento.
Na sombra do racismo, sigo o meu trilho,
Enquanto os olhos julgam o meu brilho.
Viver em um mundo que me nega o direito,
Como se a cor fosse crime ou defeito,
Eles não entendem, ou fingem não ver,
Que o meu sangue é igual, que eu também sei viver.
Eu não quero migalhas, nem falsa igualdade,
Quero o que é meu, de fato, em verdade.
Direitos de andar, de sonhar, de existir,
Sem que a cor me impeça de simplesmente sorrir.
Ser negro é lutar todo dia, em cada olhar,
Em cada esquina, onde tentam me calar.
Mas minha voz ecoa, firme e altiva,
Porque sou história, sou força, sou vida.
E um dia, quem sabe, hão de entender,
Que o direito é de todos, basta querer.
Não sou menos, não sou mais, sou parte inteira,
Sou filho da Terra, a luta é verdadeira.
A chuva que cai lá fora
Colore um dia fechado.
Traz beleza, traz a paz
Traz novo significado.
O barulho no telhado
Faz a vida se acalmar.
Faz o dia ser mais manso
Nos permitindo sonhar
A chuva aquieta a alma
Faz brotar novas verdades.
Acalma um coração
Que sofre de ansiedade.
Um dia chuvoso é vida!
É sinônimo de alegria.
É dia pra escrever
É dia pra poesia!
“A saudade que inventei para não esquecer você” — Análise de um poema de Leandro Flores
“Senti saudade do que nunca existiu.
Beijei bocas que sabiam seu sabor.
Num entardecer calado, fui canção sem ouvinte.
Era amor, mas era ausência — e eu provei.
O vento trouxe teu nome, mas não tua voz.
E a tarde morreu com um verso engasgado.”
Fonte: Leandro Flores – site Pensador e canal Café com Flores
Sobre mim
Oi, eu sou a Valkíria, professora e pesquisadora, e hoje trago um poema de Leandro Flores com um título belíssimo, original e poético:
“A saudade que inventei para não esquecer você | Te amando antes da primeira página...”
Agora minha análise
O poema de Leandro Flores é uma confissão breve, mas intensa, construída sobre a ausência. Logo no início, o paradoxo “Senti saudade do que nunca existiu” traduz a falta como presença imaginada, diálogo direto com Cecília Meireles: “Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença...” (Crônicas de Educação, 1954).
Cada verso revela a impossibilidade do amor: beijos que não preenchem, a canção sem ouvinte, a dor provada como sabor. O desfecho, com o nome sem voz e o verso engasgado, sela a incompletude — o amor que não pôde nascer.
É um poema curto, mas que carrega a densidade de um romance inteiro. Ele mostra que a poesia pode surgir do que não se viveu, transformando o vazio em palavra. Afinal, quem nunca sentiu saudade do que não viveu?
Sempre sonhei em me tornar uma chef três estrelas Michelin. Em vez disso, me tornei a chef de um tirano.
Um rei é aquele que compreende. Ele compreende sua família, os céus e o coração dos outros.
Cozinhar não é a mesma coisa que fabricar um objeto. Não dá pra fazer sem pensar.
Nossos destinos estão entrelaçados, pois não posso existir em um mundo onde você não exista.
Um dia você será tão amado(a) que o tempo de incerteza e solidão será apenas mais uma lembrança do passado.
- Relacionados
- Poemas de aniversário: versos para iluminar um novo ciclo
- Frases de efeito que vão te fazer olhar para a vida de um novo jeito
- Mensagem para uma amiga especial
- Frases para falsos amigos: palavras para se expressar e mandar um recado
- Perda de um Ente Querido
- Textos de volta às aulas para um começo brilhante
- 31 mensagens de aniversário para a melhor amiga ter um dia incrível
