Amiga Mensagem Ana Maria Braga

Críticas vazias quase sempre representam uma vaidade que se exprime no "Eu faria melhor..." mas a solução mesmo não é apresentada por quem critica, é só o ato prazeroso da fofoca em si e pavonear- se de saber mais que o outro (O que às vezes nem é verdade).

A tristeza. É o nó no peito, são as lágrimas teimosas que escorrem, são os soluços doídos e a saudade de um tempo que NÃO irá voltar.É a sensação de estar só e ter que se bastar. É o desamor das críticas que não constroem e só magoam o coração, que fica apertado- É o vazio de dentro.Mas tudo passa, este é o pensamento que consola.

Despedida
Fiz hoje uma despedida
Me despi da alegria vivida
O passado não volta mais.
Ilusões- simples sonhos
Partículas ou pó suspenso
Não erguem construções
Nem causam, por si só, ações.

Que nossa alegria seja compartilhada com todos que aceitam recebe- la, respeitemos os que são taciturnos e vivem satisfeitos com isso, pois quem gosta da sombra ofusca- se pela luz, sentindo desconforto e irritação. Então a tolerância se faz necessária entre ambas as partes.

Levantar do tombo, sacudir a poeira e seguir o caminho de cabeça erguida, é necessário!!

O que se torna difícil, é quando temos que sufocar e matar um sentimento dentro da gente!! Por uma razão só! Por não ser correspondido!

Nunca deixe a esperança sair de você definitivamente. É ela que dá força e vitalidade ao melhor do ser humano, é o combustível da vida.

Temos que continuar acreditando em nós mesmos... Acreditar que tudo vai se encaixar no devido lugar, que o outro dia será melhor que o anterior, que nada acontece por acaso e que tudo vai ficar bem.

A distância entre o FALAR e o FAZER é tão grande, mas tão grande! Que cabe uma vida entre eles.

Voar não é tão difícil assim... é só se afastar de tudo o que interessa a mim!
Mas a estima, ah! Essa é corrente que prende!
Quer ser ventania? Então somente voe! Levante o pó da máscara humana, quebre-a, exponha seus enigmas verdadeiros e ocultos libertando a essência.

De repente me vi só. Era tão somente eu e mais nada. E foi bem aí que chorei, sem entender muito o porquê, mas tive vontade. E muita!

O vento sopra, a alma voa...é algo tão extraordinariamente terrível e maravilhoso isso!!! Derrubam-se quaisquer barreiras e sem imoralidade digo que aí existe a natureza em fúria contra os que a violam todos os dias, destruindo suas obras. E esse é o poder do ar transmutando tudo com sua permanência invisível e eterna.

Uma coisa que me perturba: - nem sempre queremos a verdade. As vezes a mentira é tão carinhosa e a verdade tão cheia de espinhos, que repelimos o real para sonhamos a ilusão, mas esta acaba se tornando fumaça e some sem avisar. É aí que sobra só aquela secura na boca.

Vivi.
Fui veloz, intensa, sorri e chorei, tive esperança e desespero,
me alegrei mas tive tristezas.
Me debatia entre extremos,
mantia semprefechado o coração. Um dia aconteceu porém
em que a chave deste eu perdi.
E também a razão junto com ela. Agora rodopio em loucura
Sinto vertigem para poder enfim
me reencontrar novamente.

Minha ventania sempre foi Cigana. Do Oriente vieram para traçar meu rumo e Deus assim quis. Sigo os passos e a magia desses que choram cantando.

Eu me perguntei a razão da dor. Ela também é ventania que dobra e derruba sem compaixão.
Mas assim areja almas e promove mudanças que nunca aconteceriam na calmaria insalubre do ser.

Traição suscita decepção, que traz a raiva, que cede lugar a tristeza e enfim chega ao ressentimento, que depois de cronificado subsidia a mágoa. Esta sim permanente. Só o perdão apaga e conserta os estragos e marcas destes destruidores furacões dentro da mente e corpo humanos.

Se orgulho e revolta
Em teu peito irrompe
Dor invade a alma
O inferno a consome.

Todos Podem Ser Poetas

Mas poucos poetas se aventuram,
Ser não é somente decodificar
Transcrevendo sentimentos.
Ser é ter a coragem do sentir.
Medo, dor, amor, tristeza, aflição,
Desatino, decepção e paixão.
Aí transbordar : doação é entrega.
Entrega de sua vida, fé e morte.
Sina do poeta de fato, sua sorte.

Se levanto poeira, arrasto tudo.
Se faço alvoroço, fica-se mudo.
Se destruo, logo reconstruo.
Então por que tanto sofrer?
Para viver o ter sem ser?
Em absoluto! Não! Me recuso!
Sou o que sou. Oras...
Terra e ar misturados.
Arremessados pela Ventania.